Alguns dias se passaram desde então, eu não havia mais visto Arthur porque ele estava em uma viagem de negócios em outra cidade que ficava mais perto da fronteira, eu queria vê-lo para poder contar a ele o que sinto em ralação a ele, eu não sei se estou sendo egoísta e só estou pensando em mim ou se estou fazendo a coisa certa mesmo não sabendo como ele se sente em relação ao amor, eu estou disposto a contar tudo para ele. Amanhã é a minha graduação, estou tão feliz que finalmente vou terminar a escola em paz, além disso vai sobrar um dinheiro a mais para mim agora que a última mensalidade já foi paga, mesmo tendo sentimentos por Arthur eu não sei bem o que sinto, só sei que quero estar com ele... pode ser carência, pode ser que eu me veja nele, pode ser muitas coisas mas mesmo sentindo algo por ele não posso dizer que ainda não amo o Do-Yun... não consigo deixar para trás o que aconteceu.
Eu estava saindo de casa para ir trabalhar na Toepye, Dagui esta dormindo no sofá, eu pego o metrô mais uma vez.
Assim que chego está tudo como sempre, bem agitado, Yuhna me recebeu como sempre, bem agitada e com pressa.
- Taichi, seu figurino de hoje vai ser uma coisa mais estilo cowboy, suas roupas estão ali na arara, não esquece das lentes de contato e de pintar o cabelo. - Ela deixa tudo encima da penteadeira sai correndo para ajudar os outros caras.
- Obrigado Yuhna e boa sorte, fight! - Ela sorri desesperada e sai, acho que no fundo ela gostava de trabalhar aqui.
Eu estava pintando meu cabelo com a tinta quando Dkla aparece na porta do camarim.
- Oie Rheet. -
- Oie Dkla, não te vejo há muito tempo, como você está? - Me viro de frente.
Ele estava com um roupão e cabelo tingido de preto azulado, não muito diferente do que costuma ser.
- Eu estou bem, obrigado por perguntar, bem... será que podemos conversar um pouco? - Ele ainda estava na porta esperando um convite.- Minha apresentação é só daqui alguns minutos, então sim, claro pode entrar. - Falei eu sentado na minha cadeira giratória.
Dkla se aproximou de mim um pouco mas não sentou no sofá.
- Eu queria te pedir desculpas por você ter que me cobrir no mês passado, eu queria poder ter dito isso antes mas minha vida tem sido bem corrida ultimamente. - Ele parecia se sentir um pouco mal e deve ter pensado que eu fiquei bravo com ele. - Além do que os nossos horários não batiam, eu tentei te procurar no campus também mas eu estava sempre atolado em trabalhos e provas finais. Enfim, eu realmente te agradeço muito por me cobrir e peço desculpas por ter que fazer isso. -
- Para falar a verdade eu fiquei meio desapontado com você no começo mas eu percebi que você não havia só sumido da Toepye, também havia sumido no campus, e eu não tinha mais te visto, e a Yohna também me disse que você estava muito ocupado por isso que não conseguia lidar com o trabalho de Stripper e com seu dever de estudante, enfim eu quero dizer que eu te entendo e que não quero que fique se sentindo culpado, merdas acontecem afinal. - Usei um tom mais suave para diminuir a força das minha palavras, mas Dkla era um cara legal, só tinha que parar de fingir que gosta de estar aqui e ser stripper.
- Muito obrigado por me entender de verdade Taichi, eu sabia que você entenderia. - Ele se levantou e foi em direção a porta. - Mas... é bem... eu queria te falar que eu estou saindo da Toepye, hoje é minha última apresentação. -
- O que? sério? Mas porque? - Confesso que fiquei surpreso e não esperava por aquilo. -
- É que eu vou abrir um restaurante, sempre gostei de cozinhar, com o fim das aulas eu precisava me me manter de alguma forma e também precisava de mais um pouco de dinheiro para comprar um lugar que eu acho que é perfeito, ai eu conheci o senhor Huasong e ele me deixou ser Stripper até quando eu precisar, e eu já consegui o que eu queria. - Então ele sempre teve um planejamento afinal de contas.-- Nossa Ha-jun, eu estou realmente impressionado, meus parabéns por conseguir o que você queria, ter o próprio negócio logo que terminar de estudar foi uma grande sacada. -
- Obrigado haha, mas tem mais uma coisa que eu queria te perguntar, juro que vai ser rápido. - Estava quase na hora de subir no palco, então me levantei, peguei o chapéu de cowboy.
- Pode falar. - Falei eu de frente para ele.
- Você quer trabalhar no meu restaurante comigo? - Perguntou ele todo animado.
No meu rosto não consegui esconder a surpresa que tive quando ele me fez essa pergunta.
- Eu? Mas... Ha-jun eu... - Eu não sabia o que responder, fiquei meio abobado com aquilo.
- Não precisa me responder agora, eu sei que você está com pressa, tome meu numero de telefone, quando quiser conversar sobre isso é só me mandar uma mensagem ou ligar que eu te passo o endereço e nos conversamos sobre, tudo bem? - Ele me entregou o número dele em um papel, parece que ele já tinha tudo aquilo planejado.
- Claro, eu vou pensar melhor sobre isso sim. - Peguei o numero e coloquei atrás da capinha do meu celular.
- Ok, até mais então. E boa sorte lá. - Ele entrou no camarim dele e fechou a porta.
- Rheet é a sua vez, vamos logo! - Yuhna brotou do chão para me chamar para subir no palco.
- Já estou indo, já estou indo. - Deixei o celular encima do sofá, fechei a porta e sai.
Assim que o senhor Huasong me chama para o palco eu fui com sempre, respirei fundo a cada degrau que subia e andei em direção ao poli dance, quando a música começou a tocar, algo entranho aconteceu, eu não sentia mais aquele sentimentos, ver aqueles homens me desejando, me chamando para dormir com eles aquilo não me parecia mais certo, eu não sabia mais aonde estavam meus sentimentos, mas o show tinha que continuar, eu não podia parar de dançar do nada ou eu iria ser vaiado, então continuei aguentando, mas eu não seu mais se eu realmente queria estar ali... não sentia mais que aquele era o meu lugar. Aguentei firme por 30(trinta minutos) fiquei apenas de jockstrap. Assim que terminei voltei para o meu camarim, eu estava muito cansado, não tinha uma noite de sono descente a dias, eu só queria dormir um pouco e acho que o senhor Huasong percebeu isso.
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Secret Lovers
Roman d'amourPessoas diferentes tem uma coisa incomum, todos tem um vício, algo que façam se sentir bem, algo que lhes de prazer, algo que por mais que parecer errado, algo que possa parecer "pecaminoso" mas gostam de fazer. Eu Taichi, não sou diferentes dessas...