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— Espera só um segundo, Harry. — Draco pediu, apontando a câmera para si e então clicando no start.Pode começar.

— Oi... ah... bom, eu... — Potter fez uma careta. — Eu não sei como começar.

— Olá, eu sou Harry Potter e estou aqui para mostrar a fase final do surgimento das larvas no feijão. — Ginny o lembrou, deitando na cama de Malfoy.

— Arroz. — O primo a corrigiu.

— Tanto faz.

— Eu preciso mesmo me apresentar? Acho que não é necessário. — Falou, olhando para o pote cheio de larvas atrás de si.

— Você precisa, eu também fiz isso. — O loiro falou, sorrindo quando o garoto revirou os olhos.

Harry não conseguiu não sorrir de volta, ele reviraria os olhos mais vezes se aquilo fosse fazer o maior mostrar suas covinhas adoráveis.

— Vamos fazer de novo.

Ele começou a gravar pela quarta vez e Potter suspirou, tentando não errar nenhuma palavra do que ensaiou, mas ainda guardava o pequeno papel em seu bolso. Apresentou o pote e ditou seus acontecimentos, estava bem nojento no lado de dentro, Harry não sabia o que faria se por algum acaso aquele recipiente se quebrasse em suas mãos.

Após o final da gravação, Ginny bateu palmas como se ele tivesse vencido uma vitória.

— Eu estou com fome, irão fazer o que agora? — Ela perguntou, colocando a mão na barriga.

— Iremos sair. — Draco guardou o celular no bolso.

— Para onde?

— Studio. — Respondeu e o moreno o olhou rapidamente.

Ele já seria fotografado?

— Oh... o Harry vai? — Wright sorriu e mexeu as sobrancelhas para ele. — Por quê? Você será um modelo?

Potter a fitou surpreso. Então ela sabia sobre todo aquele assunto.

— Sim... — Murmurou, umidecendo os lábios carnudos.

— Então ele é um baby boy? — A ruiva olhou para o primo, sorrindo maliciosamente. — Vai ser o fotógrafo dele, Draquinho?

— Ginny, cala a boca. — Pediu, balançando a cabeça.

— Ok, ok. — Ela ergueu as mãos em rendição, se levantando da cadeira e ficando em frente a Harry. — Prazer, eu sou uma Mommy.

— O quê? — Ele franziu o cenho e Ginny voltou a olhar para Draco.

— Ele é novo nisso? — Perguntou e o maior apenas assentiu levemente, cruzando os braços. — E você não explicou nada a ele ainda, não é?

— Eu pretendia fazer isso agora.

— Eu posso explicar? — Pediu animada, pegando as mãos do moreno e as balançando. — Eu sei explicar de um jeito melhor e mais fofo.

— Ginny...

— Boca fechada, seu idiota. — Deu língua para Draco, que ergueu as sobrancelhas em descrença. — Eu posso explicar, Harry?

— Bem... pode. — Riu sem graça quando a menor pulou em seus braços.

— Ótimo! — Gritou, puxando o garoto para a cama. — Se senta aqui, vou te explicar tudo.

— Não me culpe se ficar mais confuso ainda depois que ela explicar. — Draco logo avisou, mas dava para ver um pequeno sorriso no canto de seu lábio.

— Draquinho, vai fazer um lanche pra gente, vai. — Balançou a mão para o loiro, que apenas soltou o ar pelo nariz.

— Volto daqui a pouco. — Falou antes de sair e encostar a porta.

— Muito bem, você já sabe alguma coisa sobre esse kink? — Perguntou e, pela expressão de Harry, ela logo deduziu. — Pelo visto não... bem... você sabe o que você é, certo?

— Um ser humano? — Respondeu, fazendo a garota gargalhar.

— Por Deus, Harry. — Ela tomou fôlego. — Só para ter certeza; você sabe que está indo para um studio onde tiram fotos de baby boys, certo?

— Sim, eu sei.

— E que você será um deles?

— Oh...

Potter sabia que estava sendo lerdo ao extremo, mas todo aquele assunto, apesar de lhe interessar, ainda era muito confuso.

E sua mente era como a de um alface na quinta série.

— Eu vou te explicar do começo e então você entenderá melhor. — Disse, puxando as pernas para cima da cama e as cruzando em pose de índio. — Existe o baby boy e a baby girl, assim como existe o daddy e a mommy. Vamos começar com o baby boy: ele é um garoto delicado e fofo que gosta de vestir roupas infantis e coloridas. Em uma relação o baby boy é aquele que é mimado e recebe ordens das quais deve cumprir, assim como a baby girl.

Explicou e Potter começava a compreender melhor como era aquele mundo.

— E tem o daddy, porque todo baby boy precisa de um daddy para cuidar dele, certo? Bem... o daddy é um cara mais dominante e sério, mas às vezes pode ter um romântico nato e clichê como Draco. — Riu, levando sua cabeça para trás. — O daddy, ou a mommy, é aquele que cuida e dita as regras, e quando o baby não as cumpre, ele é punido.

— Punido?

— Sim. — Ginny sorriu. — Essa é a minha parte preferida.

Por que a punição seria sua parte preferida?

Quem gosta de punições?

— As punições são feitas com tapas, muitos tapas. — Piscou e Harry entreabriu os lábios ao ver seu sorriso um tanto malicioso. — Há relacionamentos em que os babys são punidos emocionalmente, como não serem permitidos de se comunicarem com seus daddys ou mommys por um longo tempo.

— Hum... — Ele assentiu em compreensão.

Ser punido emocionalmente parecia ser ruim, parecia ser pior do que fisicamente.

— Alguma pergunta?

— Na verdade, sim...

— Faça.

— Como isso é chamado?

— Ah, sim. — Sorriu. — É chamado de Daddy Kink.

Daddy Kink...

Então esse era o nome.

— É bom você pesquisar mais sobre isso também, caso tenha alguma dúvida depois. — Ginny sugeriu.

Harry com certeza pesquisaria depois.

— E tem mais uma coisa importante. — Ginny ergueu um dedo. — Ao entrar em um relacionamento assim, é importante que ambos estejam de acordo com tudo o que acontecerá. Você sempre deve deixar claro o que não te agrada, entendeu?

Ele assentiu.

Mas não era necessário ele saber daquela parte, já que não estava planejando entrar em um relacionamento, apenas queria focar em pousar e receber um pagamento para que finalmente conseguisse tirar James de perto de sua família.

— X —

notas da autora original:

Então manas, eu sei que o Daddy kink é um subgênero do BDSM, mas esse é um assunto que não tenho muito conhecimento, então nessa fic eu focarei apenas nesse fetiche (Daddykink).

Lust | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora