0.4

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Desconfiança.


Ali estava eu, trabalhando mais uma vez. Por que não inventarão árvore que dá dinheiro? Seria tão mais prático, não iríamos precisar trabalhar tanto e todo mundo saia feliz. Eu devia era ser cientista. 


— Boa noite Eren. — Olhei para a porta vendo marco, e rapidamente fiquei confuso. 


— Boa noite marco, o que faz aqui? — O garoto sorriu enquanto se encostava no balcão ficando bem próximo de mim, tava até para sentir seu perfume.... Perai, por que aquele perfume parecia tão familiar? 


— Bom, eu vou cobri o turno do Thomas, ontem eu tive que fazer umas coisas e faltei o trabalho e pedir pro Thomas cobri o meu turno, e agora estou devolvendo o turno. — Disse enquanto tirava meu avental colocando em si. 


— Bem, se é assim. Bom trabalho. — Falei ainda confuso e logo sair do mercado seguindo caminho para casa (agora mais atento). Parei em um parque onde havia várias crianças brincando enquanto seus pais tentavam as acalmar, mesmo que eu goste de criança ainda acho que elas são pequenos demônios disfarçados de humano. 


Enquanto eu andava vi um gatinho preto andando como se o território fosse dele, aquilo acabou me lembrando do Levi, me aproximei do gatinho e me agachei perto dele, passei minha mão por suas orelhas e... QUASE PERDI A PORRA DA MÃO. 


— Porra, parece que tu não é so parecido com o Levi, tem também até a personalidade dele. — Fiz bico passando a mão pelo arranhão feito pelo bichinho de Satan na minha frente, esse que apenas lambia o... Deixa pra lá. 


[...]


Assim que cheguei em casa vi apenas Levi comendo sorvete na sala enquanto assistia o desenho "Rick e Marty", aquele desenho num era 18?


— Cadê o Jean? — Perguntei indo até o garoto. 


— Ele disse que não era tá conta de um neko idiota, mas se você perguntasse era para dizer que foi em um mercado compra umas coisas aí. — Me sentei ao lado dele suspirando, odiava o jeito que Jean o tratava. — Bem, ele saiu com um arranhão no braço, mas tirando isso ele parecia muito arrumado para ir em um simples mercado. 


O olhei por um tempo, enquanto respirava fundo, passei a mão pelos cabelos tendo novamente aqueles pensamentos de ontem. 


— Por que você estar com esse cheiro? — O olhei confuso e o mesmo chegou próximo a mim, enquanto cheirava meu pescoço. 


— Hã?


— Você esteve com outro neko? — Sua voz havia saído ríspida enquanto continuava a mim cheirar. 


— Não, acho que é o cheiro de um gatinho que eu vi na praça. — Falei dando de ombros e os olhos do garoto foi rapidamente até minha mão. 


— Deixa eu adivinhar, você tentou tocar nele. — Falou com deboche ao ver o arranhão. — Vai tomar seu banho, e depois eu cuido desse ferimento aí.


[...]


Depois de fazer o que ele tinha mandado, eu me sentei na cama enquanto ele ficava em minha frente passando álcool em minha ferida e não podia conter os gemidos de dor. 


— Calma aí Levi, isso dói. — Falei choramingando, enquanto fazia careta. 


— Você merece, você não já devia ter aprendido que nossas orelhas são sensíveis, agora você aprende e não tenta mais tocar nas minhas. — Revirei os olhos, e fiz bico. 


— Eu vou continuar tentando seu chato. — Assim que falei aquilo, quase soltei um grito de dor, Levi havia colocado mais pressão no algodão com álcool. 


— Continua calado que é melhor. — Por temer a minha vida, fiquei calado esperando terminar aquilo logo. Depois descemos para o primeiro andar e eu preparei a nossa janta, deixei um pouco para Jean que ainda não havia chegado, iríamos ter uma conversa bem séria e dessa vez ele teria que falar a verdade. 


— No que tanto pensa? — Olhei para o Levi que terminava de comer. 


— Eu acho... Acho que o Jean está saindo com outra pessoa. — Falei mexendo na comida do meu prato que mal havia comido. 


— Olha, eu não vou mentir, isso está bem óbvio. Eu pensei que fosse mais esperto. — O olhei com indignado. 


— Poderia ser mais sensível aos meus sentimentos Levi. — Larguei o garfo suspirando. 


— Não é ser insensível eren, você é uma pessoa boa, eu só não quero que te façam de idiota. — O olhei surpreso, ali era o Levi mesmo? — Não me olhe assim, eu não vou repetir. Agora boa noite. 


O neko colocou o prato na pia e subiu bem rápido para o segundo andar e jurei ter visto suas bochechas vermelhas, com um sorriso coloquei o prato na pia e subir para o quarto de hóspedes, e dessa vez meu pensamentos não estavam em Jean, mas em Levi. 

Meu pequeno salvadorOnde histórias criam vida. Descubra agora