Atualmente
Callie Torres
Seattle - Washigton, D.C.Mais um dia estava amanhecendo, e logo sinto um leve beijo em meu rosto o que me fez sorri.
Era minha mãe.
Todas as manhãs, a mesma me acordava de maneira carinhosa avisando que estaria de saída para seu trabalho e que eu já deveria ficar acordada para cuidar de minha irmãzinha e logo em seguida a mesma segue seu caminho.
Minha mãe trabalhava como garçonete, em uma lanchonete não tão distante de nossa casa, seu salário não era dos melhores mas a mesma sempre conseguia fazer seus esforços para que não faltasse nada em nossa casa.
Ainda sonolenta, olho para a tela de meu celular e constato que são 06:50.
Levanto preguiçosamente, e sigo em direção ao banheiro, faço minha rotina matinal e sigo para o quarto de minha irmã, constatando que a mesma encontrava-se dormindo tranquilamente. De forma cautelosa, me aproximo da mesma e lhe deixo um beijo na testa o que a faz abrir seus pequenos olhinhos de forma sonolenta.
- Bum dia - fala com voz ainda enbargada pelo sono.
- Shiiii. Bom dia meu amor, volte a dormir, ainda está cedo. - sem falar mais nada, ela apenas volta a fechar seus olhos e é tomada pelo sono novamente.
Fico por um tempo a admirando, seus cabelos levemente bagunçados, a boca um pouco entre aberta e sua respiração calma e traquila. Aquele pequeno serzinho era a razão da minha felicidade dentro dessa casa.
Rebeca, tem apenas quatro anos, mas as vezes consegue ser bem esperta. Posso dizer que em meio a tantas coisas ruins na minha vida, ela foi a única luz na minha vidinha de merda.
Beca era minha meia-irmã, fruto do relacionamento de minha mãe com meu padrasto. A mesma nasceu quando eu tinha doze anos, e mesmo em meio a abusos, saber que teria alguém para me fazer companhia era o que me trazia alívio.
Pelo menos algo bom, aquele infeliz conseguiu fazer.
Rebeca é a coisa mais preciosa que tinho, depois de minha mãe. Sua forma inocente e contagiante era o que iluminava meus dias e com toda certeza ela era a razão pela qual eu ainda tinha forças para suportar a vida que levo.
Saio de meus pensamentos, saindo silenciosamente de seu quarto, fechando a porta de forma mais cautelosa possível. Sigo em direção a cozinha e começo a preparar meu café da manhã. Não sou de comer muita coisa pela manhã, então, preparei apenas um suco de laranja com ovos e torradas quando ouço aquela voz.
- Que cheiro bom.
Todo meu corpo estremeceu e mesmo estando de costas, fecho meus olhos com força para que Charles não tentasse nada.
Permaneço calada, e sigo até uma das cadeiras, me sentando e tentando respirar fundo para que todo meu corpo se acalmasse. Vejo que o mesmo segue em direção a um dos balcões que haviam na cozinha pegando uma xícara e a preenchendo com café.
- Onde está sua mãe? - ele pergunta ainda de costas para mim.
Eu o olho por alguns segundo incrédula, ele sabia que a esse hórario, a mesma estaria trabalhando.
- Você está surda? - ele se virá para me olhar, e então percebo que não respondi a sua pergunta.
- No trabalho - me limito a dizer.
Tento termina minha refeição o mais rápido possivel para não ter que ficar no mesmo ambiente que ele. Sigo em direção a pia colocando os pratos na mesma e me viro para indo para a sala, quando sinto sua mão me segurar.
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Aprendendo a Amar - Calzona
Teen FictionO que acontece quando o que era preto e branco se torna colorido? Callie é uma menina de 16 anos, que sofre abuso sexual de seu padrasto. Acostumada com sua realidade, ela vive uma dia de cada vez, deixando que a alegria de seus dias seja preenchida...