Capítulo 18

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Eles terminaram de comer enquanto eu degustava do meu maravilhoso sonho.

Leo: Minha mãe sempre fazia sonho de manhã pra gente.

- Sério?

Leo: Sim, ela era muito boa na cozinha e todo sábado ela fazia sonhos e todos os dias bolinho de chuva , até tentou nos ensinar a cozinhar mas disse que nosso talento envolve números e não espátulas.

- Como ela era ? Era brasileira?

Leo: sim, e era Linda, a mulher mais linda do mundo, boa, gentil, e tinha um brilho no olhar que sempre me surpreendeu, severa quando tinha que ser, mas toda sua disciplina foi com amor,  agradeço até as coças que levei.

- Ela parece ser fantástica,  queria ter a conhecido.

Leo: É só você olhar no espelho, vejo muito dela em você.

Lucas: Pronto, terminei .

Guilherme com a boca cheia de bolo: Eu  também!.

- Você- Apontei para o Lucas- Vá direto para o banheiro escovar esses dentes e você- Termine de engolir e acompanhe seu irmão.

Leo: Você é boa nisso.

- Eu não sei como vai ser Leonardo,  quando essa mulher voltar e se não voltar, eu não quero que eles nos deixem,  não quero mesmo.

Leo: Ninguém vai os tirar da gente, vamos deixar o tempo passar e as coisas se assentarem, cada coisa estará em seu lugar,  mas agora precisamos comprar roupas e materiais escolares, eles precisam ter uma vida tranquila finalmente.

- Acho que posso levar eles pra minha casa....

Leo: Íris,  não quero que se ofenda, mas a casa deles é aqui,  e a sua também se você quiser, é aqui que eles vão ficar.

- Mas e o seu trabalho? Você vai ter tempo de criar eles dois?

Leo: Se você me ajudar sim, se não puder me ajudar eu paro de ir na empresa, mas eles não saem daqui,  não enquanto eu viver.

Guilherme: Estamos prontos!

Leo: Ótimo, então vamos.

Entramos por um caminho desconhecido por mim.

Lucas: Nós vamos naquele carro legal ?

E de repente Leonardo acende  a luz.

Leo: Escolhe qual.

- Leonardo,  eu vi que ela levou sua chave, seu carro, não pode pegar o de outra pessoa no condomínio.

Leo: Esses são os meus.

- Que?

Leo: Eu gosto de colecionar.

E enquanto isso as crianças andavam pelos carros e decidiam qual queriam,  nem estranhei quando escolheram uma Ferrari,  são iguais a Leonardo.

Por fim fomos em um carro que eu não sei o nome e fiquei feliz ao ver que Leonardo tinha comprado duas cadeiras especiais pra criança.

Assim que passamos pelo portão 4 homens entram dentro dos seus carros e nos acompanharam.

-Você  viu?

Leo: Relaxa, são os seguranças,  não podemos dar bobeira com as crianças,  ainda mais com você sabe quem sumida, ela não pode chegar perto deles.

Fiquei sinceramente aliviada, não quero ela perto deles,  nunca mais!

Eu não sei o que vai acontecer daqui pra frente,  tenho tanto medo, a tanta possibilidade de dar errado,  eu realmente não sei como farei isso, ou se será me dada a possibilidade de fazer algo, eu vejo Leonardo tão confiante e tranquilo nem parece que duas crianças caíram de paraquedas no nosso colo, e que crianças,  lindos, dóceis,  e é tão estranho o amor que eu já sinto por eles que me apavora, não faz 24 h e eu já sinto que poderia morrer sem eles aqui.

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