Capítulo Oitavo. Roda da Fortuna

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Eu sei, o capítulo tá pequeno proporcionalmente ao tempo que demorei pra postar.
Muita coisa tem acontecido na minha vida e tenho estado um pouco cansada pra escrever. Não queria me demorar mais e finalizei pequeno mesmo pra vocês pelo menos terem alguma coisa rsrs
Espero que ainda tenha gente aqui, por favoooooor, se manifestem se sim ❤




Capítulo Oitavo. Roda da Fortuna

Sem qualquer delicadeza, Dean é praticamente arrastado até as masmorras do castelo, o trajeto inteiro traçando planos possíveis e impossíveis para fugir da encrenca que se meteu. No momento em que é jogado para dentro de uma das celas, já começa a analisar o cubículo, procurando brechas para sua salvação.

— Nem tente, irmão. — disse Sam, recostado em uma das laterais da cela.

— Não vai me dar o benefício da dúvida mesmo, não é? — retrucava Dean, pouco se importando com a presença familiar. Sabia que já estava na merda, nada que fizesse agora iria mudar sua sentença.

— Eu não, mas o povo não irá facilitar. Eles... gostam de você. — declarou, absolutamente desgostoso.

— Ora, o que posso fazer? Sou irresistível. — e finaliza com uma piscadela provocativa, brincando com um sorriso gatuno nos lábios.

— Veremos. Estamos fazendo uma busca por Merlin. Se não o encontrarmos em algumas horas, quem virá aqui não será eu, mas Galahad. — Dean não precisava saber o que aquela informação significava, pois o tom opressor já dava as cartas.

Lancelot sai de cena, desaparecendo por entre as chamas filtradas da lamparina e sendo seguido por outros dois cavaleiros do reino. Dean se aproxima das grades, procurando enxergar os corredores e quantos guardas havia naquele antro. Seus olhos conseguiram alcançar apenas três, mas que estavam muito bem armados e alertas. Sabia muito bem que Castiel tinha poder para apagar aquela galera em apenas um minuto, porém não parecia uma fuga muito eficaz. Não tinha pleno conhecimento de todas as saídas do castelo e mesmo que o anjo o teletransportasse, invariavelmente iriam deparar-se com mais cavaleiros. Castiel também não tinha poderes fora dos muros do castelo, o que poderia gerar sérios problemas para eles. Não lidavam com bruxos da mesma maneira que lidavam com ladrões. Era morte ou morte, pura e simplesmente. Nem se tivesse munido de uma das crossbow poderia sair imune dali. Perdiam em quantidade e em contexto. Nada parecia favorável.

Dean escorrega na parede de pedra, sentando-se com a pernas semiabertas e apoiando um dos cotovelos na coxa. Menos mal, o anjo não havia aparecido. Isso facilitava a situação. Porém, sabia que Castiel invariavelmente iria aparecer. Teria que ser cauteloso. Se vissem o moreno se teletransportar, provavelmente nem fariam uma execução estruturada, seriam mortos na hora. "O medo é uma vadia", diz, incerto se a frase de efeito era para si ou para o inimigo, enquanto mexia em um caneco de alumínio estranhamente bem polido. A cabeça cede para trás, sentindo a fria pedra atrás de si. O caçador fica longos momentos fitando o úmido teto, com as intensas reflexões que um homem no corredor da morte detinha. Foi assim quando vendeu sua alma, entre outros momentos que esteve cara a cara com a morte nua e crua. Apesar de toda sua experiência, ter ido literalmente do Céu ao Inferno – com direito também a Purgatório –, cada contato com a morte enregelava seus órgãos. E, mesmo se pressionando em afastar esse pensamento, o anjo reverberava como uma droga em seu sistema. Preocupava-se com ele, independente de ser uma criatura celestial poderosíssima. Agora, mais do que nunca, Castiel seria a sua maior perda. "Tinha que ser agora, não é mesmo? Não me permitiriam sentir o gostinho da felicidade", se martirizava com o tempero Winchester da ironia. Ele ri abafado, contendo todas as tensões dentro de si.

A Roda da Fortuna | DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora