Anny Marie

1.3K 66 18
                                    

O dia amanheceu ensolarado para todos no Brooklyn, o céu estava limpo e lindo demais para não se aproveitar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O dia amanheceu ensolarado para todos no Brooklyn, o céu estava limpo e lindo demais para não se aproveitar. Porém Bárbara só conseguia enxergar uma nuvem cinza e espessa chegando lá longe quase em outra cidade. Isso não significava que Bárbara era uma pessoa negativa, e sim uma neta que enfrentava o luto pela perda de sua avó querida. Além de já ter enfrentado a dor do enterro, teria que passar por mais um contato social: a missa de sétimo dia.

Ela se arrumava vagarosamente sem a mínima vontade de sair de casa, só a lembrança do caixão descendo os sete palmos na cova já revoltava o seu estômago.

Pôs o primeiro vestido preto que encontrou no closet, decotado em V, longo e com uma fenda na coxa. Talvez fosse um pouco inapropriado para a ocasião, mas não se importou; não se importava com nada naquele momento.

Prendeu o cabelo castanho em um coque meio solto, maquiou o seu rosto apenas para cobrir as olheiras. Ainda não havia se permitido chorar pela perda, não conseguia liberar as lágrimas e não queria parecer fraca. Queria ser forte por sua avó. A moça calçou as suas sandálias, pôs seus brincos pequenos e se encaminhou à sala de estar do seu apartamento.

Quando ela atravessou o cômodo, ouviu a porta ser destrancada e isso a assustou. Então, pegou uma bonequinha de porcelana sobre a mesa de centro e aguardou quem quer que estivesse entrando.

A porta foi aberta e, sem pensar duas vezes, Bárbara lançou a bonequinha na direção da pessoa, mas essa desviou com facilidade, o que a permitiu prestar atenção em quem se tratava.

Um homem usando uniforme do Exército Americano adentrou no ambiente, ergueu as sobrancelhas em confusão ao ver a moça paralisar no meio da sala, que estava com uma decoração totalmente diferente de como ele havia deixado.

Todavia, ao fitar bem a mulher a sua frente, lembrou de uma pessoa muito especial em sua vida.

- Anny Marie? - perguntou receoso.

Ao ouvir aquele nome, Bárbara cerrou os punhos, fechou a sua expressão - antes de luto - e se tornou em pura fúria.

- Não brinque comigo. - rugiu.  - Quem mandou você aqui, huh? Foi o Hunter?

- Não... - começou confuso e se aproximou da moça que deu um passo pra trás. - Anny, sou eu, James.

O homem retirou o capelo que usava, revelando longos cabelos negros que chegavam até a altura dos grandes ombros. A fitou com as enormes orbes azuis e atravessou a sala até ficar a alguns poucos metros de distância de Bárbara.

- Não se lembra de mim? - indagou um pouco magoado. - Nós dividimos este apartamento por quase um ano...Anny!

- Pare de chamar este nome! - ela gritou quase em prantos. - Você sabe muito bem o que aconteceu com ela!

- Do que está falando? - recuou um passo ao ser recebido com tamanha fúria. - Você não é Anny Marie Palvin?

- Não! - bradou e bagunçou um pouco os cabelos escuros, sentindo um embolo em sua garganta. - Quem é você e o que eu fiz de tão mal para você me torturar desse jeito?!

ℛ𝓮𝓼𝓬𝓾𝓮 𝓶𝓮 | Bucky Barnes [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora