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Heyyy, tudo bom???

Antes de tudo, quero agradecer pelo feedback que vocês vêm dando nessa fic. Eu não esperava ver leitores por aqui, juro kk. Essa coletânea foi uma válvula de escape pra liberar todo o meu stress do dia a dia e fico feliz que tenha gente que lê isso.

Segundamemte, não me recordo da música que me inspirei, mas um dia eu lembro kkkkkk.

Terceiro, e último tópico, temos o Miles aqui, embora eu não tenha me inspirado no aranhaverso. Enfim, não precisa complicar, temos Miles, Peter e Deadpool, é isto kk.

Me perdoem por qualquer erro. Desejo uma boa leitura :)

Wade Wilson

Pulando de prédio em prédio, sem medo de cair, sentia o vento frio pelos buracos do meu traje. Acabara de retornar de mais um trabalho, muito bem remunerado por sinal. Não iria para casa agora. Na verdade, não quero ir ainda para lá. Precisava falar com o Peter, uma conversa séria se fazia necessária. Sem piadas ou qualquer brincadeirinha.

Como a casa dele era no caminho da minha, nada melhor do que passar por lá pra bater um papo. Faz muito tempo desde que o vi, umas boas semaninhas mais precisamente.

Nos encontrávamos por acaso, uma missão em comum aqui e alí, mas meu objetivo era sempre matar, enquanto o dele é apenas colocar os criminosos na prisão. O justiceiro mais politicamente correto que eu já conheci em todos os meus anos enquanto Deadpool. Nunca vi esse cara falar um único palavrão ou putaria. Se não trajasse aquele collant super apertado e salvasse pessoas, eu diria que era apenas um virjão, que se afoga nos estudos e diz que não arranja namorada porque quer uma boa vida profissional.

Lembro da vez que ele me confiou sua identidade, assim como confiei a minha. Na verdade essa troca de informações foi um tremendo acidente. Eu estava num prédio, aproximado de um outdoor, apenas observando o movimento da cidade. Peter não notou minha presença, por incrível que pareça, se sentou na borda do prédio e encolheu as pernas. Foi naquele momento em que percebi que aquele aranha era um ser humano comum, cheio de obrigações e com grandes expectativas alheias para carregar. Ele arrancou a máscara, furioso, porém soluçava. Não entendi muito bem o motivo de seus atos, mas ao ver na tela de um prédio estava lá a notícia de um massacre. 

Ele não conseguiu salvar todo mundo, fracassou.

Peter estava tão ferido, por fora e por dentro, que não contive o sentimento de pena. Dói muito acertar 99 vezes e errar apenas uma, e então a mídia grita o seu único erro sem nenhum remorso.

O aranha nunca ligou para o que o JJJ, o jornalista que ama fazer as matérias mais clickbaits do herói, dizia. Entretanto, dessa vez ele ouviu o que o homem falou. O aracnídeo respirou fundo e passou a mão nos cabelos, totalmente agoniado e ansioso. Peter acreditou na má fama, ao invés de crer na felicidade daqueles que sobreviveram ao ataque.

Quando eu percebi que o aranha entraria num colapso, eu interrompi seus devaneios, me sentei ao seu lado e o confortei. Foi aí que entendi o tamanho do orgulho que esse cara carregava. Ele almeja a total perfeição. Um herói delicado, sensível e majestoso. Era isso que ele era. Porém, para Peter, sempre faltava algo.

Foi engraçado a forma como o herói tentou esconder seu rosto de mim, eu tinha pego sua máscara antes mesmo de me juntar a ele. No meio de tantas vulnerabilidades, tantas fraquezas expostas, Peter escolheu a mim como seu porto seguro. Então permiti que me conhecesse. 

Fazíamos algumas missões em conjunto, somos uma boa dupla. Peter tem um jeito de batalhar mais indireto, diferente de mim. Enquanto ele atua no teto, puxando os inimigos para cima e prendendo-os em casulos, eu fico no chão, fazendo a limpa no que é deixado para mim. De alguma forma, nos completamos.

Coletânea de Oneshots SpideyPoolOnde histórias criam vida. Descubra agora