11. Frio

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MELANIE RIVER

Tranquei o Café e corri junto de James até o carro dele, já que estava chovendo cada vez mais forte. Me sentei no banco do carona da caminhonete, tremendo de frio e molhada.

James olha pra mim e me perco em seus olhos de novo. Seu cabelo estava molhado e bagunçado de forma sexy, suas bochechas vermelhas pelo frio, e sua camisa colada em seu corpo. Melanie... se controla.

JAMES BAYER

A cada dia que se passa, eu fico mais surpreso com a beleza dessa mulher. Melanie está sentada ao meu lado, me olhando com aqueles olhos castanhos profundos. Seu cabelo está úmido, seu peito sobe e desce com a respiração. Seu vestido... Meu deus, seu vestido florido curto está todo colado em seu corpo pela água, marcando seus seios e deixando suas coxas a mostra. Sua pele parece tão macia... eu só queria tocá-la.

Reparo sua pele arrepiada de frio. Meu deus, eu devo estar encarando como um tarado. Desvio o olhar, talvez tarde demais.

— Está com frio? Acho que eu tenho uma jaqueta aqui - Quebrei o silêncio me virando pro banco de trás procurando

— Não precisa - Melanie responde

— Pode pegar - Agarro a jaqueta e entro pra ela

— Obrigada - Ela sorri adoravelmente.

Ligo a caminhonete e sigo o caminho de sua casa devagar, pois a chuva está ficando cada vez mais densa.

— E as perguntas que você tinha? - Melanie perguntou quando parei em um sinal vermelho

— Então, eu queria que você me contasse um pouco mais sobre Gustav

— O que? - Perguntou perplexa - Por que?

— Eu estou tentando achar alguma coisa Melanie... Você é a única pessoa que pode me ajudar, você conhecia ele

— Eu não falava com ele a meses

— Eu sei, mas talvez você saiba de algo.

Melanie ficou inquieta e desconfortável.

— Eu sei que você não gosta de falar disso... Mas eu estou tentando te ajudar a sair dessa - Continuei

— Tudo bem, o que você quer saber? - Ela perguntou enquanto eu continuava a dirigir

— Tudo que você sabe sobre ele, as pessoas que ele conhecia, os lugares que ele frequentava. Você desconfia de alguém que pudesse ter feito isso com ele? - Perguntei

— Eu não faço ideia de quem pode ter feito isso, com certeza Gustav não agradava muitas pessoas - Ela suspirou.

Estacionei o carro em frente a sua casa, a chuva caía muito forte lá fora e Melanie continuou falando.

— Ele era um alcoólatra viciado em jogos... Ele gastava todo o seu dinheiro com bebida, jogos e prostitutas.

— Então ele frequentava muitos lugares desse tipo?

— Sim, com certeza

— Você sabe o nome de algum desses lugares?

— Bom... o único que eu sei é a boate Two Snakes, porque o Adam trabalha lá e ele contava que Gustav ia com uma certa frequência

— Já é uma pista - Ela me olhou surpresa. - Obrigada Mel, você ajudou muito! - Exclamei feliz e puxei seu rosto, dando um beijo em sua bochecha de tanta felicidade. Finalmente eu tinha uma pista.

Melanie riu e suas bochechas ficaram rosadas de vergonha, ela fica linda assim.

— Mel? - Ela perguntou ironicamente

— Todo mundo te chama assim - Respondi sem graça - Mas se quiser, eu te chamo de Melanie, desculpa

— Não! Eu só achei engraçado, você nunca me chamou assim. Mas eu prefiro

— Okay Mel - Ela sorri em resposta. - Pelo visto a chuva espantou os repórteres hoje

— Sorte minha

Melanie se vira de frente pra mim e começa a tirar a jaqueta, deixado a mostra novamente seu corpo escultural e os bicos de seus seios enrijecidos pelo frio que me fazem ter pensamentos nada puros. Já sinto minha calça ficando apertada pela ereção. Meu deus eu pareço um adolescente perto dela.

— Obrigada pela jaqueta James, e pela carona - Ela me entrega a jaqueta

— Não foi nada

Me debruço novamente sob o banco de trás para colocar a jaqueta lá e quando retorno fico cara a cara com Mel. Nossos joelhos e mãos se tocando, nossas respirações quentes se encontrando. Melanie me olha profundamente e passa a língua nos lábios. Filha da puta.

Ela deve imaginar o quanto estou louco pra agarrá-la e beijá-la direito, sem dó. Ou talvez não tenha nem ideia do quanto ela mexe comigo... Do quanto meu corpo está implorando pelo dela.

— Você quer entrar? - Ela pergunta baixinho. Meu coração dispara. Ela está me convidando pra entrar? - Digo... a chuva está muito forte e é perigoso você pegar estrada assim, talvez seja melhor esperar melhorar

Ah, é por isso. Não porque ela que me beijar loucamente como eu quero beijá-la. Como a mesma disse hoje de manhã, nunca mais iria acontecer, e eu tinha que aceitar esse fato.

— Acho melhor mesmo, tá vindo uma tempestade - Me afastei dela e olhei o céu - Se não for incomodar, claro

— Claro que não - Mel sorriu - Então... preparado pra correr até a porta?

— Vamos lá - Sorri de volta e abrimos as portas, saindo em disparada no meio da chuva densa. 

Paixão Suspeita (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora