𝗠𝗔𝗗 𝗪𝗢𝗥𝗟𝗗 ﾐ heyosh

tempo cura tudo

O sol nascia outra vez na casa do bosque, junto dele mais um dia cheio de tensão. O ar estava mais frio hoje.

Bailey estava correndo ao redor da casa, seu coração martelando no peito. Ele sabia que havia feito merda, ele sabia que havia botado tudo a perder. Normalmente, depois do seu banho relaxante e café, ele ficava deitado sem camisa no gramado, pegando o solzinho gostoso da manhã. Hoje não vai acontecer como todos os dias.

Ele bate na porta, cinco minutos depois estão o puxando para dentro dos corredores escuros e frios. Abraça seu próprio corpo, os sentimentos a flor da pele.

— O que faz aqui, Bailey?

Agora ele podia notar como seu cabelo era falso, aquele cabelo castanho todo seco e mal colocado. Se não tinha certeza antes, agora ele sabia, odeia aquela mulher.

— Quero te dizer uma coisa. — fica em pé, parado em seu lugar.

— Informações? — abre aquele seu sorriso assustador.

— Não vou mais fazer isso. — cruza os braços, escondendo o quanto seus músculos estão tremendo.

— Oi? — os olhos verdes ficaram duros de uma hora pra outra. — Que palhaçada é essa, garoto?

— E-eu não sou assim. — suspira. — Não quero me tornar uma pessoa assim.

— Você não pode! — bate a mão na mesa.

— Posso e vou. — respira fundo e vira de costas. — Tchau.

E naquele instante, Bailey sentiu um dos melhores sentimentos do mundo. Liberdade.

— Yoon. — Josh cutuca a amiga. — Heyoon. — aperta o nariz dela, fazendo graça.

— Me deixa dormir, praga! — ele abre a boca em choque e vira a garota, fazendo ela abrir os olhos e sorrir.

— Você me chamou de praga! — aperta o nariz dela de novo.

— Todo mundo nessa casa é uma praga. — brinca. — Eu sou a praga pessoal da Lilian, você também é uma praga pessoal da Lilian.

— Aquela mulher que é minha praga pessoal. — o loiro diz, se deitando ao lado da morena.

— Nossa praga pessoal, não me tire dessa.

Os dois ficam em silêncio, olhando o teto e suas mentes trabahando. Tudo estava tão calmo nos últimos dias, claro, teve a reação bizarra de Bailey a Lilian ser a torturadora e psicóloga, mas nada mais que isso aconteceu nos últimos tempos. É estranho. Tantos dias de paz — pra eles são muitos dias —, nessa casa, não é nada comum.

— Eu já posso sair daqui? Sério, tivemos sorte que não precisei ir ao banheiro por emergência durante o dia. — o loiro brinca, tentando cortar o clima pesado que se instalou ali.

— Você acha seguro? Eu não faço idéia. — levanta da cama, usando a buchinha em seu braço pra prender seu cabelo num rabo de cavalo.

— O que tá te incomodando? — observa como Heyoon fica bonita naquela luz matinal que entra pela janela.

— O Bailey. — fala, num tom baixo. — Ele sumiu, ficou muito estranho. Eu tô preocupada, Joshie. — faz um bico.

Joshua segura seu pulso e puxa a morena até que ela esteja envolvida por seus braços, aconchegada no seu calor.

— É Bailey, pode ter certeza, ele vai se culpar tanto se tiver feito alguma merda. — apoia o queixo na cabeça da garota. — Ele vai vir até nós com o rabo entre as pernas pedindo por perdão.