Perfection- Woosan

Capítulo 8

-Eu vi-te lá com os teus amigo e sinceramente quanto te esquecias que estávamos lá a olhar, tu libertas-te e foste o teu verdadeiro San, quando te lembravas que estávamos lá voltavas ao San da capa, mas eu acredito que isso não se aplica só ao bocadinho de hoje, mas sim na tua rotina. Por isso é que eu te levei a comprar roupas que tu gostavas, mas não tinhas coragem de comprar, levei-te a fazer a madeixas porque foi o que tu sempre quiseste, mas não tiveste coragem. Se tu entrares neste mundo e entrares assim, então vais estar sempre a não ser tu porque vais ter sempre alguém ou algo a apontar para ti e assim vais ter que continuar sempre com a fachada. Por isso é que eu quero que tu sejas tu e deixes esse medo de lado. É óbvio que às vezes vais ter que te forçar a ser algo, a ser mais sério ou sexy, mas faz parte so trabalho. Podes achar que estou a falar por falar, mas quem fala é alguém que já foi como tu e sabe que custa fingir e apagar a chama intensa de fazer algo que não se deve.

Será que o Kai tem razão?

Será que eu me fecho assim tanto e finjo ser algo que não sou?

Será que eu me limitei assim tanto por opiniões?

Será que o Kai tem razão que se eu for assim vou ter que continuar com esta mentira para sempre?

-San!

Ouço a porta a abrir por isso desligo o telemóvel.

-Nossa! Parece que era confidencial! -diz Woo entrando e sentando na mesa.

-Quantas vezes já te avisei sobre sentar em cima da mesa! -reclamei demasiado alto.

-Fala baixo, os nossos vizinhos já devem estar a dormir. -diz Woo tirando os sapatos. 

Momentos de silêncio se fazem.

-Está tudo bem? -Woo pergunta levantando da mesa.

Não respondo, as palavras de Kai continuavam a encher-me a mente.

-San!? -desperta-me Woo uns segundos depois de me perguntar se estava bem. 

Aproximo-me dele e rodeio a sua cintura com as minhas mãos.

Mas aquelas palavras não saiam da minha mente, elas viravam e reviravam.

-Vais acabar o que deixas-te a meio ou não? -pergunta Woo voltando-me a despertar. -Não, né! Acabo eu, então.

Mal acaba a frase sinto os seu lábios finos e quentes a tocar nos meus.

Um arrepio percorre-me como nunca antes sentido tal.

Sinto as mãos dele a pousarem na minha cintura levemente, mas o que não esperava era que ele me puxasse e colasse os nossos corpos.

Eu sentia que era consumido naqueles beijos.

Sinto-o a empurrar-me e com a concentração e o consumo faço o que ele me manda.

Sinto a cama a bater-me nas pernas e entendi que a intenção dele era ir sentar na cama.

Desço a minha mão para a sua perna e ele entende a minha intenção.

Dá um mini impulso e agarro-o, sento-me sempre com ele no colo e sinto um sorriso a formar-se no seus lábios que me contagia.

-Porquê o sorriso? -pergunto, parando.

-Deixas-me de bom humor. -ele diz simplesmente deitando-se e colocando a sua cabeça nas minhas pernas.