Prólogo

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As lágrimas caiam pelo meu rosto e meu corpo queimava em cada lugar que ele tocava, o nojo era tão grande e o medo tão forte que por um momento eu me entreguei a desgraça eminente, eu já sabia o que aconteceria e não tinha como evitar, com uma de suas mãos ele prendia meus braços acima da minha cabeça enquanto suas pernas me apertavam e seu sexo tocava em mim me mostrando uma ereção evidente, com sua mão livre ele me tocava, eu gritei, diversas vezes gritei, mas ninguém me ouvia.

Xxx: Pode gritar a vontade vadia, você sabe que ninguém vai te ouvir.

- Porco, imundo..

Não consegui terminar de falar, sua mão atingiu com toda força meu rosto e acabando com toda minha esperança, ele conseguiu me destruir.

Parece que a cena só aumentou ainda mais seu desejo, sua mão alcançou o interior do meu vestido e com violência ele começou a penetrar seu dedo dentro da minha intimidade.

O sentimento que me tomou era de vazio e solidão, de impotência, não conseguiria fazer nada para dete-lo, então a voz do meu pai apareceu na minha cabeça, e me lembrou uma frase que ele sempre me disse.

" A sua maior arma contra um homem é a sua inteligência "

Foi como um estalo, e então eu comecei a agir.

Lutando contra todo o nojo que eu sentia daquele porco maldito, eu fechei os olhos e forcei um gemido, não demorou e eu obtive resposta.

Xxx: Tá gostando, safada ?

- Mais, por favor, eu preciso de mais.

Ele sorriu, como o demônio, é soltou minha mão para abrir sua calça, aproveitei da sua distração e abracei sua cintura, ele se assustou com a atitude mas não recuou, quando senti que ele relaxou aproveitei a posição que eu estava para dar uma joelhada em seu membro enquanto tirava a chave do seu bolso, o corpo dele se soltou do meu, pensei em correr mas logo que a dor passasse ele viria atrás de mim e eu poderia não ser rápida o suficiente, peguei a cadeira mais próxima que eu vi e atirei sobre suas costas, ele caiu no chão e nesse momento eu corri porque minha vida literalmente dependia disso, não sei como consegui abrir a porta, minhas mãos estão tremendo, ainda sinto o meu corpo arder, corro pelo corredor e meu choro aumenta quando vejo Leonardo ali, um alívio tomou o meu peito e eu abri os braços correndo pra ele, mas quando chego perto...

-Leo...

Leonardo: Se afasta, não quero uma vagabunda perto de mim ou dos meus filhos, você já fez a sua escolha.

O que ?

Minha mente está dando mil voltas e eu não consigo falar nada, simplesmente saí dali e entrei no carro agradecendo pela primeira vez por ser tão esquecida e ter deixado o carro aberto com a chave reserva no porta luvas, eu estava fora de mim, tudo que eu olhava me fazia pensar em Leonardo, como ele pode ter dito isso se nesse carro ele disse que me amava e fez amor comigo até não aguentar mais, como ele pode ter dito isso depois do pedido de casamento, depois de eu ter entregado a minha vida inteira pra ele, como eu pude ser tão burra...

Dirijo sem olhar a direção, meu subconsciente me guia, estou perdida, nunca me senti tão sozinha

Estou viajando em meus pensamentos quando percebo que estou de frente a uma porta que eu conheço bem, de um prédio que eu já visitei, apertei a campanhia e ele abriu a porta, não houve perguntas, julgamentos,  nada,   ele só me abraçou me pegando em seus braços e então eu estava segura.

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