Capítulo Sétimo. A Torre

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Ai gente, mil perdões pela demora, acabei de finalizar as provas da facul e to lidando com uma burocracia enorme por conta do estágio obrigatório. Tá uma várzea isso aqui rs
O capítulo tá bem grandinho e acho que agradará vocês!
To muito feliz com os comentários, então vou continuar pedindo a frequência de vocês ehehhehehe sério, é isso que me impulsiona a continuar escrevendo, muito fofo s2

Estamos indo para o final da fic, em! Creio que mais dois ou três cáps.
Beijos!



Capítulo Sétimo. A Torre


— Você foi estupidamente irresponsável. — ralhava Sam, apontando o dedo no peito de Dean.

— Como que eu ia saber que ia cair aquela puta nevasca? — argumentava Dean, enrolando-se em palavras e tentando prever as próximas do príncipe e cavaleiro.

— Fala como se tivesse acabado de chegar à Camelot. Você conhece o clima essa época do ano, tolo. — e revira os olhos, mais revoltado com a criancice do irmão do que com a desconfiança que permeava seu cérebro.

— Olha, eu estou bem. Merlin me... — ele inicia sua fala, amparando a intolerância do príncipe, mas ruboriza na mera volta à noite passada. — Ele me amparou, okay? Não me sinto calejado.

O próximo com direito ao trono remexe a mandíbula de um lado para o outro, tornando a enrugar a pele entre as sobrancelhas. Ele firma os dentes, olhando para Miguel por cima do ombro de Dean. Naquele cúmplice olhar, uma única mensagem fora trocada e o príncipe bastardo sabia exatamente qual era sua missão agora.

— Não saia do reino esta noite. — foram as únicas palavras que saíram por entre a barreira de seus dentes, dispensando a presença do irmão.

Dean apenas consente, marchando duro de volta para os corredores de pedra. Ele andou, andou e andou, mil pensamentos passando por sua cabeça e seus pés não sendo mais devidamente controlados. Inspirava e expirava, até encontrar-se sozinho em um corredor inundado de penumbra. Encostou-se na fria parede medieval, caindo no peso do próprio corpo e bamboleando os pés pesados. Não podia se dar ao luxo de explorar aquelas emoções patéticas, pois não era hora e nem lugar. Estavam o perseguindo como se fosse o próprio anticristo fazendo merda. Estavam em outra realidade. Uma realidade perigosa e com a porra de um trickster fazendo um carnaval diabólico.

Ele mordisca a bochecha, travando o maxilar como se fosse uma peça dura de um brinquedo infantil. Deu alguns passos para frente, afastando-se da parede para apoiar as mãos na parede paralela a si. Os olhos se deparam em algumas telas com pinturas da família real e isso faz subir seu fogo interior, aquele "quê" de Winchester que poucos ousavam desbravar. Rebaixando seu lado apolíneo e racional, traz a luz o fogo ariano, socando a pintura até rasgar-se por completo. A ira abre buracos tenebrosos nos nós de seu punho, mas ele pouco se importava.

— Dean, o que você...? — a rouca voz o pega de surpresa, surgindo das densas sombras. — Você está machucado?

— Eles te interrogaram? — foge do assunto e move a mão machucada para trás quando percebe o anjo avançar sobre ela. Castiel percebe, mas a teimosia infantil do loiro não o para.

— Sim. Dê-me logo isto... — Dean embrutece o rosto, preferindo apenas ceder aos cuidados do moreno. No mesmo instante que o anjo lhe toca a mão, desvia o semblante, não querendo expor a reação de alívio que o invadia naquele contexto. Uma sutil luz cândida surge e, como num instalo, a dor e as feridas são levadas embora. — Pronto. Deve ajudar.

A Roda da Fortuna | DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora