Capítulo 33

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Acho que Arthur tinha razão,  não consigo ficar sozinha, minha cabeça não para de reviver aquele momento infernal e eu começo a sentir falta de ar, não posso deixar ele vencer, não posso !

Encho uma taça de vinho branco e tomo, e como resultado eu penso em como sinto repulsa do Leonardo, do homem que mais amei nesse mundo,  encho outra taça de vinho, não quero pensar em mais nada, mas tudo o que o vinho faz é mudar a direção dos meus pensamentos.

Na cozinha, eu me ocupo em preparar o almoço, um belo peixe, uma salada,  um arroz e um pirão, e a cada vez que eu mexia em uma panela eu bebia mais vinho, fiz uma palha italiana ( a brasileira) e quando terminei de montar Arthur e Rafael chegaram.

Rafael: Puta que pariu,hem, isso parece estar delicioso.

Arthur: Que cheiro bom do caralho.

- Eu juro que tento não me assustar com a facilidade que vocês tem pra xingar.

Arthur: Não podemos xingar perto das crianças, então quando estamos longe delas,  nós aproveitamos.

Rafael: E também não podemos xingar quem queremos na empresa, então descontamos no dia a dia, agora vamos ao que interessa, a comida tá pronta ?

Arthur: Minha casa não é restaurante não vagabundo.

- E eu não sou empregada sua, vem me ajudar a por a mesa.

Rafael: Sim senhora.

Arthur viu que eu quase deixei o peixe cair e pegou da minha mão,  quando tudo estava na mesa e Rafael buscou um vinho para nós,  finalmente sentamos pr comer.

Arthur: Acho que vinho branco combina mais com esse peixe.

Rafael: Eu também acho, mas eu não encontrei ele lá, acho que acabou

Arthur: Impossível,  tenho certeza que tem uma garrafa lá.

- Não tem mais, me empolguei cozinhando e acabei bebendo, mas estou certa que tem um rose lá.

Rafael: Deixa que eu vou buscar.

Assim que ele saiu, Arthur pegou na minha mão e quase sussurrou.

Arthur: Você não gosta de beber,  o que aconteceu ?

- Você estava certo, acho que ainda não estou pronta pra ficar sozinha.

Arthur: Me liga que eu volto pra casa, eu prometo.

- Eu não quero te atrapalhar e além disso, estou sem meu celular.

Arthur: Você nunca atrapalha, onde foi parar o seu celular?

- Ficou na bolsa que eu esqueci no colégio.

Rafael: Voltei e achei o vinho rose , agora podemos comer antes de eu desmaiar ?

- Sim Rafael, quem não te conhece pensa até que passava fome.

Arthur: Nosso avô falava a mesma coisa.

- Não vai se defender ?

Rafael: Estou ocupado fazendo algo mais importante.

Disse ele enquanto pegava mais uma garfada.

Terminamos de comer e eu trouxe a palha italiana que de italiana não tem nada.

Arthur: O que é isso ?

- Um doce mais do que brasileiro com nome de palha italiana, espero que gostem.

Rafael: Porra, isso está uma delícia, Caralho Íris,  você cozinha muito bem, pena que eu tenho que ir embora,  queria ficar um pouco mais com você.

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