Alice.
Quando acordei no outro dia, quase soltei um gritinho animado pela manhã, estava ansiosa para ver minha tia, sentia tanta saudades. Ok, eu tinha nuita saudades dela, porém o bolo de chocolate dela faz tanta falta, é simplismente divino!.
Peguei uma roupa mais "mortal" como meus irmãos dizem e vesti, sai rápidamente do quarto em direção a sala de Dionísio, vendo o mesmo conversando sozinho, franzo o cenho.
—Dionísio?- chamo e ele me encara- vamos!?- pergunto animada.
Ele apenas revira os olhos, fazendo o famoso movimento com as mãos que nos envolve em uma fumaça roxa, logo me vejo na cozinha da minha casa e o mesmo sentado em um banquinho que tinha ali, sorrio ao ver oquê tinha na mesa.
—Bolo!- exclamo cortando um pedaço e comendo, soltando um gemido de satisfação.
—Pelos deuses, que não tenha um louco na minha cozinha- escuto um sussurro da minha tia e a mesma logo adentra o local, suspirando aliviada ao ver Dionísio- oi pai- dá um sorriso para ele, que por incrível que pareça retribuí.
—Oi, eu tô aqui também!- exclamo de boca cheia e ela me encara, sorrio com os dentes sujos de chocolate e ela ri, me aproximo lhe dando um forte abraço.
—Ali minha princesa- sussurra passando a mão por meus cabelos e respirando fundo- senti tanta saudade.
—Eu também senti tia, muita mesmo- murmuro para ela.
—Argh! Que melação- Dionísio grunhi e me separo da minha tia o encarando.
—Fica na sua Dionísio, você está na minha casa- provoco e ele me encara com raiva.
—Alice!- minha tia puxa minha orelha.
—Ai tia! Por que fez....
—Eu te dei educação, então a use!- exclama brava, apenas reviro os olhos.
—Com ele? Ele diz que vai me transformar em um golfinho!- exclamo.
—Ele não vai fazer isso.
—Talvez eu faça-ele rebate.
—Ele não vai-minha tia reforça se sentando.
Eu fiquei uma boa parte da manhã ali com ela, conversamos sobre tudo que podiamos, quase soltei fogos quando me contou que o vizinho velho da esquina apanhou do namorado de uma garota, ninguém manda não segurar oquê tem entre as pernas, devia ter matado? Com toda certeza.
—Você devia falar com a Liz antes de ir embora- minha tia me encara- ela sente sua falta-suspiro.
—Eu não sei se posso ficar mais tempo, meus irmãos vão ficar me enchendo depois- murmuro olhando para baixo, brincando com meus dedos- Zeus?- pergunto baixo, já sabendo o seu modo de confirmar minhas perguntas.
Escuto um trovão e sorrio, sem contestar pego o celular da minha tia animadamente, discando o número da Liz. Para não enrolar com conversa, apenas digo para ela vir em casa quando atende, já desligando em seguida.
—ALI!?- escuto um grito vindo da porta de casa, como sempre ela entrava e saía me procurando.
Me levanto rápidamente indo ao local de sua voz, sentindo apenas braços me rodeando e caindo no chão com o peso em cima de mim.
—Ali- mumrura- amiga, nunca mais suma assim- completa fungando, apenas a aperto em um abraço.
—Eu queria poder prometer isso- murmuro de volta, apenas sentindo ela me apertar um pouco mais.
—Meninas, levantem do chão, vão acabar ficando gripadas- minha tia nos diz, fazendo Liz sair de cima de mim e estender a mão, me ajudando a levantar.
—Uau, você está... você está linda!- exclama, eu havia mudado algumas coisas nesse pouco tempo, mas nem tantas.
—Sempre - mando beijo para ela, que sorri e bate palminhas.
—AAAA! Eu ensinei direitinho!- exclama feliz, gargalho junto a ela- humm, você trocou de perfume? Está cheirando a uva- pergunta se aproximando de mim, cheirando meu pescoço e logo se afasta.
Encaro há cima da sua cabeça, me viro para Dionísio que revira os olhos.—É sério?- pergunto cruzando os braço.
—O quê é sério Alice? Quer explicação?- pergunta bufando.
—Ali, você que está fazendo isso?- Liza pergunta passando a mão em cima da sua cabeça na intenção que o símbolo suma de lá.
Eliza morava com sua mãe e o padrasto, que ela considerava seu pai já que segundo ela o biológico havia ido comprar cigarro e não voltado mais, bem, pelo menos até agora.
—Liza...- chamo e ela me encara- você não dúvida mais sobre a história dos deuses não é?- pergunto.
—Depende do quão absurdo for a história, eu estudei um pouco sobre eles por você garota- aponta como se estudar fosse a maior prova de amor que havia feito por ela.
—Meio que esse símbolo- aponto para o símbolo roxo de uma videira em cima de sua cabeça- é seu pai te reconhecendo como filha- completo sorrindo amarelo.
—A, quer dizer que o cafajeste do meu pai resolveu ligar para minha existência?- pergunta cruzando os braços, seguro a risada e minha tia arregala os olhos.
—Olha Liza, tente não falar dessa maneira- peço a ela, eu sabia que Dionísio não faria nada, mas e se ela resolve falar de outro deus e acaba ofendo Zeus ou Ares? Ela vai embora sem eu nem perceber.
—Não falar assim? Quando eu ver ele na minha frente eu vou jogar a primeira coisa que estiverna minha frente e dizer que ele é um cretino que me abandonou e que eu o odeio!- exclama virando o rosto, sabia que estava segurando as lágrimas.
—Dionísio, fala alguma coisa, a filha é sua!- exclamo sem saber o que fazer, mas ele já tinha o olhar fixo na Elisa, que vira e o encara, uau, eles eram parecidos.
—Você é meu pai então?- pergunta séria tentando disfarçar as lágrimas.
—É garota, é oquê parece- responde levando sua lata de coca até a boca.
Elisa parece não pensar muito, ela olha para sua frente e pega uma almofada que estava em sua frente, jogando direto no rosto de Dionísio.
—Você é uma cretino!- exclama sem conter mais as lágrimas- me abandona e agora volta como se nada tivesse acontecido, eu te odeio!- exclama saindo da minha casa.
—Por Zeus- digo suspirando- qual é, oquê custava ser só um pouco, um pouquinho assim- mostro meus dedos com pouquissima distância para ele- menos insuportável que o normal, ninguems mandou você fazer filhos!.
—Alice não se intrometa- completa sumindo dali, encaro minha tia.
—Ele não é fácil de conviver- adiciona.
—Nenhum deles é- corrijo me jogando no sofá e respirando fundo.
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Alice- Uma Nova Deusa no Olímpo
Fanfiction-"Eu não pedi para vir, estava muito bem em minha casa!" E se você descobrisse sua verdadeira origem? Alice teve sua vida virada de cabeça para baixo quando isso aconteceu.