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Hugo 🃏

Acordei tarde, eram quase quatro horas. Me levantei com fome e peguei meu celular, não tinha mensagem nem nada da Alice, imaginei que ela estaria com raiva por causa de ontem e cocei a cabeça, mandando um alô pra ela.

Tomei um banho, me vesti e sai do quarto, não tinha ninguém em casa como todo domingo, sai de casa andando e fui pra casa do Pedrinho, quando bati quem atendeu foi a Carol e eu abracei ela.

Carol: Pedrinho não tá, saiu mais cedo e não voltou.- Eu entrei fechando a porta.

Hugo: Vim te ver mermo, tem o que pra comer? - Falei indo pra cozinha e ela foi pro quarto.

Carol: O almoço foi pizza.- Gritou.- Milagre é esse você não tá com a Alice?

Fiquei calado, coloquei a pizza pra esquentar e fiquei esperando o tempo, peguei o prato e o refrigerante, indo pro quarto dela, onde ela tava sentada na mesinha cheia de caderno.

Hugo: A gente meio que brigou.- Falei comendo.- Só falei da maneira errada com ela na verdade.

Carol: Por qual motivo? - Falou escrevendo no caderno sem me olhar.

Hugo: Senti segurança nela e acabei contando um pouco da história...- Ela parou de escrever me olhando.- Carlos tá solto e...

Carol: Carlos tá solto e você foi atrás dele? - Me interrompeu.- E a Alice tentou colocar juízo na sua cabeça?

Hugo: Porra de juízo, cara. Eu sei o que eu tô fazendo, sabia antes dela.- Carol me encarou negando.

Carol: Toda vez que você sabe que o Carlos tá por perto, você começa a agir de uma forma muito ruim. Você fica tão cego pelo ódio que esquece que nada vai mudar, vai continuar aí dentro, o alívio é momentâneo. Você trata quem você gosta e quem gosta de você mal, começa a encher a cara de droga e maconha, isso te faz bem?

Hugo: Dessa vez não vou deixar ele atrapalhar mais nada da minha vida.- Tomei minha coca.

Carol: Sério? Um dia com ele solto e você briga com a pessoa que você mais tá curtindo no momento.- Virou as costas pegando o caderno.

Hugo: Tu não tem vontade de matar ele não, Carol? - Ela respirou fundo, se levantou e sentou do meu lado.

Carol: Eu tô em paz.- Falou me olhando.- Pra mim ele é indiferente, ele morreu tem muito tempo.

Hugo: Tem certeza? - Ela sorriu negando.

Carol: Tá, eu quero matar ele sim.- Falou animada e eu sorri.- Mas eu não deixo ele atrapalhar a minha vida, Hugo.

Hugo: Não vou deixar ele atrapalhar a minha também.- Ela beijou minha mão.

Carol: Mas você deveria falar com a Alice.- Se levantou, voltando pra cadeira.- Laura foi almoçar lá e disse que ela e a Rebeca brigaram feio.

Hugo: Vou lá na casa dela.- Falei me levantando.- Qualquer coisa da um toque.

Ela confirmou e eu fui saindo, voltei em casa pegando a moto e fui pra nova holanda, fui direto pra casa da Alice e fiquei batendo por maior tempão, até ela abri e me olhou feio.

Hugo: Me contaram uma fofoca.- Falei dando os ombros e entrei empurrando ela, ela fechou as coisas e foi pro quarto, me fazendo ir atrás.- Brigou com a Rebeca?

Alice: E com meu pai.- Se deitou na cama, desligando a televisão.- E com você também, eu hein.

Hugo: A gente não brigou, só falei da maneira errada contigo, foi mal.- Estendi a mão pra ela que se negou a segurar.- A gente pode ir jantar em qualquer lugar, aí você me conta o que aconteceu.

Alice: Daria tudo pra um burguer king agora.- Revirou os olhos se sentando na cama.

Hugo: Tomou sozinha? - Olhei pra garrafa de vodka e ela fez careta.

Alice: Junto com várias garrafas de água porque tenho trabalho amanhã pra ficar bêbada e de ressaca.- Sorriu fraco, me abraçando.

Beijei a bochecha dela e ela respirou fundo, ficou um tempinho calada e abraçada comigo, mas foi tomar banho e eu fiquei esperando, ela se arrumou e a gente saiu indo pro shopping, mesmo com ela toda xoxa.

Cria do morro Onde histórias criam vida. Descubra agora