0.6

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2 anos. 


Ali estava eu e Levi, estavamos sentados a mesa com o café da manhã pronto, mas a vontade de comer era pouco em ambos as partes. 


— Levi, você precisa comer. — Falei o olhando fixamente, seu rosto estava um pouco inchado pelo choro do outro dia. 


— Não é como se você fosse seguir o próprio conselho. — Disse virando o rosto evitando me olhar diretamente. — Eu queria pedir desculpas... 


O olhei confuso, afinal, desculpas pelo que? 


— Desculpa por que? 


— Em parte a culpa de vocês terem se separado foi minha. — Assim que ele terminou de falar, me levantei indo até o seu lado da mesa. 


Mas que merda era aquela? Se alguém aqui tinha culpa era toda do Jean, passei a mão pelos cabelos me agachando a sua frente. 


— Levi, você não teve culpa de nada. — Com cautela peguei uma de suas mãos e logo respirando fundo por ver que não havia sido arranhado. — Você foi uma ajuda. 


— Ajuda? — Ele tombou a cabeça para o lado com uma expressão confusa, uma vontade de beijar aquelas bochechas e aquela boca... Quer dizer só as bochechas, só as bochechas. 


— Sim, você me ajudou a perceber quem era o Jean de verdade. — Passei o polegar por sua mão de forma leve e carinhosa. 


— Você deve estar curioso a respeito da forma como reagir aquele nome. — Levi olhou para mim como se procurasse uma confirmação. 


— Sim, mas não quero que fale sobre isso se não se sentir confortável. — Me levantei tendo uma ideia. 


— Vamos viajar. — Levantei as mãos as batendo de leve enquanto sorria, viajar seria bom para nós dois, ficar longe dessa cidade por um tempo ajudaria. 


— Viajar? Ficou maluco, você trabalha e ainda estuda. — Falou se levantando começando a tirar a mesa e ajudei guardando as coisas na geladeira, não iríamos comer então séria bom guardar para comer depois. 


— Eu posso pedir uma folga no trabalho, e a faculdade estar em recesso por causa do inverno que se aproxima. — Falei ao lembrar de connie que venho trazer minhas coisas e falar sobre o aviso que foi dado no fim das aulas. 


— E iríamos para onde? 


— Para casa dos meus pais. 


[...]


Depois de muito (muito mesmo) insistência e ter quase perdido meu braço eu conseguir convencer Levi em viajar para casa dos meus pais, iríamos no dia seguinte pela manhã. Lembrei que meus pais diziam que eu era um filho ingrato que havia esquecido deles e os abandonados, um belo drama. Nem preciso dizer que minha mãe praticamente me deixou surto ao telefonar e avisar que eu iria para lá. 

Meu pequeno salvadorOnde histórias criam vida. Descubra agora