Capítulo Segundo. O Imperador

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Não demorei tanto, em?
Geralmente eu escrevo bem rápido os primeiros capítulos, pois tem todo o lance da inspiração e da animação, rs.
Segundo capítulo então... as coisas já começam a andar!

Boa leitura!
P.S: já perceberam que o nome dos capítulos se refere a um arcano maior do tarô? Para os curiosos, além de escrever fanfic eu também sou taróloga, rsrs \o



Capítulo Segundo. O Imperador

Como se a enrascada já não fosse grande o suficiente, Castiel volta sua atenção ao público que circundava Dean no mesmo tablado e nota que aquelas pessoas não eram nada mais nada menos do que figuras de seu convívio. Em trajes clérigos, era Bobby Singer quem coroava o loiro, provavelmente alguém de muita sabedoria e respeito dentro da cidadela. À diagonal do Winchester, era Sam quem o assistia com a mão a sustentar uma espada na bainha da armadura, seguido de Gabriel, Balthazar, Miguel, Ketch e Benny. Todos armados até o pescoço, ainda que com as vestes reais que exibiam o brasão da família Pendragon: um dragão dourado por detrás de um fundo rubro como sangue. Castiel range os dentes, a situação parecendo estranha além dos padrões, porém não consegue ter tempo para digerir aquela realidade paralela, pois Bobby Singer parece apontar para si:

─ Merlin! O que faz aí no meio? Suba! ─ Castiel olha por detrás do ombro, torcendo para que o clérigo não estivesse se referindo a si, mas ninguém se manifesta na multidão. Sem conseguir esconder o cenho de confusão, Cas busca os olhos de Dean e quando percebe que o mesmo parece tão apreensivo quanto ele próprio, o anjo sabe que o loiro não havia perdido a memória ou algo do tipo. E isso lhe dá forças para subir até o tablado.

─ Encerraremos então com os cumprimentos de lealdade, pois outra missão nos espera neste dia ensolarado! ─ enuncia Bobby Singer à plateia. ─ Á começar por Sir Lancelot!

Por detrás dos cavaleiros, o anjo acompanha Sam deixar sua posição e encaminhar-se até Dean, ajoelhando-se e beijando sua mão, entoando assim:

─ Juro protegê-lo até meu último suspiro, caríssimo rei. ─ a expressão de Dean era indescritível, sabendo lidar com o papel que precisava fazer de uma maneira cômica, o que rendeu alguns risos internos por parte de Castiel. Na volta de Sam, o loiro usa da oportunidade para virar discretamente até o moreno e lhe jogar um olhar de como quem diz: "onde caralhos você se meteu?".

E de fato era isso que Dean pensava desde que seu corpo fora arremessado de uma realidade para outra, acordando em uma cama que definitivamente não era sua. Ele havia demorado um tanto para se situar, ligar ponto com ponto, mas tudo naquele quarto gritava "Game of Thrones" e aquilo foi assustador para cacete. Ora, havia castiçais nas paredes de pedra e até a droga de um tapete de urso no quarto!

─ Sir Galahad! ─ era a vez de Miguel, sublime e com a mesma respeitabilidade que tinha no mundo real. Anda até o rei, ajoelha-se com toda a maestria e deposita o beijo.

─ Juro ser fiel mesmo nos momentos de maior desespero.

─ Sir Gwaine! ─ Gabriel sai de sua posição de sorriso zombeteiro e sobrancelhas argutas.

─ Juro acompanhar-te nas mais desafiadoras missões e... ─ a teatralidade não poderia faltar. ─ principalmente quando quiser ir às tabernas e compartilhar uma ou duas donzelas!

Bobby Singer lhe lança um duro olhar de cima, abanando o livro sagrado de maneira a espantá-lo. Isso incandesce o público, gerando burburinhos por parte de mulheres e jovenzinhas. Gabriel faz uma curta reverência e da passagem a Balthazar, Ketch e Benny, respectivamente, sir Mordred, Tristão e Percival, que vão com toda a nobreza que lhes fora ensinada depositar o beijo da lealdade em seu novo rei. Depois de mais algumas burocracias e atividades cerimoniais, o clérigo anuncia o fim da coroação e de pouco em pouco, toda a multidão foi se dissipando, assim como os cavaleiros que se reúnem do lado de fora do castelo. Bobby tirou alguns minutos da companhia de Dean, revelando admiração pela pessoa que havia se tornado e que Uther¹ estaria orgulhoso. Naturalmente, Dean apenas assentiu, não fazendo a menor ideia a quem ele se referia. Antes de deixar a sala, Bobby aponta um dedo à Castiel, advertindo-o:

A Roda da Fortuna | DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora