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Harry caminhava pelas quadras do bairro onde o endereço de Malfoy estava localizado. Ele já havia se perdido três vezes e perguntado para vários moradores onde Draco morava, o que foi muito vergonhoso.

— Por Deus, onde esse garoto mora... — Murmurou para si mesmo, voltando a checar a mensagem em seu celular. — Casa azul? Onde tem uma casa az-

Ele viu uma casa azul. Na verdade, dava para ver de longe a cor viva daquela casa grande um pouco distante, como diabos ele não havia notado?

Potter guardou o celular no bolso e caminhou até o fim da quadra, parando em frente a casa de dois andares. Ele se perguntou se deveria bater no portão ou bater palmas ou gritar seu nome ou fazer o mais óbvio que era apertar a campainha ao seu lado, mas antes que fizesse qualquer uma das opções, o portão se abriu automaticamente.

Ele permaneceu esperando do lado de fora, até ver Draco saindo de dentro de sua casa e caminhar em sua direção.

— Entre. — Pediu, ele usava uma camisa branca de mangas e uma calça moletom cinza, roupas completamente diferentes das escuras que vestia na escola.

Harry entrou hesitante e ouviu o portão atrás de si se fechando novamente.

— Me siga. — O garoto platinado pediu novamente, sua voz era tão profunda e rouca que Harry desejou que ele falasse mais.

Eles entraram na casa e Potter não viu ninguém além de um gato branco deitado no sofá, a TV estava ligada e passava um desenho dos anos 90. Os dois subiram a escada e entraram em um corredor pequeno. Draco abriu uma das portas e entrou, esperando que Potter fizesse o mesmo para depois encostá-la.

Harry colocou delicadamente sua bolsa em cima de uma das duas poltronas que tinha ali dentro e observou o quarto de Draco. Não era nada do que imaginou, não que ele já tivesse parado para imaginar, apenas já passou por sua mente uma vez que Ron e Blaise não paravam de cochichar sobre Draco. Eles eram obcecados por Malfoy.

Seu quarto era completamente branco, mas tinha alguns detalhes cinzas na parede, sua cama parecia ser macia e muito confortável, tinha um computador ao lado dela cujo estava aberto em uma aba do YouTube.

Alguns quadros de pinturas antigas estavam coladas na parede a cima de sua cama e do lado uma mini prateleira com livros.

— E então? — Draco se virou e, finalmente, depois de meses sendo colegas de classe, depois de meses sendo encarado pelo moreno, olhou em seus olhos. — Como começaremos?

— Uh... — Potter tentou se lembrar como fala, fitando seus olhos azuis. — Eu...

— Precisamos de alguma comida, certo? — Continuou e Harry apenas assentiu. — Ok, eu irei pegar um recipiente, que comida sugere?

— Você já pensou em ser cantor? — Harry perguntou de repente.

— O quê?

— D-digo... arroz, arroz... o arroz é bom, a professora disse que o arroz é um bom alimento. — Se atrapalhou nas palavras, sentindo um grito frustrado quase rasgar por sua garganta.

O que deu em si?

— Certo, eu irei pegar. — Falou caminhando até a porta.

— Podemos gravar com o seu celular também? — Harry pediu, sorrindo sem graça quando o outro o encarou. — Com certeza ficará melhor com a sua câmera.

— Ok. — Ele assentiu e em seguida saiu do quarto.

Potter aproveitou aquele momento sozinho para literalmente dar um tapa forte em sua cabeça.

Lust | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora