Como prometido, consegui entregar o capítulo no sábado!
IHA, vamos ver se consigo manter esse dia, seria muito bom para a frequência.
E aqui teremos ceninhas bem calientes, portanto se não gosta de escrita erótica semi-explícita, a porta da rua é serventia da casa rsrs.
Decidi dedicar o nome desse capítulo ao arcano dos Enamorados, pois, além dessa casa conter uma energia romântica muito forte, ela instaura um momento de decisões muito forte. É o momento em que o Louco decide se faz uma escolha ou volta lá para o ínicio da jornada... Enfim, para mais conteúdo didático sobre tarô, me segue lá no insta, bb! 💞
Capítulo Sexto. Os Enamorados
Despontava no horizonte, aquela que abraça delicada as primeiras horas do dia. A aurora de róseos dedos e véu açafrão, cobre o ar e os arredores do castelo com uma fina neblina. Havia passado duas semanas desde a primeira ida ao anexo secreto. A estratégia havia sido a de cavalgar dia sim dia não, e quando parecesse muito suspeito, anulavam um dia de estudos, permanecendo no castelo com suas tarefas rotineiras. Também não combinaram um horário fixo dada a desconfiança, alternando dias de estudo pela manhã e outros pelo final da tarde. A produção não estava sendo muito satisfatória, mas era tudo o que tinham para aquele momento, não podendo recorrer à internet ou ao arsenal bibliográfico dos Homens das Letras.
O humano precisou se virar para botar à prova o seu melhor personagem, tendo que justificar-se para Sam e Miguel, no caso, Lancelot e Galahad, o rompimento com Lisa. Nenhum dos dois havia ficado satisfeito com aquela situação, naturalmente. Quanto a desculpa para as saídas frequentes do reino, treinamentos, caçadas e bordeis para relaxar pareciam justificativas plausíveis. Porém, o loiro sabia que aquilo não os seguraria para sempre. Por isso, humano e anjo combinaram alguns estratagemas no caminho entre o castelo e a charneca, na possibilidade de algum serviçal ter sido incumbido de segui-los. O inverno começava a dar as caras através das montanhas britânicas, agraciando o solo com uma fina camada de neve e bochechas rubras com a friaca. Apagavam pegadas na medida do possível, desviando caminhos e confundindo possíveis espiões, assim como saqueadores e inimigos do reino. Também trocavam de cavalo quando possível e, no dia de hoje, haviam combinado de levar apenas um cavalo, saindo cedo o bastante para não serem vistos.
— Acho que nunca na vida eu acordei tão cedo. — comentava o loiro num suspirar gélido, fumaça esbranquiçada saindo de seus lábios. O humano comandava as rédeas do castanho cavalo, enquanto Castiel mantinha-se sentado atrás do mesmo.
— Não durma, Dean. — o moreno havia demorado breves segundos para responder o protegido, distraído com a paisagem envolta. A resposta veio com o solavanco repentino do cavalo, que assustou-se com o desviar das rédeas. Dean havia pescado. — Vamos trocar de lugar.
— É melhor eu ir andando...
— Você está cansado, Dean.
— Certo... — puxando as rédeas num comando específico, o potro para no lugar e Dean escorrega para fora do mesmo. Castiel ajeita-se para frente e o loiro mais uma vez sobe, endireitando-se no calor das roupas do anjo.
O cavalo reinicia o andar, Castiel já tendo aprendido como comandar o gracioso animal que tinha diante de si. Com postura e cautela, o anjo vai seguindo o caminho indicado no mapa, ainda que já tivesse praticamente decorado o circuito. Era silencioso e aprazível o meio tempo até lá. Dean, atrás de si, cuidava para não escorregar demais para frente e encostar no corpo do moreno. Porém, o sono fora mais forte e seu rosto cai de lado nas costas de seu salvador. Castiel, já supondo que isso poderia acontecer, se ajeita de maneira confortável para não atrapalhar o protegido. Ele podia sentir o ar quente saindo das narinas do loiro e dissipando pelas dobras de suas roupas. Tê-lo tão perto de si o fazia sentir-se... bem. Apenas bem. Essa era a palavra.
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A Roda da Fortuna | Destiel
FanfictionDean e Castiel rumam à Chicago para investigar um caso sobrenatural ocorrido dentro de um colégio. Como se o contexto da morte já não fosse esquisito o suficiente, as evidências encontradas na cena do crime não parecem bater com qualquer criatura qu...