Por volta da década de 90, o Capitão John Barnes e mais dezesseis envolvidos saíram em uma viagem de busca a respeito do desaparecimento de um companheiro de trabalho.
Jonathan Hill e sua tropa marítima de exploração havia se aventurado em um estudo...
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Na parte da manhã, o calor extremo era um empecilho, mas ainda assim continuavam a trabalhar em prol da embarcação. Vagueavam de um lado para o outro pelas areias, conduzindo baús e caixotes. No geral, também não entendiam a repentina mudança de temperatura e o motivo de tamanho aumento de um dia para o outro. Repetiam o movimento diversas vezes, indo e vindo, mas nem todo o material já estava a postos, e logo a partida não foi feita naquela manhã. Enquanto comiam frutas para voltar aos trabalhos, voltaram a arriscar palpites sobre a posição em que estavam. Os chutes eram muito claros depois da última conversa. A bola da vez, levantada por Barnes, seria que estavam em alguma região esquecida das Felipinas, mas Louis também não concordava com este palpite. O demonologista Nielsen arriscou que estavam em alguma ilha desconhecida pelos nipônicos a volta de Senkaku, mas Ieyasu afirmou que não fazia sentido.
Analisar, estudar e tentar dialogar com o mapa seria impossível. Primeiro, porque havia tomado água na tempestade. E segundo porque eles não tinham muita ideia, então não havia um ponto de partida para construir uma ideia certa.
Ieyasu também deu uma breve aula sobre seu país de origem, listando de cabo a rabo nomes de ilhas como Oki-Daito, Minami-Iwo, Okinotori e a própria Senkaku. Segundo o homem que caminhava sempre com sua espada, eles não estavam em nenhum desses pedaços de terra. Barnes concordou.
O capitão se reuniu com Sullivan e Larsson fora da embarcação enquanto o restante continuava a se organizar para a viagem. Barnes estava visivelmente infeliz. Ele realmente parecia desolado nas últimas horas. Pensava a respeito do objetivo de sua viagem: tentar encontrar qualquer coisa a respeito de Jonathan Hill, seu antigo companheiro que havia desaparecido com sua tripulação em uma viagem de estudo e trabalho aos monumentos e estruturas submersas de Yonaguni. E ele havia sido derrotado. Em suas próprias palavras, fracassado como nunca antes em sua vida. Além disso, estava completamente perdido em uma ilha desconhecida com tripulantes que agora tinham suas vidas em riscos, mas o pior mesmo era se recordar que três pessoas haviam morrido até o momento e ele carregava consigo a culpa e responsabilidade. Um peso que nem todo ser-humano suporta.
Dormir com a imagem de um jovem de 21 anos que tinha toda a vida pela frente, enrolado com uma corda no pescoço e boiando nas águas a alguns centímetros fora uma visão a qual ninguém resistiria. Larsson e Sullivan tentaram animar o capitão que a muito o fazia com eles. Grandes amigos são assim, e Barnes evitou mostrar fraqueza perante o restante dos tripulantes, principalmente aos inscritos na viagem. Ele, então, cerrou o cenho, respirou firme e agarrou os ombros dos dois oficiais, virando-se para o restante. Gritou a plenos pulmões que sairiam da ilha para nunca mais voltar, e daria um jeito de encontrar qualquer um no meio de todo aquele oceano. Não sabia como, mas ele daria um jeito de escapar daquele inferno, com o o próprio havia chamado dias atrás. Era hora de vencer, e tudo estava pronto para isso. Partiriam sabe-se lá para onde em algumas horas.
O barco estava preparado logo que seria o suposto meio da tarde, como haviam imaginado ser, mas logicamente sem ter certeza disto. Todos ainda estavam fora da embarcação, quando um longo som aterrorizante se veio de dentro das árvores. Era como um grito ensurdecedor de alguma criatura que beirava o sobrenatural. O som emitido por algo desconhecido durou por quase trinta segundos, e por mais que não fosse nada similar ao de um cachorro, Barnes cerrou o punho e pediu que lhe entregassem a espingarda Winchester de outrora. Os oficiais discordaram, mas o capitão ordenou que lhe fosse entregue. Quando colocou a arma em punho, olhou com tremenda raiva para dentro da ilha. Sua fisionomia determinava que estava prestes a cometer uma loucura.
