51. Tiros

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JAMES BAYER

Após aquela tarde, durmo novamente na casa de Mel. Depois desses dois dias praticamente grudado com ela, o que me deixa muito mal acostumado, me despeço dela com um beijo intenso que nos deixa sem fôlego.

Me viro e atravesso o quintal de sua casa, em direção ao meu carro.

— Espera! - Melanie diz, correndo atrás de mim.

Ela me alcança e me abraça com força, como uma criança que não quer nunca mais soltar. A abraço de volta e beijo seu cabelo.

— Se cuida - Ela diz, me soltando depois de alguns minutos

— Pode deixar, River. Voltarei o quanto antes pra encher o seu saco - Digo, a fazendo sorrir.

Roubo um último selinho antes de entrar no carro.

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Como esperado, a invasão não foi nada tranquila. Fomos recebidos imediatamente com uma chuva de tiros, que nos deixou encurralados. Éramos 10 policiais contra provavelmente dezenas de traficantes armados até os dentes. Missão suicida? Talvez.

Totalmente encurralado atrás de um caixote de madeira, me abaixo, esperando uma oportunidade de me mover. Escuto as rajadas de tiros incessantes atrás de mim. Escuto um dos meus homens chamando o meu nome, como se esperasse uma ordem ou simplesmente pedisse por socorro.

Com a adrenalina quase explodindo meu coração de nervoso, me levanto e atiro contra eles. Alguns tiros são certeiros, mas não o suficiente. Agora a chuva de balas vem na minha direção e eu me jogo no chão com as mãos na cabeça, tentando me proteger.

De repente os tiros param, não se ouve mais nada. Um silêncio ensurdecedor. Com a respiração ofegante, permaneço no chão por mais alguns segundos. Então penso que talvez estivessem dispostos a dar uma trégua e me ouvir. Me levanto devagar, tentando avistar alguém. Estão todos escondidos, mas tenho certeza de que estou na mira.

— EU NÃO VIM AQUI PRA PRENDER NINGUÉM! - Grito pra eles, esperando que a trégua aconteça.

Mas antes que eu possa continuar, um disparo rápido e certeiro é feito. Um único disparo.

Cambaleio pra trás, sentindo a dor dilacerante na altura do meu quadril, onde o colete à prova de balas já não cobre mais. Caio deitado no chão, com a mão no ferimento.

Tento enxergar algo, mas só vejo o sangue se espalhando. Eu fui baleado. É a única coisa que consigo raciocinar, antes da minha mente ficar confusa e minha visão girar.

Ouço sons abafados, homens gritando e mais e mais tiros. Escuto pisadas que se aproximam de mim. Até que as botas militares grandes param do meu lado. E o homem me encara, com uma arma na mão. Não consigo distinguir muito bem a imagem, pois estou quase apagando, mas se parece muito com o Xerife Franz.

De qualquer forma, não consigo raciocinar mais nada, e minha visão fica cada vez mais turva e mais escura. Surge na minha mente uma memória.

Melanie acena positivamente com a cabeça. Sorrio, pensando na criatura preciosa que tenho nas mãos. Junto nossos lábios em um beijo calmo. "Estou fazendo isso por você. E vou voltar vivo por você." Penso comigo mesmo.

E é naquele rosto que penso, antes de desmaiar.

Eu avisei que o babado era forte... e vem MUITO mais por aí. 

Mais capítulos amanhã, não se esqueçam de votar e comentar. Beijos, amo vocêss ❤️❤️❤️

Paixão Suspeita (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora