「cαpítulσ 2・:*✿」

726 61 33
                                    

O pânico tornava difícil pensar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O pânico tornava difícil pensar. Embora você soubesse que, a menos que iniciasse alguma forma de ação, você não sobreviveria por muito tempo, seu coração ainda batia violentamente contra sua caixa torácica. Isso deixou você com uma sede estranha. Você respirou o mais fundo que pôde para tentar clarear a cabeça. A essa altura, era bastante evidente que essa situação não era uma alucinação, como você concluiu (e talvez até esperava). E se isso não fosse um produto da sua imaginação, se fosse real, então era uma situação de sobrevivência. Não havia espaço para hesitação, nem para especulações sem objetivo e muito menos emoções.

Essa parte seria difícil. Você sintia falta de sua família, amigos - quando você os veria novamente?

Seus olhos se fecharam para conter as lágrimas, e aquela parte de sua mente, a parte da autopreservação que tinha pessimo hábito de dizer verdades desagradáveis, se ativou com força total.

'Se eu morrer aqui, nunca mas os verei. Eles estão bem. Agora, eles não importam. O que importa é minha sobrevivência nesse lugar. Essa é a Inglaterra em XIX: preciso encontrar um trabalho. Não a chance de conseguir um lugar para ficar sem dinheiro. Se bem que me lembro deve ter anúncio de trabalho no jornal...'

Mecanicamente, você forçou a respiração a se equilibrar e, com os dedos úmidos sacudiu o papel. Os anúncios foram fáceis de encontrar. Essa era provavelmente o ponto. Você desesperadamente folheou as páginas.

'Para ser empregada doméstica de alguém, eu precisaria de referências, que não tenho. Também não estou registrada nesse governo: legalmente eu não existo, o que pode ser um problema. Sim, tem pessoas nessa rua que não existem legalmente mas-'

Você fez uma careta. Não tinha tempo para isso.

'Talvez trabalhar como editora? Não eles nunca contratariam uma mulher para isso, ou talvez uma costureira?'

Você suspirou de frustração e permitiu ser distraida pelo som de porta de uma loja abrindo perto de você. Um homem tinha acabado de deixar a...floricultura, você presumira.

"Ei, você, senhorita. Por que essa cara azeda?"

O jornal amassou sobre seus dedos tensos.

"Oh, não é nada realmente, senhor. É simplismente que eu preciso desesperadamente de um emprego, mas não tenho nenhuma referência. Você sabe aonde posso encontrar trabalho?"

O homem levou a mão ao queixo. "Hmm...não posso te dizer algo assim...mas ele pode."

Por alguma razão você sentiu uma onda de ansiedade se enrolar na boca do estômago com as palavras dele.

•✠•sᴇᴜ ᴇɴɪɢᴍᴀ•✠ • - Kuroshitsuji x LeitoraOnde histórias criam vida. Descubra agora