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Hugo 🃏

Fiquei com a Brendinha por um tempo e depois fui pro meu quarto, fumei um ali mesmo observando uma foto que eu gostava demais, minha e da coroa. Não chorei, sabia que ela estava em paz e hoje não iria chorar pra ela não ficar puta, conheço.

Quando terminei de fumar fiquei quieto na minha olhando pro nada e fiquei rindo até, quando cheguei pra buscar a Carol, a Alice tava lá no grupinho, de cara o Pedrinho já começou a falar que ela era linda e nunca tinha visto ela, mas o pai aqui foi mais rápido.

Abracei ela e a Carol ficou olhando, nem durou muito pra gente sentar com as meninas todas, sentei do lado da Alice e a gente ficou conversando. Ela gostava de falar e me contou quase a vida toda dela, porém o irmão dela chegou e ele pelo visto não gostou muito de me ver por ali, falou todo ignorante com ela e eu nem quis arrumar confusão, fiquei na minha e deixei ela resolver.

Era a segunda vez que a gente se via e nem se quer um beijo tinha rolado, mas papo reto, a mina era tão braba que eu nem ligava muito nisso, passaria fácil horas só conversando.

Pô, o pai era predador de perereca mas também me amarrava em curtir um papo legal, um bagulho que faça minha mente viajar, o papo bater, tá ligado? Além de ficar com as negas, no final eu virava amigo da maioria.

Fiquei rindo igual otario enquanto pensava nesses bagulhos e foi fácil pra sair, comer metade do que eu vi pela cozinha e me jogar na cama pra dormir.

A semana se passou voando, chegou sábado era dia de baile, eu como não perdia a chance, dei um toque na Alice e chamei ela pra vim, era enrolou um pouquinho mas aceitou, quando eu ia sair pra buscar ela me bati com a Brenda.

Brenda: Vai pro baile? - Falou toda arrumadinha.

Hugo: Vou, só vou buscar uma amiga antes. Cadê o Nilo? - Falei abrindo a porta.

Brenda: Foi deixar a Ni na mãe dele. Tu vai buscar quem, ein? - Cruzou os braços.

Hugo: Manda 50 pra conta que eu te digo.- Gastei ela vendo ela levantar a mão pra me dar os tapas dela e corri, fui pra moto e meti marcha vendo ela me xingar.

Quando cheguei no morro da novinha, que era um pouquinho longe, ela tava esperando na entrada conversando com um homem, ela me olhou sorrindo e veio até mim.

Hugo: Bonitona ein, perde a pose nunca.- Beijei a bochecha dela.

Alice: Você tá bonitinho.- Brincou subindo na moto.

Hugo: Aquele maluco ali quer me matar ou tô só na impressão? - Falei olhando pro homem que tava com ela, enquanto eu ligava a moto.

Alice: É o Kaká, meu tio.- Riu.- A cara dele é essa mesmo, nem se assusta.

Ri negando e a gente saiu dali, como tinha ido buscar ela tarde já, quando a gente chegou no baile já passavam de meia noite, deixei ela na minha frente e ela já sabia o esquema, quando subiu comigo, até eu fiquei meio assim quando vi a irmã dela com a Carol, Rebeca me olhou e eu olhei de volta, vendo a Alice virar pra mim.

Alice: Vou lá falar com elas.- Sorriu e eu balancei a cabeça, achei a Brenda que olhava pra Alice com cara feia e eu abracei ela.

Brenda: Filha da mãe, não posso nem chamar de feia.- Resmungou me fazendo gargalhar e olhar pra Alice, que conversava com a Carol.- E essa outra que não para de te olhar?

Hugo: Irmã dela, já deu em cima de mim e eu quase peguei.- Fiz careta e a Brenda semicerrou os olhos.

Peguei uma bebida e fui pra perto das meninas, perguntei se a Alice queria beber e eu peguei a cerveja que ela pediu, passou maio tempão da gente conversando ali, quando Pedrinho chegou só animou mais e a Alice queria descer, mas ninguém tava afim, então eu desci com ela, aí foi só por água abaixo, a gente começou a parecer dois otarios mandando passinho como  se não houvesse amanhã.


Cria do morro Onde histórias criam vida. Descubra agora