Meu pequeno salvador

0.7

Chegando de viagem. 

Eu estava com a cabeça deitada no vidro do avião, Levi estava ao meu lado mexendo na pequena tela que tinha para os passageiros não ficarem sem paciência e Levi parecia bem curioso para saber como aquilo funcionava. 

Já eu, tinha apenas o acontecimento com Jean e marco, não tinha falado nada para o Levi, não queria o encher de problemas. O avião já ia decolar e Levi parecia ficar em alerta. 

— Está tudo bem Levi? — Me ajeitei na cadeira o olhando com curiosidade. 

— Eu só.... Nunca andei se avião. — Falou com a voz um pouco baixa, enquanto colocava o tablete – Que eu havia comprado pra ele – em seu colo. 

— Não precisa ter medo. — Falei sorrindo. 

— Medo? Eu não tenho medo Eren. — Falou com uma careta enquanto virava o rosto. 

— Você não vai morrer se admitir Levi. — Falei rindo e levei um murro no braço. 

— Continue calado faz favor. — Passei a mão por meu braço algumas vezes o massageando, fiz careta. 

— Segura minha mão. — Ele olhou para mim, como se eu tivesse mandado ele tirar as roupas e dançar o ula no meio do avião. — Anda levi. 

Ele olhou para mim como se analisasse a proposta e com receio acabou me dando a mão que não demorei a segurar. 

 — Você pode apertar. — Passei o polegar por sua mão com carinho fazendo movimentos circulares. 

— Em um aperto você iria gritar. — Falou olhando para nossas mãos juntas. 

— Eu não sou tão fraco assim. — Reclamei o olhando fixamente. — Se eu falei para apertar é por que aguento. 

Eu queria não ter dito aquilo, ele apertou tão forte que pensei que fosse rasgar minha mão ao meio. Mas a dor havia válido a pena, Levi agora estava praticamente dormindo com a cabeça em meu ombro e uma expressão serena, nem parecia aquele neko agressivo e boca suja. 

Pude ver algumas pessoas olhando de forma acusadora para Levi e seus olhos estavam fixamente nas orelhas do neko e aquilo me irritou muito. 

— Esse neko deve ter custado uma fortuna, tão gostoso desse jeito. — Apertei o punho que não estava ao redor do Levi e olhei para o homem que estava sentado na cadeira atrás. 

— Acho bom você respeitar ele ou eu jogo você pela janela. — Lhe dei um olhar mortal que o fez engoli em seco. — Nekos são humanos assim como eu e você e eles merecem respeito igual, amadureça idiota. 

Pude sentir Levi se aconchegar mais em meu ombro e eu passei a fazer cafuné em seu cabelo sempre evitando as orelhas, Levi não queria que eu tocasse ali e eu iria respeitar isso. 

[...]

Depois de 5 horas de vôo chegamos a cidade de meus pais, Tokyo. Minha cidade natal, puxei as duas malas para fora enquanto levi me seguinha ainda sonolento. 

— Por que deixou eu dormi tanto Eren? — Perguntou Levi andando praticamente colado ao meu lado, provavelmente por causa do tanto de gente ali. 

— Você parecia cansado, e não tinha por que eu pedir para ficar acordado. — Dei de ombros e seguir para frente e logo avistei um cartaz com meu nome e.... Meu deus, eles não fizeram aquilo. 

Pude ouvir a risada de Levi ao meu lado e meu rosto estava totalmente vermelho, no cartaz estava escrito "Eren finalmente percebeu que é corno" por que meus pais eram assim? Eu sabia que não devia ter falado nada sobre Jean. 

— Já gosto do seus pais. — O olhei com certa raiva enquanto este apenas ria alto. 

Seguimos até meus pais que tinham um sorriso cínico nos lábios, pude ver os olhos da minha mãe brilharem ao ver as orelhas do Levi. 

— Oh céus, um neko. — Minha mãe praticamente ignorou minha existência e foi abraçar o Levi, não contive a inveja ao ver minha mãe acariciar as orelhas de Levi e o desgraçado nem tinha reclamado e ele estava era ronronando deixando que a mulher o abraçasse e continuasse os carinhos. Neko desgraçado.