Capítulo 6

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Anna 🎀


Voltei pro quarto e invés de dormir eu troquei de roupa, coloquei um top cropped preto, uma calça moletom branca, soltei o meu cabelo e calcei o meu chinelo.

Fui até a boca principal e na entrada vi os vapores que logo ficaram na postura e abriram a porta para mim.

Vocês acham que eu sou pouca merda? Meu amor, o Cobra não conquistou porra nenhuma sozinho, dividimos a liderança do morro.

Dedê: Patroa. -Falou abrindo a porta

Anna: Aonde está o meu marido, Dedê?

Dedê: O patrão acabou de sair para uma missão. -assenti

Então o filho da puta foi mesmo.

Anna: Quero a lista dos nossos aliados e número de celular de cada um. -Falei indo até a minha sala

Dedê: Só isso? -Falou me seguindo

Anna: Sim. -Olhei pra ele
Ah, e nem uma palavra para o Cobra...Estamos entendidos? -Ele assentiu

Ás vezes o Cobra esquece que eu sou tão poderosa quanto ele.

Acho que o motivo de eu não ser amiga de ninguém é por conta do meu cargo.

Sentei na minha cadeira e tirei o celular do bolso, em menos de dois minutos já tinham trazido tudo que eu pedi.

E que comece a busca do diabo de cabelo verde.

Fui em cada morro, e no final ele era do Complexo Do Lins, um dos donos de lá. "Filipe Ret, 21-9842-XXX"

Chamei o Dedê novamente, ele era um dos melhores valores então sabia de cada coisa que rolava.

Anna: Quais morros aliados foram para essa missão?

Dedê: Rocinha e Maré.

Antes que eu fale qualquer coisa ele me interrompe.

Dedê: O Lins ia, mas o Ret cancelou porquê tinha acabado de dar fuga.

Pelo menos um é inteligente.

Anna: Valeu Dedê. -Vi ele saindo da sala.

Passei a madrugada toda na boca, o Cobra conseguiu tirar o meu sono.Fiquei vendo se as contas batiam, lucro do mês e quem estava devendo.

Quando deu seis hora da manhã eu peguei o meu celular e a adicionei o número do Ret, tava pensando se ligava ou não.

Guardei os fichários, sai da minha sala e tranquei a porta.

O dia já tinha amanhecido, vi o Dedê que tinha passado a noite toda aqui.

Anna: Pensava que cê tinha ido para casa.

Ele me olhou e levantou do chão, tava com mó cara de sono.

Dedê: Tive que pegar o turno da noite Patroa.

Anna: Vai descansar cara, não precisava estar aqui a noite toda! Eu estava aqui. -Falei dando a chave da minha sala pra ele
O Cobra já chegou? -Ele negou

Dedê: Patrão ainda não mas os outros já.

Sai da boca e peguei o celular do bolso, desbloqueei e ainda tava no número do cara lá.

Apertei em ligar e coloquei o celular o ouvido enquanto subia o morro.

Ret: Alô?

Anna: Ret...

Ret: Anna...

Anna: Então se lembra da minha voz?

Ret: Tenho a memória boa. -Ouvi latidos de cachorros no fundo
Qual foi?

Anna: Por que cê não foi para a missão?

Perguntei como se eu não soubesse.

Ret: Não posso ficar dando mole assim.

Anna: Entendi...

Ret: Ligou só pra isso?

Anna: Pra falar a verdade não... Sabe aonde tá tua mulher?

Ret: Saiu cedo hoje.

Anna: Ela tá fudendo com o meu marido.

Ele ficou calado.

Anna: Olha Ret, meu problema não é com ela e sim com ele...Quer dizer, meu problema é com os dois. O Cobra foi pra missão, me desafiou e eu não sou a que fica quieta.

Ret: Muito menos eu.

Falou com aquela voz grossa e rouca que um dia atrás gemeu o meu nome enquanto me chamava de gostosa.

Anna: Tu quer fazer o que?

Ret: Vem pra cá que eu te mostro.

Anna: Ret...

Ret: Tô te esperando.

Desliguei a chamada e foi o tempo de chegar em casa e ir logo tomando um banho.

Lance Proibido - Vol.1 - Ret [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora