Capítulo 4

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Boa tarde, Mafiosas e aí vamos de Valentinosdramas? 

rsrsrs


RAF


Sem dar muitas explicações para qualquer um dos meus irmãos, inclusive para Giovani, me afastei nesses dois últimos dias. Comecei a me ocupar com minha mudança. Os relatórios que ele necessitava estavam quase prontos e assim que terminasse poderia descansar minha mente e me afastar de uma vez, eles não precisariam mais de mim, a não ser do meu apoio familiar, que infelizmente neste momento eu não poderia suprir, precisava conviver e manter meu psicológico forte, para dar total apoio a minha esposa.

— Senhor Valentino! — A corretora ambiciosa e indiscreta me estendeu a mão assim que paramos a sua frente.

Como havia planejado levei Alícia para ver a casa e com todo cuidado a amparei dando meu braço a ela.

— Acredito que essa seja a senhora Valentino?

— Sim!

— Prazer... — Alícia estendeu a mão na direção dela, cumprimentando-a.

— O prazer é meu, senhora. — A indiscrição não era só no modo como se comportava, mas também na forma como olhava Alícia dos pés à cabeça. Parando no lenço e na forma como ele escondia discretamente a falta de cabelo.

Ainda no dia que Alícia teve a crise de choro, a cabeleireira que conseguimos, foi e cortou o cabelo dela bem rente ao couro cabeludo. Talvez tenha sido um dos piores dias desde que descobrimos a síndrome. A maneira como vimos os poucos fios, que ainda restavam, caindo no chão foi de cortar o coração. Alí chorou muito. E mesmo sem seus lindos e dourados fios ela ainda era a mulher mais linda que havia visto em toda minha vida.

Era o amor da minha vida.

— Espero que goste da casa, eu e meu esposo estamos muito animados com a negociação. — Virei o rosto para Alí, que sorria educadamente.

Será que Rose Contebory não conseguia enxergar o quanto era irritante?

— Vamos ver a casa, meu bem? — Mudei de assunto e conduzi Alícia apoiando seu braço no meu.

A mulher ficou atrás de nós, como se fosse um cão de guarda nos cercando. Será que ela não percebeu que queríamos um pouco de privacidade.

— Senhora Contebory... — Antes de entrar na casa paramos sob o respaldar da porta de entrada e olhei para trás. — Poderia nos deixar um momento a sós? — Poderia parecer rude da minha parte, mas como ela não demonstrava que nos deixaria um minuto sequer a sós optei por perguntar.

— Ah... sim! Claro! — Ela corou no mesmo momento. O que foi uma surpresa ela demonstrar o constrangimento de uma situação que foi responsável.

— Obrigado!

Ainda com Alícia ao meu lado entramos e a deixei caminhar a minha frente. Ela observava atentamente os detalhes e com uma das mãos tocava os detalhes da parede, do corrimão de madeira. Sei que estava encantada. Ano após ano passei a conhecer a maneira como se portava e neste momento tinha absoluta certeza de que estava completamente encantada.

— Adorei — disse ao se virar na minha direção sorrindo.

Vê-la sorrir me dava ânimo, era como se carregasse minhas baterias para aguentar tudo o que estávamos passando mais um tempo.

— Gostou? — Ela balançou a cabeça, demonstrando-se bem animada.

— Ainda não vimos o restante, mas posso sentir daqui o cheiro do mar. — Alícia fechou os olhos e erguendo o queixo para o alto respirou profundamente. — Como amo essa sensação de estar perto do mar.

Rafaello Valentino  - Livro 5 (SEM REVISÃO) Onde histórias criam vida. Descubra agora