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Draco estava paralisado enquanto observava a identidade de James em sua mão. Harry estava na cama com Ginny, terminando de contar toda a história.

— Nossa, cara... isso é horrível. — Ginny o olhou triste. — Então vocês são...

— Não, não somos. — Draco negou.

— Draco, você viu a identidade, está olhando para ela agora. — Harry o fitou triste.

— Ainda temos uma esperança. — Falou, girando a cadeira para eles.

— O que poderia ser se não uma identidade?

— A foto no álbum da família. — Levantou.

— Foto?

— Ginny disse que já viu uma foto do meu pai.

— Sim, na verdade eu vi. — Assentiu. — E pelo que eu me lembre, ele não era nada parecido com James.

— É sério? — Harry arregalou os olhos.

— Eu posso estar enganada, Harry, mas se vocês quiserem eu posso pedir para a minha mãe me mandar uma f-

— Faça isso. — Harry e Draco concordaram antes mesmo dela terminar.

— Oh, ok...

— Eu preciso ver essa foto. — Draco se sentou ao lado de Harry, entrelaçando sua mão com a dele.

Ginny procurou o contato de sua mãe e então ligou, a cada chamada Potter sentia seu coração bater mais forte, e ele sabia que Draco estava do mesmo jeito.

— Oi, mãe.

Oi, querida, está tudo bem?

— Está, está tudo ótimo. — Sorriu.

Que bom, filha, estamos com saudade de você.

— Eu também. — Ginny sorriu novamente. — Mãe... eu queria te pedir um favor.

Qual?

— Você pode me enviar aquela foto do pai do Draco que está no álbum, aquela que me mostrou uma vez? Ele quer muito vê-lo.

Claro que posso, deixa só eu pegar o álbum.

— Obrigada, mãe. — Agradeceu. — Eu vou desligar agora, te ligo mais tarde, ok?

Tá bom, querida, até mais.

— Espera! — Harry a impediu.

— O quê?

— Não desliga.

— Mãe. — Ginny a chamou.

Sim?

— Pergunta para ela o nome dele. — Disse Harry.

— Mãe, como é mesmo o nome dele? Do pai do Draco.

Oh, o nome dele é Lucius. — Respondeu. — Draco não falou?

— Falou, falou sim, eu que sou esquecida. — Riu. — Até mais, mãe, te amo.

Também te amo, querida.Ela encerrou a ligação.

— Lucius. — Harry pronunciou o nome com uma voz baixa. — O nome dele é Lucius, não James.

— Dray... — Harry estava com os olhos vermelhos.

— Olhem! Ela enviou a foto. — Ginny apontou a tela para eles.

Ok, aquele definitivamente não era James.

Ele era completamente diferente, seus olhos eram claros, assim como seus cabelos loiros compridos, e seu rosto... seu rosto era bem parecido com o de Draco.

Aquele era o seu pai, o seu verdadeiro pai.

— Eu sabia. — Sussurrou Draco, seus olhos lacrimejando.

— Dray, ele não é seu pai, James não é seu pai. — Harry o abraçou forte, chorando. — Nós não s-somos irmãos.

— Eu sabia que não, Hazzi, eu sabia. — Draco o apertou em seus braços. — Baby, eu sabia que não.

— Ok, eu acho que vou chorar. — Ginny passou a mão no nariz.

— Mas então se James não é o seu pai, por que eles inventaram essa mentira? — Harry se afastou para olhá-lo.

— Eu não sei, Hazzi, mas por alguma razão coerente deve ter sido, minha mãe não planejaria tudo isso por acaso. — Limpou as lágrimas do menor, em seguida beijando sua testa, seu nariz e por último seus lábios.

— Nós ficaremos juntos agora.

— Sim, baby, eu prometo, nós não iremos nos separar. — O assegurou, voltando a abraçá-lo.

Ele conversaria com sua mãe mais tarde, e descobriria tudo.

[...]

— Cheguei. — Cissa abriu a porta. — Urr, está muito frio lá fora.

Ela tirou o casaco e a bolsa, os colocando em cima do sofá.

— Tudo bem, Draco? — Perguntou ao notar o olhar estranho do filho.

O garoto permaneceu em silêncio por um tempo.

— Lucius Malfoy.

Ao escutar o nome, Narcissa sentiu como se seu coração fosse sair pela sua boca.

— C-como?

— Ele é o meu pai, não é? — Draco levantou do sofá. — Lucius Malfoy é o meu pai.

— D-Draco, calma.

— Não me peça calma, mãe, por favor, eu não consigo ter calma agora!

— Vamos c-conversar.

— Sim, eu estou aqui para isso. — Cruzou os braços. — Nós iremos conversar e você vai me contar tudo.

Cissa soltou o ar pela boca.

— Ok, vamos conversar.

— Não precisa ficar nervosa, eu vou escutar tudo, eu sei que você deve ter feito isso por algum motivo grande.

— S-sim... sim, eu fiz.

— Certo. — Draco assentiu. — Então comece.

— Calma. — Narcissa se sentou no sofá, tentando normalizar sua respiração.

A única pergunta que se passava pela sua cabeça era: como Draco havia descobrido aquilo?

Como?

— Draco... o seu pai, ele... ele faleceu quando você ainda era um bebê.

— Hum...

— Nós havíamos brigado e ele saiu com o carro, e-eu... — Cissa começou a chorar. — Eu disse tantas coisas horríveis para ele, a c-culpa foi minha.

— Mãe... eu preciso que você me conte tudo. — Draco se sentou ao seu lado. — Por favor, não esconda nada de mim dessa vez.

— Sim, eu sei... eu prometo que vou te contar tudo. — O olhou. — Dessa vez eu irei.

— X —

Sera que finalmente tudo ficará bem?

Lust | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora