Capítulo 29

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Anna 🎀

Tava indo o Vt e eu no hospital, buscar o Ret e a Daniela lá no hospital e acabamos chegando lá mais ou menos duas e quarenta da tarde. A Daniela tinha acordado ontem e ficou até agora em observação pra finalmente ser liberada.

Estacionamos lá e vimos o Ret empurrando a cadeira de rodas da Daniela e vindo até a gente.

Daniela: Lili cantou caralho. -Falou animada

Anna: Tá melhor gata? -Ela assentiu e me olhou com um olhar triste

Daniela: Anna...

Anna: Depois a gente conversa mulher. -Sorri e me abaixei um pouco enquanto abraçava ela

O Vt veio até nós e junto com o Ret colocaram ela no banco do passageiro e a cadeira de rodas na mala do carro.O Vt coçou a nuca e entrou no carro também deixando apenas eu e o Ret a sós.

Anna: Cê tá bem? -Falei preocupada enquanto abraçava ele e encostava a minha cabeça no peito dele

Ret: Me diz tu. -Cheirou a minha cabeça
O Vt fez o que eu pedi? -Assenti
Se quiser eu acho mais seguro tu ir lá pro Lins, fico de olho em tu e na Dani.

Anna: Eu fiquei tão preocupada. -Falei querendo chorar e me afastando dele
Pensava que eu tinha me livrado mas ele foi atrás dela.

Ret: Percebeu como as coisas mudaram? -Assenti

Anna: A gente queria vingança e hoje pra ser sincera eu só quero paz. -Respirei fundo

Ret: Nós achava que a vida era um morango. -Rimos e ele me puxou pela cintura me abraçando novamente
Mó saudade de tu. -Cheirou o meu pescoço e o Vt buzinou e nós dois olhamos pro carro aonde tava a Daniela e o Vt rindo da gente

A gente negou com a cabeça e entramos no carro fazendo o Vt dar partida pro Lins, no caminho, o Ret pegou na minha mão e eu encostei a minha cabeça no ombro dele tentando cochilar um pouco.

Chegamos finalmente no morro e o Vt estacionou na casa do Ret em que agora contava com uns 10 vapores na frente pra fazer a segurança.

Tiramos a Daniela do carro e colocamos ela na cadeira de rodas, agora o Vt que empurrou a cadeira pra dentro da casa.

O Ret falou com os vapores e entramos na casa enquanto a Daniela já tava sentada no sofá.

Ret: Tô cansadão, precisando de um banho e tô doidão pra bolar um. -Falou olhando pra a gente
Vou subir e se precisarem de alguma coisa não me chamem. -Falou subindo as escadas

Sentei do lado da Daniela que me olhou e soltou um sorriso amarelo enquanto os olhos estavam cheio de lágrimas.

Vt: Vou lá na boca, quando quiser ir embora me chama gata. -Beijou a minha cabeça

O Vt foi embora e ficou apenas eu e a Dani na sala, ela ficou calada e eu também por uns cinco minutos.

Anna: Me desculpa. -Olhei pra ela
Me desculpa mesmo, eu falei no desespero! Não fazia ideia que ele iria atrás de você.

Daniela: Eu que peço desculpas, Anna. A errada na história sou eu. -Neguei e ela assentiu
Eu que era a amante, entrei na sua casa com uma puta postura de cuzona! Eu não sei aonde que eu tava com a cabeça a me submeter a isso por cinco anos.

Anna: O importante é reconhecer o erro, Dani. E pra ser sincera eu não guardo nenhum rancor de você, pra mim você também é a vítima nessa situação. -Sorri e ela me olhou já chorando e me abraçou
A gente vai acabar com esse desgraçado, eu te prometo que nunca mais ele vai tocar em nós duas e em mais ninguém. -Ela assentiu enquanto ainda estávamos abraçadas

Saímos do abraço e ela olha pra cima me fazendo olhar junto.

Daniela: Podemos falar de você e do Filipe? -Falou baixinho e eu olhei pra ela dando um sorrisinho de lado

Anna: E inclusive me desculpa também, vocês ainda estavam juntos.

Daniela: Mulher, é aquele ditado, corno todo mundo é e quem não foi ainda vai ser.  -Rimos juntas e eu neguei com a cabeça.

Anna: O que tu quer saber? -Falei dando a liberdade dela perguntar o que ela queria

Daniela: Se tu sente o mesmo... -Olhei pra ela
curiosa
Porque o Filipe já tá caidinho em tu desde a tua festa.

Anna: Eu duvido muito. -Ri

Daniela: Conheço ele desde que eu me entendo por gente, confia gata. -Piscou

Anna: Pra falar a verdade, eu me sinto uma pessoa melhor com ele mas ás vezes ele irrita muito, quer se sair por cima em tudo.

Daniela: Papo reto? Ele é assim desde sempre. -Falou em um tom descontraído o que fez a gente rir
Muda nunca pô.

Eu tava com um pouco de receio de perguntar do bebê e ela não gostar ou alguma coisa desse tipo, mas papo reto? Tava super curiosa.

Anna: Posso perguntar do bebê? -Ela me olhou e assentiu
O Filipe tomou a decisão certa?

Daniela: Ele sempre toma. -Me olhou
Ele fez o que achava que era certo e pra isso precisa coragem, uma coisa que ele tem de sobra. -Concordei
Eu quero ser mãe, já tô de cinco meses. -Sorriu

Anna: Já sabe o sexo? -Ela sorriu assentido

Daniela: Menino.

Anna: Filipe só dá bola dentro pô! -Rimos e ela concordou
Gravidez de risco né? -Ela fechou o sorriso e assentiu

Daniela: Alto risco.

Anna: Pega meu zap mulher, se precisar de alguma coisa tu pode me ligar! Nem que seja só pra conversar.

Ela me deu o celular dela e eu salvei o meu contato nele, ficamos a tarde toda conversando.

Lance Proibido - Vol.1 - Ret [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora