My life is a farce [CONCLUÍDA]

• Capítulo 67 - Reta final.

Kah on·
Sou grata por tudo que estamos vivendo. Ontem foi mágico! Foi com certeza para mim a nossa melhor transa e claro que um dos motivos foi ouvir ele gemer meu nome, não o de Kath. Esperei muito por esse momento. Esperei que ele me chamasse pelo meu nome mesmo sabe? Mesmo que seja brigando. Sou despertada dos meus pensamentos ao ouvir duas batidas na porta e me tampei com o lençol.

Kah: pode entrar- a porta se abriu dando a visão de Marie.
Marie: bom dia senhorita- ela diz se aproximando.
Kah: sem formalidades, por favor. Pode me chamar só de Karol- ela assente. Sim, Marie sabe de tudo o que aconteceu ou pelo menos de quase tudo. Eu e o Ruggero achamos melhor contarmos para ela e não vemos nenhum problema com isso.
Marie: quer que eu prepare seu banho? Desde que você começou a se passar por Katherine nunca vi você me pedindo para encher a banheira e acho que você tem todo direito disso- ela fala e eu sorrio.
Kah: pode ser. Obrigada Marie- falo, ela sorri e logo após entra dentro do banheiro. Minutos depois ela sai.
Marie: a banheira já está pronta- ela diz e eu assinto.
Kah: obrigada. Senta aqui.- falo apontando para o meu lado da cama e deixo a bandeja de lado. Ela logo vem e senta ao meu lado- Obrigada por ser tão gentil e desculpa por todas as vezes que minha irmã foi grossa.
Marie: que isso, você não tem que pedir desculpas pela sua irmã. Você é muito especial e muito querida. Pode ficar tranquila!- ela sorri- Vejo o Ruggero até mais feliz desde o dia que você trocou de lugar com Katherine. Que "você"- ela faz aspas com os dedos- esqueceu o meu nome.
Kah: eu lembro disso. Vendo agora foi hilário- rimos.
[...]
Kah on·
Eu e Marie ficamos conversando por um bom tempo. Ela virou uma segunda mãe para mim e com certeza é muito especial em minha vida. Ela saiu do quarto para ir ao mercado comprar algumas coisas para o almoço e eu resolvi ir até o banheiro. Tomei um banho, fiz minhas higienes e fui até o armário com a toalha enrolada no corpo. Sorri quando vi que o Ruggero guardou algumas roupas minhas, peguei uma roupa simples e a vesti. Lembrei que hoje tenho que ir ao meu trabalho só mais tarde e agradeci por isso. Desci as escadas e tive uma surpresa ao ver a pessoa que eu menos queria ver.

Kah: como entrou aqui Katherine?- pergunto cruzando meus braços e ela ri debochada.
Kath: tenho a chave- ela sorri cínica mostrando a chave em sua mão. Droga! Ela deve ter tido essa chave antes da época que nós tínhamos trocado de lugar.
Kah: o que está fazendo aqui?- pergunto impaciente.
Kath: sabe Karol...- ela se aproxima- Você sempre rouba tudo o que é meu! Primeiro o Lionel. Você sabia muito bem que eu gostava dele, mas mesmo assim o namorou...- a interrompo.
Kah: não vem jogar em cima de mim isso não. Eu namorei ele porque nós nos amávamos e eu nem sequer sabia que você gostava dele- falo e ela sorri.
Kath: não se faça de tonta Karol. Você sabia muito bem, você sempre roubou a atenção de todos, o amor dos nossos pais, sempre foi a preferida.
Kah: ISSO É MENTIRA!- grito- Você que nunca deu atenção para nós, você que se excluiu. Nossa mãe chorava, ela sofria querendo sua atenção e tudo o que você fazia era pisar em cima de todos nós.
Kath: foda-se, isso não importa! Mas quando eu disse que você ia pagar muito caro eu não estava brincando. Sabe o Lionel? Por sua culpa eu não consegui ficar com ele, mas não foi tão ruim assim. Ele quase te estuprou porque eu mandei, eu o ameacei, dei dinheiro e foi uma pena que ele não conseguiu!- ela afirma e eu sinto meus olhos marejados.
Kah: você o quê?
Kath: vai chorar? Ou melhor, pedir a ajuda a mamãe?- ela debocha e em um movimento rápido bato em seu rosto, mas logo me arrependo. Eu bati na minha irmã? Eu não acredito que fiz isso. Ela logo me olhou e sorrio debochada- Ai Karol, eu não duvido de mais nada vindo de você. Você é uma farsa! De santa não tem nada. Você rouba tudo o que é meu, é uma intrusa. Agora quer roubar o Ruggero também e eu disse para você ficar bem longe dele e mesmo assim você não me obedeceu.
Kah: não me arrependo. Eu o amo!- afirmo sentindo uma lágrima cair.
Kath: INTRUSA!- ela grita e se aproxima- LADRÃ!- ela grita novamente e eu sinto as lágrimas se acumularem.
Kah: você pode fazer o que quiser comigo, só não faça nada com o Ruggero, ou melhor, só espera meu filho nascer- falo e respiro fundo tentando controlar as lágrimas, mas foi em vão. Ouço ela gargalhando e tirando um pote grande de sua bolsa.
Kath: sabe Karol, pode ficar tranquila, eu não vou fazer nada com o Ruggero. Na verdade vou colocar o meu plano em ação, aquele que você atrapalhou, lembra?- ela diz e abre o pote- Agora com você eu não posso dizer o mesmo. Quando eu disse para você sair da minha vida eu não estava brincando e você não me obedeceu. E sobre essa merda de filho tomara que morra!- ela afirma. A minha vontade era de voar em cima dela por ter falado isso do meu filho, mas logo me assustei quando ela foi virar o pote em mim e me afastei.
Kah: sua louca! O que é isso?
Kath: isso?- ela sorri diabólica- É acido sulfúrico- ela diz e eu arregalo os olhos.
Kah: v-você quer j-jogar isso e-em mim?- pergunto com a voz falhada.
Kath: olha como é esperta- ela debocha. Eu não acredito que ela quer me matar!
Kah: por que Kath? O que eu te fiz?- pergunto aos prantos.
Kath: PARA DE SE FINGIR DE TONTA!- ela grita irritada- Se você ficar caladinha prometo que vai ser rápido, nem vai sentir dor- ela fala se aproximando e eu nego com a cabeça indo para trás.
Kah: não, por favor Kath, não faça isso. Eu sei que talvez não fui a melhor irmã, mas sério, por favor, não...- paro de falar ao sentir que encostei em uma parede e engulo seco vendo Kath se aproximar.