Por um novo começo

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Acordo com a luz entrando pela janela, meu corpo está dolorido, só pode ter sido pelo esforço de ontem, me sento na cama e escuto o barulho do chuveiro, provavelmente Bruno está tomando banho, levanto e vou para o closet, escolho um moletom e coloco sobre a cama, espero mexendo no celular.

Como eu sinto falta do meu antigo trabalho, da minha vida, como aquilo era libertador e eu reclamava...

Bruno sai do banheiro enrolado com uma toalha na cintura, não olho pra ele continuo com a vista mirada para o celular.

- espero que não esteja me traindo — Bruno beija o meu rosto e eu desvio

- não seria uma má ideia — respondo e o olho.

- me traia e vai conhecer um lado meu, que você vai pedir a esse tal Deus que acredita para morrer.

O ar dos meus pulmões somem.

- Quando irá soltar minha família ? Você já me tirou tudo, por favor me devolva eles — meu coração está acelerado.

- quando eu voltar da viajem conversamos sobre isso.

Bruno entra para o closet e minha vontade é de voar em seu pescoço e mata lo.

Recolho minhas coisas e vou para o banheiro, tomo um banho quente, a água cai sobre a minha cabeça e as lágrimas vem junto, porque me envolvi com ele, porque eu não pensei melhor nesse casamento por Deus.

Dou um soco na parede e meus dedos começam a doer, merda de mulher com seus fracos músculos.

Termino meu banho e me troco dentro do banheiro mesmo, arrumo meu cabelo e saio do banheiro, Bruno está em frente ao espelho arrumando sua gravata.

- será duas semanas de viajem, tem certeza que não quer vim ? Pode fazer compras, coisas estupidas de mulher.

Me sento na beira da cama.

- Essa mulher estupida prefere ficar aqui. — dou um sorriso falso e Bruno se aproxima, ele segura meu rosto com força e coloca meu cabelo atrás da orelha.

- É um aviso, todos os meus homens iram seguir cada passo seu fora dessa casa, não tente fugir, porque a ordem é de te matar se tentar fugir.

Meu corpo ferve, puxo sua mão do meu rosto com toda a minha força e me levanto da cama.

- e se eu quiser conhecer a cidade ? — jogo verde — os seus king kong podem me levar em algum lugar ?

Preciso que ele libere minha saída, para quando Klaus for me levar para ver a Jully não posso por minha vida em risco até tirar eles de lá.

- Se Klaus estiver junto pode, irei deixar um cartão para seu uso pessoal, mas não esqueça Selena, eles te matam se fizer qualquer gracinha.

- sim amorzinho — respondo com uma voz fina como uma esposa exemplar.

Bruno tira sua mala que está sobre a cama e sai do quarto, respiro fundo e vou para sacada, após alguns minutos vejo Bruno, Anna e os seguranças entrarem em um carro preto, espero Bruno passar pelos portões da grande mansão e volto para dentro do quarto dançando, por fim duas lindas semanas sem o Bruno me tocando, e podendo fazer o que eu quiser.

Coloco um tênis e desço as escadas correndo, dou de frente com um segurança, ele me olha.

- Ficarei no quintal, estou indo atrás a Dianna — me explico e ele somente balança a cabeça.

Saio pelo quintal cheio de neve, o vento toca o meu rosto mas eu só sei sorrir, vou até à estufa e encontro Dianna mexendo com suas flores.

- Selena você está ... radiante ? — ela pergunta confusa.

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