06 | meus demônios

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Eles foram andando em silêncio de mãos dadas até a praia, era uma caminhada longa de quarenta minutos, mas nenhum se incomodou em ficar quieto

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Eles foram andando em silêncio de mãos dadas até a praia, era uma caminhada longa de quarenta minutos, mas nenhum se incomodou em ficar quieto.

Alex seria paciente esperando para que Tate se abrisse em seu tempo. Ele programava em sua mente por onde começar, ou se deveria mesmo ser sincero. Se abrir... que coisa mais intrigante é contar seus segredos para outra pessoa. Talvez fosse algo bom, no final.

Não é o que dizem? Essa é a vantagem de se ter amigos para quem desabafar.

Talvez ele não se arrependesse de contar para ela o que ninguém nunca quis ouvir. Mas e se ela tivesse medo? Ou pior, se não acreditasse nele? Ele suspirou alto quando finalmente chegaram ao seu destino. Ela olhou o mar adiante, as ondas quebrando em som audível mesmo a tamanha distancia que estavam, ela sorriu e deu um puxão no braço nele, querendo atrair sua atenção. Ele olhou para o rosto dela, relaxado e nervoso ao mesmo tempo.

Era combustão, ele não sabia como reagir diante de todas aquelas emoções novas e que lhe embrulhavam o estômago. Ele a assistiu tirando os sapatos e as meias curvada, arregaçando a barra da calça jeans clara e correndo na frente dele na direção do mar.

— Vamos, Tate! — ela gritou para ele, olhando por cima do ombro. — Tente me pegar!

Ele a admirou e um sorriso fraco lhe escapou quando ela já chegava a parte rasa d'água, molhando os pés. Não precisavam falar daquilo, ele não queria assustá-la. Maldito egoísmo, ele não queria perdê-la e talvez isso mesmo que causasse o seu fim.

Ele balançou a cabeça e tirou os tênis surrados e então as meias, deixando-os perto dos de Alex, e saiu correndo atrás da garota. Aquele lugar já lhe trazia certa calma quando ele olhava para o horizonte, mas com ela ali, as coisas ganhavam mais cor e sentido. Ela esperou por ele com um sorriso largo. Tate a abraçou pela cintura, a tirando do chão e girando com ela, sentindo a água puxar seus pés mais afundo para o mar, se deliciando com o som da risada dela.

Ela bateu as pernas sem apoio, adorava os abraços de Tate, estava feliz de tê-lo ali, ao menos sabia onde ele estava e poderia tentar distraí-lo de suas tristezas. Alex queria o bem dele e tentaria ajudar o máximo que conseguisse. Ela estava apaixonada pelo loiro deslocado desde o primeiro dia que falou com ele.

Sem poder se conter, Alex deu um beijo no rosto de Tate. Ele congelou por um momento, e a colocou na areia de novo, as mãos segurando a cintura dela conforme as mãos dela deslizavam pelo seu peitoral. Ela arregalou os olhos dóceis, com medo que ele não tivesse gostado da atitude e baixou o olhar, nervosa.

— Desculpe, eu me empolguei — ela sorriu, contorcendo a mão no peito.

— Não — Tate ergueu uma mão para segurar o rosto dela e sorriu sem mostrar os dentes. — Eu gostei.

— Que bom — ela riu, suspirando de alívio. — Porque eu não me arrependi — deu de ombros, ficando vermelha como um tomate. Tate se inclinou na direção dela, indeciso, e beijou cada bochecha demoradamente, fazendo-a se encolher e se arrepiar de cima a baixo.

HELL BOY, Tate LangdonOnde histórias criam vida. Descubra agora