*Nós dois podemos jogar esse jogo*

85 15 3
                                    

Não é surpresa alguma encontrá-los em volta de uma mesa redonda comendo e sorrindo a vontade. Acho que terei de me acostumar com a presença dos Rustiak em nosso meio. Alias, a companhia da Bella é extremamente agradável principalmente misturada a certo nível de alegria por parte dela. Chega a ser cômico.

-Eu não sabia que a senhorita certinha dançava sem pudores pela noite. Eu fiquei surpresa sim.

Diz Bella mexendo com as mãos em minha direção.

-Como não sabia? Você a investigou antes de mandar o Marcus.

Heron deixa escapar a informação e ela nem fica vermelha.

-Você me espionou?!

-Wow! -Bella levanta os braços em rendição. -Eu precisava ter certeza de quem você era. E claro, precisava de trunfos nas mangas ué.

Balanço a cabeça em reprovação. Inacreditável. Tudo farinhas do mesmo saco. Chilli e Angel sorriem da desgraça alheia e embalamos outros assuntos divertidos e outros não. É claro que me perguntariam sobre Marcus e ai até os homens fizeram questão de entrarem na conversa. Ryan e Heron um pouco mais reservados que os outros.

-Você pode pelo menos descrevê-lo?

-Chilli! Você não tem outra coisa para fazer não? Cadê a Arya?

Ela faz um beicinho e me abraça quando paramos na calçada do lado de fora do clube. Eu admito que foi uma noite extremamente agradável.

-Arya está com as avós e provavelmente dormindo a esta hora. E sim! Eu tenho muitas coisas pra fazer com aquele corpinho ali. -Diz apontando para Adam. -Ninguém me tira de cima até as minhas pernas ficarem com câimbras e minha grutinha dolorida.

Reviro os olhos.

-Poupe-me dos detalhes.

-Rá! Nem todo mundo nega os prazeres de ouvir sobre algo, como você por exemplo.

-Não neguei nada.

Ela me ignora.

-Ele é tão dominante quanto parece? Deve ter uma pegada do cão!

Penso sobre hoje mais cedo quando ele me dominou em meu quarto. O ciúme emergindo de seus poros e indo diretamente para sua gloriosa ereção. Mordo os lábios ao recordar cada detalhe. Ta calor aqui né? O centro das minhas pernas chega a vibrar de êxtase com as memórias me rondando. Me pego querendo saber qual o gosto das bebidas que permeiam sua boca neste exato momento.

-Eu conheço esse olhar.

Desvio meus olhos dele e encaro Chilli. Ainda mordendo o canto dos meus lábios, seguro em seus ombros e chego bem próxima de seu ouvido.

-Gostoso pra caralho. -Falo e me afasto com um sorriso sacana. -Uma pegada que te faz queimar como o inferno e explodir como uma constelação.

Os lábios finos caem como se o maxilar desgrudasse e eu empurro novamente para cima e jogo um beijinho no ar.

-Filha da puta!

-Boa noite amiga.

Respondo debochada e saio andando rumo aos fundos para pegar meu Honda. Não exagerei nas bebidas, pois sabia que teria que dirigir e prefiro tomar sempre muito cuidado com isso. Procuro as chaves no fundo da minha bolsa e depois nos bolsos da minha calça jeans. Onde foi parar essa merda?! Me agacho e abro a bolsa inteira para olhar em todos os bolsos. Encontro a chave enroscada no meio do meu top preto e solto um suspiro de alivio. Ajeito tudo de volta e me levanto pronta para abrir o veiculo quando a chave é tomada das minhas mãos. Olho para o raptor da mesma e não me impressiono ao saber quem foi.

-Quer as chaves? Vem pegar.

-Sério? Vai fazer esse joguinho com as minhas chaves? Tão clichê. -Falo cruzando os braços. -Por que não deixa esse joguinho de lado e faz logo o que quer fazer?

Lá esta aquele sorriso largo e devasso. Abro os lábios em expectativa esperando para provar seu gosto de novo. Não devia, mas eu quero. Segundos, minutos...eu não tenho a mínima ideia de quanto tempo se passa até sua mão puxar minha nuca e segurar firme em meus cabelos inclinando minha cabeça para si. Seus lábios enroscando-se aos meus em uma dança imprópria. Sua língua gradeando com a minha, sugando como um sexo oral e eu gemo de prazer. Enrosco minha mão em seu peito e sinto o frio do colar de prata e os pelos na pele quente. Minha outra mão busca seus fios curtos de cabelo e arranha sua nuca. Sinto-me em chamas. O gosto de cigarro mentolado misturado ao Martini é escandalosamente sensual. O click da porta do carro chama a minha atenção e ele se afasta.

