Capítulo 15

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Draco: se você tivesse ido, todos teríamos morrido! 

S/n: eu causei tudo isso Draco...

Draco: s/n, você não fez absolutamente nada entendeu? 

S/n: Draco... (começa a chorar novamente)

Draco: ah s/n isso deve estar sendo horrível para você... (a abraça) eu a entendo, não aguentaria te perder...

Tom: nem eu... (diz baixo)

S/n havia escutado o que Tom disse, ela não ousou dizer se quer uma palavra, apenas saiu do abraço de Draco, e o abraçou, chorando. A camisa de Tom estava totalmente encharcada, mas aquilo não importava para ele...

S/n: Tom... eu sinto muito...

Tom: você não fez nada pequena... fique tranquila, já passou... (diz passando a mão em seus cabelos)

S/n: a culpa é toda minha...

Tom: não s/n, não é...

Draco: eu vou subir para o quarto... Tom, você leva ela depois?

Tom: levo Draco.

Draco então, sobe para seu dormitório, toma um banho, troca de roupa e fica largado na cama, lamentando pelo ocorrido. Draco tinha sede de vingança, após a tentativa de sequestro de sua irmã, ele mataria qualquer um que ousasse entrar em seu caminho...

Tom e s/n continuaram abraçados naquela escada, s/n estava com os pés e barra do vestido imundos por causa do barro, estava suando frio e tremendo...

Tom: está com frio?

S/n: um pouco...

Sem dizer mais uma palavra, Tom tira seu terno e coloca sobre os ombros de s/n, e a abraça novamente. S/n e Tom poderiam voltar para o quarto, mas s/n não tinha forças nem se quer para andar. Eles ficam ali, até altas horas da noite, sozinhos, num profundo silêncio...

S/n: Tom vamos, esta esfriando e você está sem agasalho nenhum.

Tom: você é mais importante do que eu s/n. Mas se você quer ir, vamos. Precisa de ajuda?

S/n: eu não sei...

Tom: vem, eu te ajudo

Tom entrelaça os braços ao redor da cintura de s/n, e apoia o braço esquerdo de s/n ao redor de seu pescoço. Tom deixa s/n em seu quarto, mas Draco não estava lá, o que era estranho pois ele havia deixado claro que estaria ali...

S/n: você quer entrar?

Tom: é melhor não...

S/n: tudo bem então... boa noite Tom... 

Tom: boa noite s/n, se precisar de mim, vá até meu quarto. (se despede com um beijo em sua testa)

S/n adentra seu quarto, enche a banheira, tira suas roupas e entra. Sem expressão, sem emoções, apenas um turbilhão de pensamentos. S/n estava com medo de Bellatrix voltar, ou até mesmo de seu pai. Abraçou seus joelhos e começou a chorar novamente.

Tom já havia entrado em seu quarto, mas uma culpa enorme o invadiu, ele lembrou de quando s/n disse que não queria ficar sozinha pois tinha medo de a levarem, então imediatamente voltou a seu quarto. Abriu as portas e não a encontrou, o desespero se instalou em seu coração, mas logo se acalmou quando a viu sentada dentro da banheira transbordando água. Tom se aproximou, e seu coração se partiu em pedaços ao ver s/n naquele estado deplorador, mas não iria deixar que ela passasse por aquilo sozinha...

Tom: S/n... 

S/n: ele se foi... devia ter sido eu e não ele... a culpa é toda minha...

Tom: s/n, não... (parou por alguns segundos para pensar melhor) você não vai me ouvir de qualquer forma, mas me deixa cuidar de você por favor...

S/n: eu preciso de você mais do que tudo agora Tom...

Tom com a maior delicadeza possível, começou a lavar s/n. Passou por cada curva de seu corpo. Tom a olhava como uma obra de arte, não havia maldade no olhar do garoto, ele não conseguia ver s/n daquela forma...

Logo, começou a massagear o coro cabeludo de s/n, fazendo espumar o shampoo. Os cabelos de s/n eram sedosos como cabelo da crina de um unicórnio...

Quando Tom acabara de limpar s/n, o mesmo a veste e a deita em sua cama...

S/n: você não vai embora não é?

Tom: só quando Draco chegar s/n, agora durma, você precisa descansar.

S/n: Tom, eu não sei se consigo dormir...

Tom: você consegue sim s/n. 

S/n fechou os olhos, e Tom acariciava o topo da cabeça de s/n. Quando viu que a mesma havia dormido, passou a mão por suas bochechas, ah, como eram macias. Tom esperou Draco chegar, mas o garoto havia passado a noite fora...

no dia seguinte, s/n acorda e se depara com Tom dormindo sentado numa poltrona ao seu lado, e Draco não estava...

S/n: Tom? Onde está Draco?

Tom: S/N??? (diz assustado) ufa, você esta bem...

S/n: bom dia Tom. (sorri fraco)

Tom: bom dia s/n. (sorri) você está melhor?

S/n: eu nunca vou ficar bem Tom, só vou acostumar a fingir que estou. Onde Draco está?

Tom: eu não sei, ele havia dito que estaria no quarto...

S/n: Tom... sobre aquele dia...

Tom: suponho que esteja falando de quando você me beijou?

S/n: é, exatamente isso... Eu sinto muito por aquilo...

Tom: você não tem que se desculpar s/n, você devia estar confusa, não sei...

S/n: eu não acho que seja isso...

Tom: o-o que você quer dizer com isso?

S/n: eu não sei Tom... Uma parte de mim quis fazer aquilo...

Tom: e a outra?...

S/n: bom... a outra estava apaixonada por Cedric...

Tom: eu sinto muito... (diz baixo)

S/n: eu estou bem Tom... pelo menos, vou ficar...

Tom: sabe que eu vou estar aqui, não sabe?

S/n: e eu vou estar aqui Tom. (sorri)

Tom: você é incrível sabia? (sorri)

S/n: você também é Tom. (sorri)

O dia se passa, a tarde cai, e nada de Draco aparecer. S/n já estava começando a ficar preocupada, pois o garoto jamais havia sumido assim. Resolveu então, mandar uma carta a sua mãe, Narcisa, perguntando por Draco. Mas tudo o que obteve foi apenas "ninguém sabe dele" ou então "ele não passou por aqui". Tom, já estava desconfiando de Lucio e seu pai, pois era muito estranho Draco sumir logo no dia da tentativa de sequestro de sua irmã...

um, dois, três dias se passaram e nada. Draco havia sumido, sem deixar nenhum sinal. S/n já estava começando a se descontrolar, o pensamento que mais invadia sua cabeça era se Draco ainda estava vivo, se ele havia se cansado dela, se ele estava preso em algum lugar...

S/n olhava para garotos totalmente aleatórios e via o rosto de Draco neles. S/n ficou todos aqueles dias sem conseguir dormir direito, preocupada com o que poderia ter acontecido com o irmão. Até que algo muda isso...

...

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