• Capítulo 68 - Reta final.

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Kath: agora não adianta pedir perdão. Eu te odeio Karol!- ela afirma, se aproxima e na hora que ela ia jogar em mim empurro o pote fazendo cair em seu corpo.
Kah: não, não, não...- nego chorando vendo o ácido cair e queimar o seu corpo.
Kath: s-sua vadia, o-olha o q-que você f-fez!- ela afirma com dificuldade.
Kah: não Kath, não Kath. Fica bem. Por favor!- peço aos prantos- SOCORRO! ALGUÉM ME AJUDA!- grito e vejo o ácido queimar a pele de minha irmã e logo vejo Sérgio.
Sérgio: aconteceu algo?- ele pergunta, olha para Kath e eu corro já o abraçando.
Kah: m-me ajuda- falo já sem forças. Ele sai do abraço e me olha.
Sêrgio: é tarde demais- ele fala olhando para minha irmã e eu me viro vendo o ácido deformar sua pele enquanto já está morta.
Kah: Sérgio...e-eu...a...m-matei.
Sérgio: calma senhorita. Vem comigo- ele me puxa e vamos para a cozinha, só que eu volto e vou até minha irmã. Me agacho em frente ao seu corpo e coloco minhas mãos em meu rosto.
Kah: me perdoa Kath, por favor- falo aos prantos e ouço a porta se abrir. Olho para frente e vejo Ruggero.
Rugge: meu amor, o que...- ele para de falar ao ver o corpo de Kath e eu choro mais- O que aconteceu?- ele se aproxima e se agacha ao meu lado. Eu me viro para ele e o abraço com todas minhas forças.
Kah: a-a K-Ka...- vejo minha visão se escurecendo aos poucos- E-Eu...- só sei que minha visão se escureceu ainda mais e eu apaguei.

Rugge on·
Quando eu vi a Karol chorando iria perguntar o que tinha acontecido, mas parei de falar quando vi um corpo deformado no chão. Fui até ela, perguntei o que houve e me agachei perto dela. Ela me abraçou com força e eu retribui. Ela estava falando, mas logo sinto seu corpo mole e vejo que ela desmaiou. A pego no colo e resolvo levá-la para o hospital. Me levanto e olho para o lado vendo Sérgio.

Rugge: você sabe o que aconteceu?- pergunto preocupado.
Sergio: não sei muito bem. Cheguei aqui e vi a Karol chorando muito e o corpo deformado dessa moça. Pelo o que entendi é a Katherine- ele diz e eu o olho pensativo.
Rugge: acho que é ácido.- suspiro- Pode fazer um favor para mim?- ele assente- Tire esse corpo daqui. Vou levar a Karol no hospital- eu até levaria Katherine, mas ela já está morta, então não adiantaria.
Sergio: aonde quer que eu leve esse corpo?
Rugge: não sei, só tire ele daqui- ele assente e eu saio de casa.
[...]
Rugge on·
Já tem um tempinho que estou aqui no hospital e nesse tempo estou pensando. O que será que aconteceu? Eu tenho certeza que era ácido no corpo de Katherine, mas o que aconteceu? Sou despertado dos meus pensamentos quando vejo Maria, mãe de Karol entrando no hospital e vindo em minha direção assim que me vê. Sim, eu liguei para ela avisando que Karol estava no hospital e que falaria o porquê aqui. Como ela é mãe achei justo avisar.

Maria: o que aconteceu?- ela pergunta com um tom de preocupação e se senta ao meu lado.
Rugge: olha dona Maria preciso que seja forte- falo a olhando.
Maria: Ruggero, está me preocupando.
Rugge: bom, cheguei em casa e vi Karol chorando e ao seu lado a Katherine- falo e engulo seco.
Maria: e o que mais?
Rugge: Katherine infelizmente está morta!
Maria: O QUÊ?- ela grita fazendo com que muitos do hospital olhassem para ela.
Rugge: eu não sei o que houve, mas parecia ácido sulfúrico em seu corpo.
Maria: c-como Katherine m-morreu? Como a-assim?- ela pergunta e vejo seus olhos marejados- Eu não acredito Ruggero.- ela diz e eu a abraço- Não me diga que a Karol...- a interrompo.
Rugge: não, a Karol está bem. Ela só desmaiou- falo, saímos do abraço e vejo suas lágrimas caindo por seu rosto.
Maria: por que Ruggero? Por que ela tinha que morrer? Ela era malvada, mas não merecia isso- ela fala aos prantos.
Rugge: não sei dona Maria, mas uma coisa posso dizer, vai ficar tudo bem.
Médica: parentes da Karol Sevilla?- uma médica pergunta e eu Maria nos levantamos.
Rugge: aqui.
Médica: vem comigo- assentimos, a seguimos e paramos em frente a uma porta.
Maria: como eles estão doutora?- ela pergunta chorando e se referindo a Karol e o bebê. Ela ainda deve estar sentida por Katherine, afinal toda mãe fica mal quando acontece algo ao seu filho, ainda mais se referindo a uma morte.
Medica: Karol e o bebê estão bem, foi só uma queda de pressão. Acredito que querem vê-la, não é?- assentimos- Podem entrar- assentimos novamente e entramos vendo Karol acordada.
Kah: mãe, me perdoa!- ela afirma, vejo seus olhos marejados e nos aproximamos.
Maria: pelo o que filha?- Maria pergunta e eu as escuto atento.
Kah: mãe, eu sinto muito!- ela afirma e vejo sua lágrimas molhando seu rosto- Eu matei Katherine.
Maria: o quê?- Maria eleva o tom, a olha incrédula e eu arregalo os olhos.
Kah: foi p-por impulso mãe, eu j-juro. Ela estava c-com o ácido na mão q-querendo jogar em mim. Eu e-estava contra parede e q-quando ela ia jogar em mim eu e-empurrei o pote fazendo cair n-nela.- Karol fala com dificuldade. Eu estou incrédulo, mas Katherine ia matá-la. Karol apenas se protegeu se for ver por um lado- Vocês devem estar querendo me matar ou devem estar me odiando, mas perdão.
Maria: filha, eu não sei nem o que falar- ela fala com seus olhos marejados, Karol abre seus braços e Maria dá um abraço nela.
Kah: me perdoa mamãe- elas saem do abraço.
Maria: ela queria te matar?- Karol assente- Katherine passou dos limites, mas é minha filha- ela se permite chorar e Karol assente.
Kah: não queria que tivesse acontecido isso.
Maria: fica tranquila. Eu vou tomar um ar.
Rugge: quer que eu te acompanhe?
Maria: não, muito obrigada. Preciso ficar um pouco sozinha- assinto, ela sai e eu olho para Karol.
Kah: me odeia né?- nego e pego em sua mão.
Rugge: eu te amo! Você foi muito corajosa.
Kah: eu queria que tivesse sido eu- ela diz e vejo seus olhos marejados.
Rugge: não diga isso Kah. Você fez o que estava no seu alcance. Sua irmã que escolheu ser assim.
Kah: minha mãe me odeia- nego.
Rugge: ela te ama Kah, só que a outra filha dela morreu e ela precisa pensar, chorar, aliviar essa dor. Não quer dizer que te odeia- a abraço.
Kah: obrigada por estar comigo.
Rugge: obrigado por ser tão forte. Não imagino minha vida sem você.- saímos do abraço e ela sorri fraco. Ficamos um tempo em silêncio até eu quebrar- Kah...- ela me olha e eu suspiro- Casa comigo?
Kah: o quê?- ela me olha incrédula.
Rugge: eu sei que não é um bom momento, mas eu não consigo viver sem você. Aquelas semanas que nós ficamos um pouco mais distantes nos ajudaram muito, nos conhecemos muito melhor e cara, você me completa. Eu te amo pra caralho!- ela sorri- Casa comigo?
Kah: caso- sorrio e colo nossos lábios dando-lhe um selinho demorado.

My life is a farce [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora