Samira é uma jovem um tanto sonhadora, cheia de vida, alegre e muito desastrada. Ela começa trabalhar na mesma agência que sua irmã, para ajudar seus pais. É nesse ambiente de trabalho, que conhece Cam, seu chefe. Um homem aparentemente frio, rústic...
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— Amiga! Tô passada a ferro industrial! Tenho certeza que esse homem tá caidinho por você!
— Lais, para com isso.
— Olha, sou obrigado a concordar com a peituda aqui, meu amor. Aquele boy, tá louco por você. Ele estava suando mais que tampa de bule, meu amor!
— Ai, Sasa, eu queria muito que isso fosse verdade.
— Até eu, acho que ele gosta de você de verdade.
— Viu até o tonto do Omã enxerga isso! — Lais fala.
— Ei, tonto não!
— Cala a boca Omã!
— Chega! Falem baixo. Meu pai ou minha mãe podem acabar ouvindo. — Sussurro.
Continuamos conversando, mas sobre outras coisas. Sirvo mais chá para todos, com ajuda de Salim ao meu lado, sempre cochichando algo sobre Cam, e como ele me olha. Meu pai me chama, e me conduz até nosso pequeno jardim. Nos sentamos no banco e ele respira fundo, soltando todo ar.
— Filha, sabe que precisamos conversar, não sabe?
— Sim papai.
— Quero saber o porquê, está ficando noiva de repente, com seu chefe. Você conhece esse homem há um mês, Samira!
— Pai, eu sei que ele é meu chefe, mas nos apaixonamos. — Ele me avalia cuidadosamente. Parece pensar no que dirá. — Não olhamos condição, fama ou posição social quando isso acontece.
— Filha, — Ele passa a mão no rosto impaciente. — não quero parecer um velho antiquado, mas também não posso esquecer tudo o que tenho enraizado dentro de mim: minha cultura, minha fé, e te ensinei tudo que pude. — Assinto.
— Entendo papai, e digo ao senhor, que mesmo parecendo precipitado, é isso que quero.
— Filha, sabe que isso, não é brincadeira, casamento é algo sério!
— Claro que sei, pai. — Ele passa as mãos nos cabelos.
— Eu não entendo. Seu chefe aparece aqui te pedindo em casamento. Samira, isso parece loucura! — Não culpo meu pai por seu desespero. — Você por um acaso não, fez algo de errado que precise encobrir, fez?
— Como assim papai? — Realmente não entendo o que ele quer dizer.
— Ah, não sei, algo vergonhoso… Filha, se algo aconteceu entre você e seu chefe que…
— Por Alláh, papai! Não se preocupe com isso, não estou grávida. — Poxa! Isso não é um assunto que gostaria de falar com meu pai.
— Me desculpe por perguntar isso, é que para mim está difícil aceitar que, alguém seja bom o suficiente para você! — Ele olha para o canteiro de flores, enquanto sinto meu peito queimar. — Você é minha filha amada, minha luz, você é boa demais para qualquer um!