Arizona pov's
Já eram por volta de 19:10 da noite, e eu acabava de sair do banheiro, a festa só de iniciaria ás 20hrs da noite, então ainda tinha um tempo para me arrumar com calma. Sigo até meu closet, e fico por um tempo em dúvida do que usar, por fim, optando por uma saia de couro preta, uma blusa social branca, e saltos. Em frente ao espelhos, seguia fazendo uma maquiagem simples, nada muito chamativo, apenas lapís na linha d'agua dos olhos, um pouco de blush e um batom vermelho. Nos cabelos, não fiz muita coisa, os deixando livremente soltos. Olho para o rélogio, e já eram 19:45, o que significava que logo Kepner chegaria. Desço as escadas devidamente pronta, e, enquanto minha amiga não chegava, decido comer algo antes de sair. Não havia muitas opções na geladeira, a não ser uma pequena fatia de sua torta que ainda restava, no fundo escondido. Minha mãe tinha passado a noite toda elogiando a torta, e dizendo que quem a fez tinha mãos de anjo.
Errada ela não estava.
Como tranquilamente, aprecisando o gosto adocicado, com um leve gosto amargo no final. Era uma combinação perfeita de sabores. Olho no rélogio.
19:55.
Kepner provavelmente já estava a caminho, e em algum momento meus pensamentos são levados a Callie e suas confissões do dia anterior.
Flashback on
- Quem fez isso com você?
- Ninguém.
- Callie...sei que alguém fez isso, não minta para mim.
- Meu padrasto. - sua voz saiu quase inaudivél.
- Por quê?
- Não quero falar sobre isso.
Fiquei em silêncio por um tempo, eu não pofia insistir ou força-la a me contar. Talvez fosse algo pessoal demais. Porém o fato de seu próprio padrasto ter feito isso a ela, não me tirava da cabeça que isso não havia acontecido pela primeira vez.
- Ele te bateu? - tentei soar o mais calma possivel, e a mesma balançou a cabeça lentamente. - Foi a primeira vez?
Dessa vez, seus olhos se desviaram dos meus, sendo levados a qualquer outro lugar,que não fossem os meus. E ali tive a certeza.
Não foi a primeira vez.
Flashback Off.
Tentei de várias maneiras encontrar um motivo plausivél, para tal ato, mas nada chegava a ser o suficiente. Não havia razão para que a mesma fosse agredida. A não ser que Callie tivesse feito algo muito grave, talvez um bom sermão resolveria. Mais agredir? Jamais séria motivo o suficiente. Me lembrei de seus olhos.
Tristes e sem vida.
Como odiei vé-la daquela maneira, e não ser capaz de acalentar sua dor. Suas lágrimas excessivas, seu nariz levemente avermelhado, suas mãos trêmulas...Lembrar dela dessa maneira me causava enjoo. Eu não teria sua confiança total tão cedo, mas de uma coisa eu tinha certeza, faria o possivel e talvez até o impossivel para ter.
Sou tirada de meus desvaneios, ao ouvir as buzinadas de carro do lado de fora de minha casa, Kepner havia chegado.
- Já vou!
Grito para a mesma, e corro rapidamente até o banheiro. Escovo meus dentes, passo perfume e logo, já estava em seu carro.
- Podemos ir?
- Vamos.
🥀
Chegamos ao local, ás exatas 20:10. Algumas pessoas já estavam devidamente sentadas sobre as mesas que estavam distribuidas sobre o extenso espaço que havia. A decoração era simples, não havia nada de mais, a não ser um prqueno arco alguns balões em preto e branco.
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Aprendendo a Amar - Calzona
Roman pour AdolescentsO que acontece quando o que era preto e branco se torna colorido? Callie é uma menina de 16 anos, que sofre abuso sexual de seu padrasto. Acostumada com sua realidade, ela vive uma dia de cada vez, deixando que a alegria de seus dias seja preenchida...