Lust | Drarry

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— Então James estava te devendo muito dinheiro por causa de uma aposta adolescente, e você decidiu que fazê-lo fingir ser meu pai era uma boa forma de pagamento? — Draco perguntou.

— Ele não ia me pagar essa grana nunca, filho, então eu sugeri isso e pensei se seria uma boa ideia, você sempre me perguntava sobre o seu pai, que queria conhecê-lo, e e-eu não tinha coragem de contar a verdade. — Cissa secou as lágrimas. — Nós estávamos muito alterados naquele dia, e eu acabei dizendo muitas idiotices e seu pai ficou com muita raiva.

— E então bateu o carro...

— Sim. — Novas lágrimas caíram. — Dray, eu só queria que você tivesse uma presença paterna, eu não queria que me odiasse.

— Mãe, eu jamais te odiaria, não foi sua culpa o meu pai ter batido o carro, ambos brigaram. — Malfoy tocou seu rosto.

— Mas eu comecei.

— E ele não ficou calado. — A lembrou. — Mas eu não entendo por que depois de tantos anos você decidiu isso.

— Porque James estava me devendo há muito, muito tempo, e ele não iria pagar, então sugeri. — Explicou. — Eu sei que parece doidera, eu não sei onde estava com a cabeça quando fiz isso, filho.

Draco também se perguntava o mesmo.

— Escuta, eu sei que você deve se sentir muito culpada pela morte do meu pai, eu não sei exatamente tudo o que você falou para ele, mas eu sei que você não tinha ideia do que aconteceria, e se soubesse, teria mudado. — Draco beijou sua testa. — Você é a minha mãe e meu pai, você me criou, eu não preciso que um homem chegue agora e banque o meu pai.

Cissa fitou o filho com um olhar cheio de brilho, um olhar orgulhoso.

— Eu estava maluca.

— Você só estava com medo. — Draco negou. — Eu não quero esse homem perto da gente, nem perto do Harry e da família dele.

Sua mãe sorriu, se afastando.

— Você gosta dele, não é?

— Muito, ele é meu melhor amigo.

— Draco... você sabe do que estou falando.

O maior franziu o cenho.

— Você o ama.

— Mãe... você sabia?

— Não tinha como não saber, eu via a forma como você o olhava. — Revelou. — E eu me sinto muito mal em saber que estraguei isso por um tempo, eu estou com tanta vergonha.

— Tudo bem, mãe, tudo será resolvido agora.

— E como iremos resolver?

— Eu ainda não sei, mas o James precisa sumir.

Seu celular tocou.

— Harry?

— Dray, ele foi embora!

— O quê?

— O James foi embora, as coisas dele não estão mais aqui. — A voz de Harry estava alterada. — Quando eu cheguei em casa ele estava discutindo com a minha mãe, então eu acabei soltando tudo, Dray, me perdoa.

— Espera, em que momento ele foi embora?

— Já faz um tempo, foi um pouco depois da discussão. — Respondeu. — Nós não sabemos para onde ele foi.

— Ele está fugindo, pois sabe que vai se dar mal.

— O que faremos? Temos que chamar a polícia.

Era o melhor a se fazer, pois James havia falsificado documentos, além de outras coisas, mas se eles fizessem isso Draco tinha certeza de que sua mãe seria envolvida.

— Não ligue agora, por favor.

— Por que não?

Antes que Draco pudesse responder algo, ele escutou o grito de Lily do outro lado.

— Mãe! — Harry a chamou. — O que foi?

— Harry! — Draco sentiu seu coração acelerar.

— Me fala o que aconteceu. — Potter pediu outra vez.

Malfoy não conseguia entender o que Lily estava falando, pois sua voz estava falhando demais, mas o silêncio que veio depois o deixou com mais medo.

— Harry, o que aconteceu?

— Minha mãe recebeu uma ligação. — Disse. — Acharam o carro em que James estava.

— Acharam? Você ligou para a polícia?

— Não. — Respondeu, o deixando mais confuso ainda. — Acharam o carro em um rio.

— Rio?

— Sim... eles o encontraram sem vida... — Harry fez uma pausa. — Ele está morto, Dray... James está m-morto.