Samira é uma jovem um tanto sonhadora, cheia de vida, alegre e muito desastrada. Ela começa trabalhar na mesma agência que sua irmã, para ajudar seus pais. É nesse ambiente de trabalho, que conhece Cam, seu chefe. Um homem aparentemente frio, rústic...
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Após dois dias no hospital, recebi alta. Salim e Lais vieram me visitar, eu até falei com eles por alguns minutos, mas realmente não tive ânimo, nem assunto para muita conversa. Minha vontade é só de chorar.
Perder um bebê é muito difícil, mesmo que eu estivesse de pouco tempo e acabado de descobrir…
Cam tentou se aproximar, mas eu mau consigo olhar para ele, me sinto perdida e culpada, não sei como encará-lo.
Também não quis ver “meus pais,” ainda não estou bem para lidar dar com eles. Quando estarei? Não sei!
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Estou no quarto, é começo de noite. Agora fico remoendo tudo que gira na minha cabeça, dentro dessas quatro paredes.
Me encaminharam para fazer uma consulta com um ótimo ginecologista. O médico disse que era preciso. Terei pela frente uma série de exames, mas nada me importa, eu só queria que esse inferno não existisse.
Descobrir que não sou filha dos meus pais, perder meu bebê… Tudo está sendo demais para mim.
— Amor… — Cam entra no quarto, sua voz é um sussurro. — Posso falar com você?
— Agora não. — O respondo baixinho, sem olhá-lo.
Ele fica um tempo parado na porta do quarto, mas depois escuto seus passos se afastando.
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No outro dia, logo cedo, Lais me leva para consulta que ela marcou. Cam queria vir comigo, mas achei melhor, não. Eu não consigo encará-lo, ver que está sofrendo e por minha culpa!
Não consigo…
Ainda que muitos me julguem isso pouco me importa, agora se passa tantos sentimentos dentro de mim, coisas que nunca senti, não sei como superar isso!
— Mana… Você precisa por fora, tudo que está preso no peito. — Ela fala e permaneço em silêncio. — Não vai dizer nada? — Apenas ignoro sua pergunta e ela bufa.
No caminho ela não fala mais nada, parece entender meu silêncio e me deixa quieta. Quando chegamos, passa algum tempo o médico me chama.
— Quer que te acompanhe? — Lais pergunta preocupada.
— Não precisa. — Ela assente.
Entro na sala e encontro um médico sorridente. O homem loiro, de olhos azuis e sorriso fácil, murcha um pouco ao olhar minha cara.
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