James Barnes só se lembra que foi um Sargento do Exército Americano durante a Segunda Guerra Mundial e que morreu em batalha.
Porém, de alguma forma, ele voltou à vida de um jeito completamente diferente e precisando recordar quem era.
O destino en...
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O dia amanheceu ensolarado para todos no Brooklyn, o céu estava limpo e lindo demais para não se aproveitar. Porém Bárbara só conseguia enxergar uma nuvem cinza e espessa chegando lá longe quase em outra cidade. Isso não significava que Bárbara era uma pessoa negativa, e sim uma neta que enfrentava o luto pela perda de sua avó querida. Além de já ter enfrentado a dor do enterro, teria que passar por mais um contato social: a missa de sétimo dia.
Ela se arrumava vagarosamente sem a mínima vontade de sair de casa, só a lembrança do caixão descendo os sete palmos na cova já revoltava o seu estômago.
Pôs o primeiro vestido preto que encontrou no closet, decotado em V, longo e com uma fenda na coxa. Talvez fosse um pouco inapropriado para a ocasião, mas não se importou; não se importava com nada naquele momento.
Prendeu o cabelo castanho em um coque meio solto, maquiou o seu rosto apenas para cobrir as olheiras. Ainda não havia se permitido chorar pela perda, não conseguia liberar as lágrimas e não queria parecer fraca. Queria ser forte por sua avó. A moça calçou as suas sandálias, pôs seus brincos pequenos e se encaminhou à sala de estar do seu apartamento.
Quando ela atravessou o cômodo, ouviu a porta ser destrancada e isso a assustou. Então, pegou uma bonequinha de porcelana sobre a mesa de centro e aguardou quem quer que estivesse entrando.
A porta foi aberta e, sem pensar duas vezes, Bárbara lançou a bonequinha na direção da pessoa, mas essa desviou com facilidade, o que a permitiu prestar atenção em quem se tratava.
Um homem usando uniforme do Exército Americano adentrou no ambiente, ergueu as sobrancelhas em confusão ao ver a moça paralisar no meio da sala, que estava com uma decoração totalmente diferente de como ele havia deixado.
Todavia, ao fitar bem a mulher a sua frente, lembrou de uma pessoa muito especial em sua vida.
- Anny Marie? - perguntou receoso.
Ao ouvir aquele nome, Bárbara cerrou os punhos, fechou a sua expressão - antes de luto - e se tornou em pura fúria.
- Não brinque comigo. - rugiu. - Quem mandou você aqui, huh? Foi o Hunter?
- Não... - começou confuso e se aproximou da moça que deu um passo pra trás. - Anny, sou eu, James.
O homem retirou o capelo que usava, revelando longos cabelos negros que chegavam até a altura dos grandes ombros. A fitou com as enormes orbes azuis e atravessou a sala até ficar a alguns poucos metros de distância de Bárbara.
- Não se lembra de mim? - indagou um pouco magoado. - Nós dividimos este apartamento por quase um ano...Anny!
- Pare de chamar este nome! - ela gritou quase em prantos. - Você sabe muito bem o que aconteceu com ela!
- Do que está falando? - recuou um passo ao ser recebido com tamanha fúria. - Você não é Anny Marie Palvin?
- Não! - bradou e bagunçou um pouco os cabelos escuros, sentindo um embolo em sua garganta. - Quem é você e o que eu fiz de tão mal para você me torturar desse jeito?!