Capítulo 17

80 5 0
                                    

Estava a lavar as mãos quando ouvi um ser a parar do outro lado da porta.

Como não queria ser um incómodo despachei-me a secar as mãos e abri a porta.

Dei com o Woo que me empurrou de novo para dentro da cabine e fechou a porta.
Enquanto assimilava uma frase para dizer, os meus pensamento são interrompidos pelos lábios do Woo a tocarem os meus, algo que já não se fazia à 13 meses.

-Tu não tens noção das saudades que eu tinha disto. -ele diz e eu fico surpreendido por a sua mão vir para o meu abdómen e a outra entrelaçar no meu cabelo.

Eu sei, o Woo de algum tempo atrás não parecia ser tão agressivo e saído das cascas graças ao seu estado de saúde  mas na verdade ele sempre foi assim.

-O contrato!

-Não acaba se ninguém souber que estamos aqui e para mais é só hoje.

Esta última parte para mim fora como uma faca no coração, mas mais vale um bocadinho do que nada.

Passo a minha mão pelo peito lentamente até chegar ao pescoço e sinto que ele se arrepiara e por consequência positiva para mim, o beijo aprofunda.

Encosto-o contra a porta e ouço o estrondo de o empurrar tão forte.

-Eu disse que ninguém deve saber, por isso acalma ai o fogo.

-Sim senhor. -digo retirando as mãos do seu corpo.

Tento afastar-me mas sou agarrado pelo Woo.

-Eu tive 13 meses, 11 dias, 21h e 32 minutos e 5 segundos a tentar arranjar coragem para fazer isto, por isso escusas tentar fugir porque não vai acontecer.

Sabia que os números que ele tinha dito estavam a ser ditos e escolhidos na hora, mas para mim sabia a verdade.

Sabia que de facto ele tinha contado o tempo para este momento.

Ele atira-se para mim intensamente, mas desta vez sou eu que recuo contra a pia e levo-a contra os ossos da bacia.

Afasto-me levemente da pia e esfrego a zona com que eu bati na pia.

A sua mão sai do meu peito lentamente e dolorosamente, fazendo-me esquecer da dor na minha bacia.

Sempre com a mão colada ao meu corpo, ele percorre-me até chegar à minha coxa.

Com as nossas mentes unidas em uma só, avanço para o seu colo.

Reparo que ele tem dificuldades em agarrar-me e desato a rir.

Sinto-o a agarrar-me melhor.

-Achas graça é!

-Tu nem se queres tem força para me agarrar. -digo virando-me para ele.

-San, abre a porta já! -diz Seong baixinho, mas deu para entender que ele estava chateado.

-Se tivesses ficado calado, não tinhas perdido tempo. -ele diz virando-se para a porta e abre-a.

-Vocês são idiotas ou fazem-se de idiotas! -ele diz entrando na casa de banho e fechando a porta. -Quer dizer, entras na casa de banho que é única e o San ainda não tinha saído, óbvio que o que se supõem e que vocês estavam aqui na marmelada.

-Não estão errados. -diz Woo encolhendo os ombros e eu limito-me a olhar estupefacto para ele. 

-Vocês são loucos. Hello! O contrato!

-Não tens moral para falar, também estás mortinho para te atirares para cima do Hongjoong, só não tens é lata e coragem para o fazeres! -diz Woo e eu sorriu com esta facada.

-Eu só não quero é sair disto por causa destes momentos que nunca irão passar de momentos.

-Olha tchauzinho. -Woo diz a abrir a porta e a meter-se a milhas. -Vou chamar o teu amado para te fazer companhia. 

A porta fecha e o Seong vira-se para mim com as mãos nas ancas.

-Que foi? Foi ele que se atirou.

-E tu deixas-te. -ele respira fundo. -Eu sei que gostas dele, mas é o teu sonho que está em causa, tenta não agir de cabeça quente. Agora se me pudesse fazer o favor de se retirar da casa de banho ficava agradecido.

Dou um sorriso e abandono a casa de banho no qual se tinha criado história.

Perfection- WoosanOnde histórias criam vida. Descubra agora