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Aopaaaa, tudo bom?
Essa oneshot foi inspirada em The Nights do Avicii :)
Esse capítulo é um dos mais curtos porque ele foi o primeiro a ser escrito, dei uma revisada, mas não sei se tem algum erro, portanto, me desculpem, vou melhorar durante o tempo :)
Essa one se passa entre os acontecimentos do fim de Ultimato e o início de Homem-Aranha: Longe de Casa. Não que mude muito, porque é fictício, mas achei legal dar essa contextualizada.
Boa leitura!!

Peter Parker

Mais uma noite tranquila no Queens, sem assaltos, sem sequestros, sem qualquer crime que eu pudesse combater.

Fico feliz por isso. Fico extremamente feliz por ver que o terreno que cuido está seguro. Mas triste por uma simples coisa: me sinto vazio.

Sentado na borda de um prédio, balançava meus pés no ar, suspirando profundamente. Tinha leves flashbacks durante o meu tédio e isso derrubava as defesas que lutei arduamente para colocar.

Balancei a cabeça para espantar os maus pensamentos, tentando regular os batimentos cardíacos. Chegou um momento em que não aguentei e retirei a máscara. Meu rosto estava suado, os olhos ardiam e lagrimavam. Posicionei minhas mãos nas bordas, segurando-as fortemente.

Mais um suspiro pesado. Mais uma derrota interna. Mais um sentimento de saudades.

E não é somente a falta do Tony que me faz vazio. Sem crimes para combater, eu sou só um jovem fantasiado. Sou apenas o Peter Parker.

Parece egoísmo dizer que o Queens precisa de criminosos para que eu os derrote, mas sem isso, eu não sirvo pra muita coisa.

Lembro-me de quando o Homem de Ferro me repreendeu, tomando o uniforme de mim. Ele me disse sobre eu ser alguém que mereça o traje, que eu tenho que ser alguém que não dependa somente disso.

Ele queria que eu fosse melhor.

— O garoto aranha por aqui? Que milagre estar prestigiando tamanha beleza corporal ao vivo — Meu sentido aranha alertou a presença do indivíduo somente após sua frase. Me cuidei em vestir a máscara, não ligando para o ar quente que ficaria nela.

— Deadpool? — Questionei, sem olhar pra trás, já sabia que era ele só pelo tom de voz — O que faz aqui?

— Só de passagem, aí encontrei esse docinho e resolvi parar o passeio — Ouço os passos próximos de mim, encaro o uniforme escarlate de relance e o mesmo se senta ao meu lado. Recolho minhas mãos em meu colo, brincando com os polegares.

— Deveria voltar ao passeio, o dia está tranquilo — Digo-lhe, passando a observar os prédios luminosos, como se isso me prendesse a atenção. Na verdade é um método de me acalmar que acabei de criar agora mesmo.

— Está murchinho, Spidey? — Sinto seu olhar sobre mim, segurei o ímpeto de retribuir a encarada.

— Estou bem, como todos os dias.

— Mente mais, eu gosto, sabia? — Dessa vez não me segurei, meu olhar foi direto nele. Meu corpo se arrepiou ao encontrar os olhos brancos de sua máscara — Você olhar pra mim só comprova que mentiu. Vai, me conta o que houve. Terminou com a namorada? Brigou com a mãe? Com o pai? Cê tem pai mesmo? O cachorro morreu? Ou o gato?

— Tá, chega! — Interrompi antes que a lista de possibilidades dele ficasse maior — Não foi nada disso. É só...

Voltei meu olhar para as janelas acesas das residências. Essas são as estrelas da cidade, já que não podemos enxergar nenhuma no céu. São elas que me confortam nesses momentos. Meus dedos não paravam e isso não me incomodava realmente, mas transparecia a minha ansiedade.

Coletânea de Oneshots SpideyPoolOnde histórias criam vida. Descubra agora