Cap 7 - Modéstia em falta

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A tão aclamada noite de festejos havia chegado e todos se arrumavam pela mansão.

Eriol estava vestindo uma camisa de seda negra, paletó azul marinho e calças risca de giz pretas. Seu cabelo estava puxado para trás cautelosamente. Havia parado no quarto do amigo para apressá-lo.

- Nunca vi você brigar assim com seu cabelo antes. – Ele checou sua própria aparência no espelho.- O pessoal já está aguardando. – O rapaz parecia não ouvir. - Acho que você tem uma tarefa bem árdua hoje...Com a Sakura, que logo vai embora. – Eriol sorriu ao confirmar suas suspeitas através da expressão do amigo, que parecia finalmente ter saído de um transe.

- Eu não nego que está me faltando alguma calma...Mas não estou com medo. Só estou certo do que sinto e quero que ela saiba, com todas as letras, o que é.- Ajustou com vigor seu paletó preto na frente do espelho. 

Usava uma camisa verde-escura e uma calça risca de giz também preta.

- Muito bem, meu amigo chegou a hora .Boa sorte pra todos nós. – Eriol deu um leve tapa no ombro do amigo e ambos saíram rumo aos jardins, onde a festa finalmente tomaria lugar.

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No quarto de Sakura, era Tomoyo quem se divertia.

Sakura estava de vestido vermelho de seda ao estilo chinês, que ia até os pés. As bordas de toda a peça eram de um dourado delicado e bem trabalhado.

Seus cabelos caíam em discretas ondas, puxadas para somente um dos lados de sua cabeça; a prima fizera sua maquiagem perfeita : realçando os lábios, num tom grená e os olhos discretamente contornados para compor a tela de seu rosto.

- Realmente , você caprichou nessa, Tomoyo ! – Sakura se olhava contente no espelho. – E você também está linda, diga-se de passagem.

A representante da família Daidouji usava um clássico vestido longo de caimento estilo godê, em cetim, azul-marinho, combinando com seu par. Os cabelos dela estavam trançados com perfeição. Seus olhos azuis se realçavam em seu rosto.

Tomoyo pegou a mão da prima, e se assustou.

– Que mão gelada! – Ela arregalou os olhos, surpresa. - O que há? Você nunca fica nervosa... – A morena já desconfiava de algo.

- Ah, minha pressão deve estar baixa...- Sakura sorriu amarelo, mas sabia que estava realmente por causa do dono da casa. Não podia deixar de pensar no assunto, já que estariam separados muito em breve.

- Aham, tá bom – Tomoyo lhe lançou um olhar desconfiado. - Vamos então, porque o pessoal do buffet e da sinfônica estão pra chegar.

- OK, vamos.- Sakura sorriu e saiu ladeada pela prima.

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A lua já pairava no céu , as estrelas ajudavam a decorar o veludo negro; as lanternas vermelhas repousavam acesas ao sabor da leve brisa noturna. Os músicos afinavam seus instrumentos num dos cantos do amplo salão do jardim, o buffet já deixava tudo pronto, os empregados ajustavam os retoques finais.

- Parece tenso, Xiao Lang... – A gentil mão da matriarca repousou sobre o forte ombro do filho, que olhava fixamente para o horizonte; ela usava um esvoaçante vestido lilás rendado e tinha os cabelos presos num aristocrático coque, adornado com pente de rubis faiscantes. – Há muito tempo não o via assim...

- Só estou ansioso, mãe. – O chinês deu um sorriso amarelo e apertou a mão da mãe na sua. – Está tudo funcionando a todo vapor.

- Em perfeito estado, cada detalhe; Sakura e Tomoyo foram impecáveis, sem sombra de dúvidas...Mas acho que o excesso de responsabilidade da Sakura subiu à cabeça. – O filho a olhou com curiosidade. - Ela está passando as últimas instruções aos seguranças com as listas de convidados, acredite se quiser...- Yelan sorriu.

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