Na Ilha

Capítulo 1

                              *Íris*

Eu me chamo Íris,  tenho 17 anos e acabei de terminar o último ano do ensino médio,  nesse instante estou arrumando a minha mala para passar as férias de final de ano com minha família, minha família é bem confusa mas a minha vida é bem tranquila, eu tenho 3 irmãos mais velhos:

André   Santi Rosestolato

Gustavo  Santi Rosestolato

Henrique Santi Rosestolato

  e um irmão caçula, Henry Valentin  Rosestolato:

por conta disso minha vida não é nada agitada, eles são bastante ciumentos e eu acabo sendo super protegida desnecessariamente , não tenho muitos amigos por conta do meu estilo de vida, não gosto muito de sair e sempre fui muito focada nos meus estudos,  isso afastou muitas pessoas de mim, não que eu me importe,  na verdade eu até prefiro,  gosto de ler e escrever bastante  e quando preciso me renovar um banho de mar resolve meus problemas,  estou muito ansiosa,  ano que vem eu começo na faculdade e se tudo der certo também começo a dar aulas, sou formada como professora do ensino fundamental, Eu sinto que minha vida está prestes a mudar, e isso me dá medo mas também me deixa ansiosa,  afinal,  eu nunca fui de fugir por medo, meus pais me ensinaram assim, e eu não sei se eu contei,  mas tenho muitos pais,  na real tenho 4,  meus pais biológicos se chamam Ana e Roberto,  meus pais eram melhores amigos, saiam muito juntos,  uma noite acabaram bebendo demais e deixaram a carência falar mais alto, isso resultou no André que hoje tem 27 anos, meu pai sempre foi muito responsável e naquela época ser mãe solteira era pior do que ser assassina, então eles decidiram se casar e três anos depois tiveram o Gustavo que hoje tem 24, depois Henrique com 21 e advinha quem veio três anos depois? Eu mesma, prontinha pra fazer meus dezoito anos, meus pais sempre se amaram,  mas como amigos e eles sempre souberam disso, sempre se respeitaram e tiveram muito carinho um pelo outro, por isso quando eu fiz 8 anos eles viram que ainda estavam jovens e não podiam desperdiçar a chance de conhecer o amor,  não foi fácil mas minha mãe conheceu alguém,  e esse alguém se chama Marcel e é o meu outro paizinho, meu pai biológico sentiu ciúmes, na verdade acho que ele sentiu medo de perder a amiga,  mas eles tinham nós 4, e esse vínculo se mostrou inquebrável,  Marcel sempre foi meu pai,  desde o primeiro dia ele demonstrou que me amava, que amava todos nós na verdade, e isso fez Roberto se conectar com ele, e depois de uns anos meu pai conheceu a minha mãe  Iara, ela começou a trabalhar no mesmo escritório que ele e hoje eles têm o meu irmão caçula Henry de 6 anos, não tem como eu explicar a nossa conexão,  só posso dizer que ela é forte,  muito forte na verdade e nós somos uma só família, por falar nisso, estou escutando nesse exato momento o grito do meu pai.

Marcel: ÍRIS  DESCEEEEEE

Ana: Ela é lerda e não surda, Marcel.

- Isso era pra ser uma ajuda mãe ?

Marcel: Enfim apareceu, achei que estava fabricando a mala antes de arrumar ela.

- Não demoraria mas o monstro,vulgo seu filho mais velho,  catou minha mala grande e eu tive que dar um jeito de enfiar tudo nessa daqui.

Ana: Jesus, Drama é o segundo nome dessa família, vamos logo que está todo mundo pronto.

E nós fomos,  meu pai está ouvindo Roberto Carlos enquanto dirige e vejo sua mão tocar a da minha mãe quando paramos no sinal, é incrível ver essa conexão deles, por isso que eu nunca me apaixonei por ninguém,  nunca vi alguém que me olhe como eles se olham e menos que isso eu não quero.

O percurso foi bem rápido e logo chegamos em Conceição de Jacareí,  não demorou muito para fazermos a travessia e enfiam chegar na Ilha,  a pousada que contratamos disponibiliza um pessoal para carregar as bagagens até o local para que possamos fazer um passeio pelas praias ao redor sem ter que passar primeiro na pousada,  estou  carregando a minha mala até o carrinho de bagagens pelo píer, quando meu coração levemente ameaça parar, meu Deus,  como ele é lindo,  por um momento achei que eu tinha pegado muito sol e isso era claramente uma ilusão, até porque eu nunca acreditei em deuses gregos e aquilo ali certamente era a personificação de um, ele vestia uma bermuda cinza, que destacava sua coxa grossa e desenhada, sua  pele é perfeitamente morena, caramba,  ele é realmente lindo, sua camisa graças ao bom Deus estava fora do corpo e descansava encima do seu ombro, me dando a incrível visão do seu abdômen trincado e acredito que babei quando ele retirou os óculos escuros e me encarou, e então meu pai esbarrou em mim e eu tropecei na Madeira que compõe o chão do cais e quase fui de cara no chão.

Roberto: Tá pra nascer ser humano mais desastrado.

Eu ouvi uma risada e quando olhei novamente ele estava sorrindo, eu poderia morrer de raiva dele se o sorriso dele não fosse a droga de um sorriso perfeito.

Quem será ele ?

Amores e amoras, estou reescrevendo esse livro porque ele foi retirado da plataforma por conta dos gifs, pretendo postar 2 capítulos por semana e se eu ver que vocês estão gostando ( consequentemente comentando e votando) eu aumento o número de postagens. Me digam, vocês querem gifs e fotos nesse livro ????