Hugo 🃏
Quando cheguei em casa, olhei pra mulher sentada no meu sofá e olhei pra Brenda, fui até a Brenda dando um beijo na cabeça dela e a mulher se levantou.
- Eu não tô aqui pra pedir luxo pra mim, eu só preciso que meu filho tenha o básico de uma criança. O Carlos morreu e eu não sei onde tá o dinheiro, a única coisa que ele deixou foi o cofre com senha e o quarto do bebê pronto. Minha gravidez é de risco desde o primeiro mês, já cheguei a beira de vários abortos espontâneos e eu tenho muito medo de perder meu filho.
Hugo: A senha do cofre é a data do meu aniversário.- Falei a ela qual era, lembrando que ele me disse uma vez que tudo que ele tinha era meu.- Mas se você quiser que a gente te ajude com o bebê e com tudo além do dinheiro, é só falar. Qual teu nome?
- Jéssica.- Eu balancei com a cabeça.- Eu não tenho mais contato com meus pais, quando eu fiquei com o Carlos ele me fez perder o contato. Na real sou sozinha, agora só existe eu e ela.
Brenda: Típico dele. É uma menina? - Sorriu e eu me sentei ao lado dela.
Jéssica: Sim, a Leticia.- Brenda me olhou.
Hugo: A gente te dá toda assistência que você precisar com a bebê, se você quiser vir morar aqui no morro pra ficar mais perto de alguém que você conheça a gente arruma uma casa.- Ela concordou.
Troquei mais algumas ideias com ela deixando os bagulhos tudo certo, a gente falou que ia arrumar uma casa aqui e mandou ela organizar as coisas dela, mandei um menor deixar ela em casa e acompanhar ela de longe. Brenda ficou toda orgulhosa e eu fui pro meu quarto, Alice tava toda curiosa e eu contei pra ela tudo, tomei um banho mil grau, bolei e um e fiquei deitado.
Queria sair, ir pra alguma festa e aproveitar o sábado, então animei com os moleques e fui me arrumar pra ir pro baile, cheguei na da Alice e liguei pra ela que atendeu toda grossa, com maior voz de sono e me xingando de tudo quanto é nome, mesmo assim perguntei se ela queria ir pro baile e ela disse que não, então deixei ela quieta na dela e fui me arrumar, sai todo gostosinho e desci pro baile.
Curti minha noite na postura e na maior paz, só fiz beber, dançar e falar mal da galera com os meninos. Subi pra casa umas cinco da manhã, nem tive tempo de olhar meu celular direito e só me joguei na cama capotando. Quando acordei era tarde já, mas foi com uma gritaria e o Nilo invadindo meu quarto.
Nilo; Acorda caralho, quebraram a Carol na porrada.- Levantei da cama assustado na hora.
Hugo: Como é? - Meu sono passou na hora e eu me sentei na cama.
Nilo: Bateram na Carol caralho, a menina tá toda quebrada no hospital.- Levantei na cama vestindo a primeira roupa que eu vi na minha frente.
Hugo: Quem fez isso? - Falei pegando minhas coisas.- Em que hospital ela tá?
Nilo: Ninguém sabe ainda, ela tá no mesmo que tu, Alice que tá lá.- Eu balancei a cabeça.- Cuidado, vai devagar.
Sai correndo de casa e subi na moto dele voando, quando cheguei no hospital fui feito louco procurar ela pra entrar mas me barraram achando que eu era o marido que espancava a mulher, eu tava puto no bagulho.
Hugo: Ela é minha irmã caralho, me deixa entrar nessa porra.- Gritei tentando passar.
Alice: Ei, calma.- Falou se aproximando e olhou pras médicas.- Ele não fez nada, ela considera ele como irmão, deixa ele entrar.
Os filhos da puta saíram da minha frente e eu corri lá pra dentro, quando cheguei a Carol tava toda machucada, principalmente o rosto e a barriga, ela tava desacordada e eu segurei a mão dela.
Hugo: Quem fez isso? - A Alice entrou no quarto fechando a porta.
Alice: Não sei, ela só me ligou e falou aonde tava, eu só fui atrás dela lá no baile da espanha.- Falou se aproximando e respirando fundo.
Hugo: Eu vou acabar com a raça de quem encostou nela, papo reto...- Falei cheio de ódio.
Alice me olhou com cara de preocupada e colocou a mão na minha cintura, eu soltei a mão da Carol e abracei a Alice beijando a cabeça dela, ela falou que tava preocupada e tentando entender o que aconteceu, mas na minha mente só passava que tinha alguma coisa a ver com o Fael.
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Cria do morro
Teen FictionEu honrei tudo o que você fez por mim, todas as vezes que você segurou minha mão e todo esforço que fez por mim. Porém chegou a minha vez de viver e se talvez eu não conseguir te dar orgulho, todo aquele que você merece. Talvez não seja mais um clic...