* Capítulo 19 *

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- Pode ao menos tentar ser útil, por favor? - Stiles pergunta.

- Eu passei minha infância prezo em um freezer, então esse negócio de ajudar é meio novo pra mim.

- Você ainda usa essa história?.

- É, eu ainda uso - Isaac responde debochado a pergunta de Stiles.

    Nego com a cabeça suspirando enquanto Scott deita sua cabeça nos braços, levo a mão aos seus cabelos alisando-os.

- Oi. Oi, desculpe. Não pude deixar de ouvir o que estavam falando e acho que talvez eu saiba do que estão falando. Há uma palavra tibetana para isso, chama-se " bardo ". Significa literalmente " estado intermediário ". O estado entre a vida e a morte - a novata fala parando em frente a nossa mesa.

- E como você se chama? - Lydia  pergunta.

- Kira, ela faz história com a gente - respondo sorrindo para ela que retribui com um mais tímido.

- Está falando de bardo no budismo tibetano ou indiano? - Lydia questiona a encarando.

- Ah, os dois eu acho. Mas tudo o que estavam falando, tudo isso acontece no bardo - ela fala e puxo Stiles para dar espaço para  ela sentar-se, enquanto sento-me no colo de Scott que círcula minha cintura com os braços - Tem diferentes estados progressivos em que pode ter alucinações, em que podem vê ou escutar e pode ser visitado por divindades passivas ou coléricas.

- Divindades coléricas? - Isaac pergunta.

- Tipo demônios? - pergunto e ela confirma com a cabeça.

- Demônios. Por que não? - Stiles pergunta irônico, mas dá para sentir seu medo.

- Espera ai, se existe estados progressivos diferentes, qual é o último? - Allison questiona.

- A morte. Você morre.

    E o clima tenso volta a mesa com o medo se apoderando de cada um de nós.

    Depois da escola fomos para a clínica, Scott e eu para trabalharmos, Deaton me contratou para ser recepcionista e atender o telefone, já Stiles veio falar do sonho que ele teve.

- Parece que seu subconsciente está tentando se comunicar com vocês - Deaton fala enquanto caminhamos para os fundos da clínica.

- Ah e como eu falo para o meu subconsciente usar uma língua que eu entenda? - Stiles pergunta sarcástico.

- Você lembra como eram esses gestos? A localização e os movimentos das mãos? - Deaton questiona.

- Entende de línguas de sinais? - pergunto parando de frente a ele com os meninos.

- Um pouco. Me da uma chance.

- O primeiro era assim - Stiles levanta o dedo indicador girando com o outro ao redor dele.

- Isso é " Quando ".

- E depois esse, duas vezes.

- Isso é " porta " - Alan fala depois de observar o próximo movimento de mãos de Stiles.

- E tinha isso aqui no meio.

- Só isso? - Deaton pergunta e Stiles confirma - " Quando uma porta não é uma porta? ".

- " Quando uma porta não é uma porta? " - Stiles questiona confuso.

- Quando está entreaberta - respondo cruzando os braços.

   Quando era pequena papai brincava muito de charadas comigo, ele dizia que isso ajudaria a desenvolver um raciocínio rápido.

- Está me zoando. Uma charada? Meu subconsciente me dando dando uma charada?.

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