capítulo 22

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Notas♥️: Ressurgindo do nada para entregar o maior capítulo que eu já escrevi kkk♥️, só foi revisado uma vez então peço que relevem qualquer erro, e por fim, Uma boa leitura à todos. (vocês não imaginam o quanto eu senti saudades de poder dizer isso) ♥️.















Azriel

Um baixo e pesado suspiro se desprendeu dos lábios do mestre espião, no momento em que o macho se virou, mais uma vez, de um lado para outro sobre sua cama. Az já havia perdido as contas, de quantas vezes havia feito tal movimento durante a madrugada.
O mestre espião já havia fechado seus olhos inúmeras vezes, perdendo completamente a conta, do quão vão já havia tentado encontrar o seu sono. Este o qual, parecia ter lhe abandonado totalmente naquela noite.

Após afastar os lençóis macios de seda de sobre seu corpo, o Encantador de Sombras sentou-se sobre sua cama, recostando suas costas sobre a cabeceira de madeira do móvel, e esticou suas pernas sobre o colchão.
Uma de suas mãos, seguiu diretamente até os fios negros e macios de seus cabelos, aonde seus dedos rapidamente se entrelaçaram, antes que um novo suspiro escapasse por entre seus lábios, no mesmo instante em que as lembranças de todos os acontecimentos de apenas algumas horas atrás, retornaram com toda intensidade à sua memória.

Azaya é a minha parceira.

As palavras se acenderam com um estalo em sua mente, repetindo-se de forma constante.
Azriel levou suas duas mãos até seu rosto, quando o reconhecimento recaiu como uma pedra sobre seu corpo. Embora ainda sentisse o peso da enorme tensão que se fazia presente sobre seus ombros, atormentando-o dia e noite, por vezes até mesmo tirando-lhe suas noites de sono, o mestre espião não pôde evitar que um pequeno sorriso se repuxasse em seus lábios, quando mais uma vez as palavras se repetiram em sua mente.

Azaya é a minha parceira

O mestre espião repousou suas duas mãos sobre seu próprio rosto, ainda completamente incrédulo, ao assimilar o tamanho peso que tais palavras carregavam consigo.
Azaya era sua parceira. Não um sonho, e certamente não apenas uma ilusão criada por sua própria mente.
Era real. Ela era real. Sua parceira, a fêmea ao qual a própria mãe havia decido unir o caminho ao dele, ainda que aos seus olhos, Azriel não houvesse encontrado nenhum motivo sequer, para que tal coisa houvesse sido forjada, embora houvesse incansávelnente tentado os encontrar.

Não era digno. Jamais seria digno de tal coisa. Não possuía dúvida alguma quanto à isso, mas ainda sim, ela estava ali. Tão próxima à ele.

Azaya

O nome da pequena fêmea ainda se repetia em sua mente, permanecendo em sua memória, desde o dia em que ele o havia ouvido pela primeira vez.
O nome da luz que o havia salvado. O nome que havia lhe trago paz, mesmo em meio aos seus pesadelos.
O nome de sua Parceira.

O sol ainda mal havia iluminado o horizonte, quando Azriel levantou-se de sua cama. O mestre espião afastou os lençóis para longe de seu corpo, e colocou-se sobre seus pés.
O macho esticou levemente suas asas. Um baixo estalo se fez audível aos seus ouvidos, provavelmente vindo de alguma de suas juntas, no instante em que ele alongou todo o seu corpo, para que logo em seguida resolvesse começar a caminhar, seguindo o rumo em direção à janela de seu quarto.

O vento gélido e uivante, percorria-se soprando por entre a noite, como um sussurro, do lado de fora das janelas, e uma leve brisa frisa tocou a pele nua do torso do mestre espião, como um um beijo suave e delicado, no momento em que ele as abriu.
Seu corpo se arrepiou por inteiro, cada minúsculo centrimetro, sem exceções, mas ele não se importou, ou ao menos retraiu-se.
Az inclinou seu corpo para frente, e apoiou seus cotovelos sobre a beirada de sua janela, enquanto seus olhos voltaram-se completamente para o céu de sua corte.

Com amor, Azriel 🌌♥️.Onde histórias criam vida. Descubra agora