-Entre. -Obedeço enquanto ele da à volta e entra no lado do passageiro. -Dirija.

Observo desconfiada, mas o faço. Sigo suas instruções e sua mão faz círculos na minha coxa o tempo inteiro até começar a correr os dedos no fecho da calça.

-O que está fazendo?

-Shiu!

Sua mão atrevida continua vasculhando meu corpo. Entrando na minha blusa até alcançar meu seio na borda do sutiã. Mordo o lábio fixando meu olhar na estrada à frente. Ah que cretino!

-Vire.

Olho confusa e ele aponta para a esquina próxima a nós. Seu sorriso é sacana pelo meu estado atual, mas continuo dirigindo pelas ruas e ele pelo meu corpo. Aperto o volante conforme os círculos correm pela minha barriga e circundam meu umbigo, e então descem mais e mais e cada vez mais. A calça não o impede de passar a mão enorme sobre meu monte de Vênus traçando um caminho abrasador. Quero abrir as pernas, afastar meus lábios vaginais e exigir que tome tudo, mas não posso perder o controle do carro.

-Vire ali.

Diz forçando a mão mais para baixo e percorrendo todas as camadas da minha intimidade, o dedo entrando e a palma fazendo pressão sobre meu clitóris. Não consigo evitar, meus lábios se abrem e eu gemo segurando mais firme no volante, quase implorando para que o nosso destino se materialize na nossa frente.

-Estamos quase lá, Pequena. Você está quase lá.

Isso é um pecado mortal! A voz rouca e máscula penetrando meus ouvidos enquanto sua mão trabalha em mim e seu dedo se inclina esfregando minha carne por dentro. Quero me inclinar, quero me impulsionar de encontro ao abismo deste prazer.

-Goze minha Pequena. Deixe vir para mim.

Óh caralho! Um vulcão entra em ebulição dentro de mim e eu sinto cada parte da minha boceta se apertar em torno de seus dedos, pulsando ávida e o sugando com força. Explodo em uma enorme porra de constelação. Respiro com dificuldade e paro o carro em um estacionamento de um hotel bem em um ponto escuro. Marcus me olha surpreso quando o encaro e simplesmente o ataco. Passo minhas pernas em torno de si e esbarro no som do carro que começa a tocar alto uma musica latina que eu não me importo em entender. Beijo seus lábios e meu rosto está quente como a superfície solar. Eu estou pegando fogo. Chupo sua garganta trilhando toda a curva de seu pescoço.

O espaço é pequeno e não posso fazer muito, mas alcanço seus músculos por baixo da camisa que puxo de dentro da calça. Abro seu cinto e alcanço seu pênis duro e quente. Minha garganta seca e minha língua se enche de saliva ao senti-lo. Passo meus dedos em sua glande e uso a baba de seu pau para lubrificá-lo e ordenhá-lo já que nesta posição não posso usar minha boca. Enfio minha língua em sua boca e exploro seu gosto e sua língua quente enquanto minha mão trabalha em seu pau. Sua mão aperta minha bunda, minhas pernas e se fecha em minha cintura.

-Assim eu vou sujar nós dois.

-Não me importo.

Respondo e continuo um movimento de vai e vem entre nós. Descendo em espiral e voltando cada vez mais rápido e apertando levemente. Chupo o lóbulo de sua orelha e solto minha respiração em seu ouvido. Marcus se arrepia e seu corpo fica tenso. Eu sei que suas bolas estão duras pedindo por libertação. O solto e saio rápido de cima voltando ao meu banco no tempo suficiente para me abaixar e abocanhá-lo havidamente. Movimentos certeiros da língua casando com a mão e eu tenho sua porra em minha boca, descendo por minha garganta e seus gemidos ecoando por meu carro.

-De nada.

Digo sorrindo e limpo meu lábio inferior. Nós dois podemos jogar esse jogo.

Carolina Reaper "Pequena, meiga e fatal" •Vol 3 (EM ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora