Meu Meio-Irmão || 🌷 - Em revisão

60. reencontros;

[...]

Quando desembarquei na minha cidade natal senti um nó na garganta, um frio na barriga, muita coisa misturada, eu estava pronta pra esse reencontro?

Como não avisei a ninguém que estava de volta porque queria fazer surpresa, só tinha uma pessoa me esperando, a Babel. A única que avisei que estava voltando de passagem, vi ela acenando de longe e fui, ela estava mudada, mas mantinha a mesma essência.

- Caralho, Annabeth! Que saudades, caralho!!!!!

- Babel! -Nos abraçamos forte, tipo muito forte, a gente continuou mantendo contato depois que me mudei, mas não era a mesma coisa de abraçar ela assim.- Eu te amo, ami. Eu te amo muito!

- Eu te odeio por ter me deixado, mas eu te amo muito! Que saudades do seu abraço.

Nós já estavamos chorando, duas puta sensível... Conversamos muito, ela tinha tirado habilitação e já estava me levando em casa, expliquei de forma muito resumida tudo que tinha rolado e ela disse que eu deveria conversar muito com o Pedro antes de pensar em decidir.

Ela me deixou em frente de casa e foi pra casa, eu peguei as chaves que eu tinha levado acidentalmente e abri o portão, meu coração estava palpitando enquanto eu atravessava o jardim, eu cheguei na porta e parei antes de entrar, parecia que minha mãe e meu padrasto estavam na porta.

- É aqui que mora mãe da Annabeth? Eu tenho uma encomenda.

- ANNABETH!-Eu terminei de entrar e minha mãe me agarrou em um abraço apertado e começamos a chorar.- Por que não me avisou? Quanta saudades a mamãe estava, garota.

- Queria fazer surpresa, ooi padrasto, como você tá?

- Oi anjo, tô muito bem, senti saudades de um jantar animado com você.-Nos abraçamos também e nós 3 sentamos pra jogar conversa fora.-

- Pai me empresta aquel...-Meu olhar se cruzou com o do Pedro que paralisou antes de terminar a frase.-

- Oi Pedro, conhece a Annabeth? Mal educado. Acabou de chegar.

- O-oi, Pê. -Sorri sem jeito e ele fez o mesmo.-

- Oi, Beth, quanto tempo. Mudou muito, parece que não te vejo a anos.-Ele coçou a nuca meio desajeitado, ele também estava diferente.-

- Amor, você conseguiu a chave?-A May entrou e eu fiquei sem entender o porquê do Pedro ter voltado com ela.- Ah, boa noite, não sabia que tinha gente.

- May, essa é a Annabeth, minha afilhada. Não sei se chegaram a se conhecer.

- Não, eu acho.-Falamos juntas e ela estendeu a mão e eu peguei.- Prazer, May.

- O prazer é todinho meu.-O Pedro estava 100% sem jeito, ela agarrou o braço dele e deu uma olhada de relance pra mim.- Então...

- Ah, pai, me empresta aquela chave de fenda. -Os três saíram de vista e eu fiquei com minha mãe no sofá.-

- Não vou muito com a cara da Maysa, mas quem tem que gostar é o Pê. Filha, desculpa, mas o Pê acabou ficando com seu quarto e agora que ele namora fica ate menos desconfortável pra gente.

- Tudo bem, não tem problema, quando minhas férias acabarem eu vou voltar.

- Achei que tinha vindo pra ficar.

- Mãe, eu estava morrendo de saudades, mas tô morrendo de sono e dor de cabeça da viagem.

- Tudo bem, vá descansar. A cama está arrumada do quarto do Pê, ou melhor, onde era o quarto do Pê. Eu levo um remédio daqui a pouco.