Capítulo 6

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     Pov's Maria Flor

    É, agora estamos no hospital ao lado da maca da Bruna. Eu e o Matheus viemos correndo para o hospital quando ela desmaiou. O médico falou que foi uma queda de pressão, devido à exposição da informação que demos para ela.

    Parece que é mentira o que estamos vivendo agora. O Fred está vivo. O meu grande amor está vivo, e isso não é brincadeira. Sinceramente? Não sei nem o que eu estou sentindo, porém, ainda estou firme e forte.

    Como seria o nosso reencontro? Não faço a mínima. Contudo, com o que o Matoca me falou, ele está sem memória. Ou seja, não lembra que tem uma família, um império e uma esposa. Até porque, depois dos crimes que a Delfina comenteu, ela foi presa. Essa esposa seria eu, mesmo não estando registrado no papel.

    E um fato que é verídico, é que eu sou complemente apaixonada por ele desde o primeiro encontro, sonho, suspiro, beijo... sempre foi ele. Nunca ninguém superou ele. Dizem que só amamos com muita intensidade, mesmo, só uma vez na vida. Eu acredito e vivo. O amor só se tornou mais forte mesmo depois de tudo que aconteceu. Talvez, tenha servido para me mostrar que o amor é maior que toda a diversidade.
    
    O sentimento a gente nunca escolhe, é ele que escolhe a gente. Como, por exemplo, a nossa vocação, a gente nasce com ela e só depois descobre e desenvolve. O amor que eu sinto por ele é assim também, apesar de estar anos sem vê-lo, o amor desenvolveu, floresceu e renasceu. A vida é muito curta para que o amor não tenha uma continuidade.

    A gente nunca entende o destino na hora, porque ele está em metamorfose. Não tem como compreendermos um todo pela metade. O tempo é uma metamorfose, então por esses motivos o destino te leva para um outro lugar. O tempo necessita do destino. Por isso, sofremos por antecipação, já que somos tolos e imaturos demais para entendermos os seus planos. Destino é uma decorrência do tempo. E o tempo é a consequência do destino.

     É bem provável que quando nos reencontrarmos fiquemos calados, quietos. Podemos ou não ter muito o que falar. Pessoas conectadas sempre se delimitam a poucas palavras, dado que elas já são ligadas em tudo.

     Bruna acordou e eu e o Matheus já fomos para cima dela. Deixamos ela falar primeiro.

    — Ain, minha cabeça... – Bruna tocou a cabeça que doía. – Onde é que eu tô?

   — No hospital, Brunetute.
  
      Ela olhou para o Matheus e logo caiu no choque de realidade.

   — Meu Deus, então é verdade? – Perguntou meio assustada e assentimos. – Eu sabia que meu irmão não tava morto; eu sempre soube. – Tentou arrancar tudo que estava no braço e sair da cama do hospital.

   — Brunetute, NÃO! – Tentei manter ela calma para que não saísse dali sem alta.

   — Calma! Você vai ver o Fred, fica calma! Só ter paciência com isso e com ele... – Matoca tentou dizer o estado do Fred.
  
   — Como assim calma com o Fred? – Arregalou os olhos achando que tinha acontecido algo sério.

  — Fred tá sem memória, Bruna. Ele não lembra de nada.

  — O QUE???? Mas que merda. Como que ele vai voltar pra gente sendo que ele não lembra de nada???? Como ele não lembra de nada e você, lembra???? – Gritou.

— Brunetute, para de gritar, pelo amor de Deus!! Vão achar que você é louca e vão te internar na ala psiquiátrica aqui do lado!! – Falei um pouco mais baixo e ela entendeu.

     Ela se acalmou e ficamos conversando. Falamos do método de como iríamos ver o Seu Freezer e falar que somos a família dele, o que seria complicado. Caso ele não recuperasse a memória, como que seria? Teríamos que iniciar um nível do zero?

Floribella | 3° Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora