⚓ CAPÍTULO 02: A ilha

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   Quando finalmente se viram livre dos perigos das chuvas, também notaram que estavam completamente à deriva e com nenhuma noção a respeito de suas coordenadas

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   Quando finalmente se viram livre dos perigos das chuvas, também notaram que estavam completamente à deriva e com nenhuma noção a respeito de suas coordenadas. O grupo até conseguia desenvolver um bom entendimento graças ao sol e às estrelas, em que pese, longitude, não fazerem ideia. Poderiam estar próximos a América do Sul, ou da África. Nunca se sabe.

   A ilha aparentava ser graciosamente grande, e sua extensa faixa de areia fora cobeta por tripulantes, enquanto alguns homens iniciaram um processo interno em busca de galhos, alimentos e qualquer outra coisa que fosse de bom grado para sua sobrevivência. Aqui, as cores se contrastavam, da areia ao azul turquesa das águas e combinando as brancas nuvens que eram sopradas pelos alísios que se deloscavam.

   Os oito inscritos à viagem mais os cinco convidados trabalharam duro na parte da tarde, se organizando as suas roupas e caixotes para transpostar o restante de peças e quinquilharias. Fazia um pouco de sol, para a felicidade da grande maioria. Realizavam o caminho de idas e vindas de dentro da embarcação para a face da desconhecida ilha. Conduziam caixotes, malas, maletas, bolsas e três ou quatro baús, esvaziando o conteúdo da embarcação.

   Havia muitas roupas ali, e claro, mantimentos para a viagem pausada pela tempestade passada. Barnes e os três oficiais que lhe acompanhavam ergueram uma escada danificada pela força da natureza, e faltando dois degraus, colocaram na região direita da embarcação, para que os outros pudessem subir e descer. Concomitantemente a isto, o capitão tentava de todas as maneiras pensar numa forma de consertar a maldita vela e o mastro, que logo depois percebera seu rompimento.

   Em seguida, Larsson se juntou a Brown, e ambos estudaram as rachaduras pesadas na popa e proa. A situação era mais difícil do que isto, e acabou por piorar quando passadas três horas de muito estudo a respeito da navegação, notaram o restante dos prejuízos. Bombordo e estibordo já não eram mais os mesmos, além disso, a superstrutura, como toda a parte acima do convés, tais como contendo, aponte e alojamentos estavam lastimavelmente em situação precária. Além, claro das rachaduras na cabine, deque e casco. A ponte de comando estava razoavelmente em um estado aceitável, mas a carcaça por completo não resistiria a mais dez minutos de viagem. Foi um milagre terem conseguido atracar em terra firme e estarem vivos.

   O mar estava incrivelmente calmo naquela altura do campeonato quando um tripulante de pele quente e cabelos grossos e castanhos colocou com a ajuda do japonês da espada de outrora o último dos baús em terra firme. Logo, ele pôde notar curiosamente uma elevação de terra e rochas em uma boa distância. Havia um farol. Ele, de imediato, olhou para o nipônico, e ambos se ergueram para observar.

   — Você também está a ver, não está? Curioso como não reparamos nele no dia passado. 

   — Sim, e parece estar em ótimo estado. Veja bem o tamanho daquela torre! Deve ser extremamente potente enquanto aceso. – respondeu o asiático. Sua veste era uma longa manta branca, com um kanji de dragão as costas. O oriental tinha uma cor de pele que corria para o amarelo, e seu cabelo já era ralo. Não era jovem, diferente do outro rapaz, que era um jovial e aprazível turco.

A Ilha da LoucuraOnde histórias criam vida. Descubra agora