5. Ajuda

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JAMES BAYER

Enquanto Melanie preparava um café, eu a observava cuidadosamente. Agora oficialmente começa o meu plano (na verdade do meu pai) de ficar na cola dessa garota até descobrir algo. As palavras de meu pai ecoavam pela minha cabeça.

Porém existe algo em Melanie... algo que me deixa intrigado como se fosse uma charada que eu tenho que desvendar, não apenas porque quero reconhecimento no meu trabalho.

Além do mistério que envolve essa garota, eu não consigo parar de me desconcentrar ao observar suas belas curvas enquanto ela prepara o café pra mim. Seu corpo é escultural. Eu pareço um homem tarado a olhando e isso não é algo que geralmente faço, mas Melanie simplesmente me deixa assim.

Ela se debruça sobre o balcão e deposita a xícara em minha frente. E eu como um idiota quase babo pela visão privilegiada que tenho de seu decote.

— Então James... - Melanie disse quebrando o silêncio entre nós. Escutá-la pronunciando meu nome é delicioso - Sei que não veio aqui só pelo café...Você pretende ficar me vigiando por todo canto agora?

Soltei um riso frouxo. Melanie era muito esperta e muito afrontosa. Com certeza não seria fácil conquistar sua confiança.

— Talvez - Respondi em tom de brincadeira

— Não seja cínico, eu sei que só está me vigiando pra se certificar que não matei mais ninguém e desovei o corpo por aí

"Mais ninguém"? - Perguntei perplexo

— Eu sei que você acha que eu matei Gustav, assim como o ex xerife Franz e o resto da cidade inteira - Melanie respondeu com desdém, mas notei que estava chateada com a situação

— Eu não acho que você matou Gustav - Respondi sério. Ela me olhou com surpresa. - E eu não estou te vigiando, eu fui designado para cuidar da sua segurança durante esse período da investigação do crime - Menti

— Você não deveria estar ocupado investigando o crime?

— Meus policiais estão cuidando bem disso pra mim

— Olha, agradeço a preocupação com a minha segurança, mas já disse que não preciso de babá - Ela disse, se mostrando irritada

MELANIE RIVER

— Olha, agradeço a preocupação com a minha segurança, mas já disse que não preciso de babá - Respondi irritada. Esse xerife já estava me tirando do sério.

— Relaxa, não pretendo invadir a sua privacidade... Ao menos que me peça - respondeu num tom provocativo, lançando uma piscada de olho em seguida. Meu corpo se arrepia inteiro com sua provocação.

James Byer, o xerife da cidade estava mesmo flertando comigo? Devo estar louca. Esse cara tá querendo alguma coisa e ele não me engana.

— Nesse caso... Pode deixar que eu te ligo se eu precisar - Respondi cínica soltando um sorrisinho pra ele e mostrando o cartão que ele havia me dado, que estava no meu bolso.

Ele se deu por vencido e lançou um sorriso de volta, tão cínico quanto o meu. Aposto que por dentro estava borbulhando de raiva... ri em meus pensamentos. O xerife logo se levantou e tirou do bolso uma carteira, depositando uma nota no balcão.

— Fique com o troco - Ele se levantou e deu de costas - Até mais Melanie River - Disse com certa ironia ao atravessar a porta e sair do café.

Este homem já está me dando nos nervos! O jeito que ele solta suas palavras com tamanha provocação e ao mesmo tempo um sentimento misterioso que eu não consigo decifrar está me irritando ao extremo. Se ele acha que vai conseguir tirar alguma informação de mim ele está muito enganado... Aliás, nem sei que informação ele poderia tirar. Eu não matei Gustav e nem tenho nada a ver com isso.

Paixão Suspeita (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora